Diário do Amapá - 27/06/2025

| ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA SEXTA-FEIRA | 27 DE JUNHO DE 2025 Opresidente doBancoCentral (BC), Gabriel Galípolo, disse que a autoridade monetária trabalha não com um, mas com os mais diversos caminhos possíveis para o cumprimentodameta inflacionária de 3%ao ano. Aafirmação foi feita em meio a questionamentos sobre fatores que po- deriam influenciar, em maior ou menor grau, as decisões a serem adotadas pelo BC. Galípolo detalhou, com sua equipe, os dados que foram apresentados nesta quinta-feira (26) no Relatório de Política Monetária (RPM) divulgado pelo BC. O relatório do BCprevê alta de 2,1%do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) e queda da inflação em 2025. A taxa básica de juros (Selic) é o principal instrumento do BancoCentral paramanter sob controle a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Caminhos “Existemvários caminhos para a gente conseguir atingir o centro da meta, com a qual somos absolutamente com- prometidos”, disse o presidente do BC, ao se referir aos ajustes restritivos na política monetária feitos nos últimos meses. “Quando a gente faz as projeções, está incorporando ali alguns dados que pegou, inclusive do boletim Focus, como a curva de juros [entre outros fatores]", afirmou Galípolo, enfatizandoque projeções não sãonecessariamente caminhos a serem seguidos. “Na ata, a gente apresenta os efeitos que ainda estão por vir, ou não foram sentidos ainda. É uma questãomuitomais factual. Temos sido bastante agnósticos e transparentes sobre o que conseguimos prever, olhar, enxergar e esperar”, complementou. ■ CAMINHOS BC tem diversos caminhos para cumprir meta inflacionária, diz Galípolo ● PPSA Pré-Sal: 5º Leilão de Petróleo da União pode arrecadar 28 bihões A Pré-Sal Petróleo (Empresa Brasileira de Admi- nistração de Petróleo e Gás Natural S.A. - Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) promoveu nesta quinta-feira (26) o 5º Leilão de Petróleo da União, na B3, na capital paulista. As companhias habilitadas para participar disputaram 74,5 milhões de barris de petróleo, com estimativa de arrecadação de R$ 28 bilhões. O leilão foi dividido em sete lotes, referentes aos campos de Mero, Búzios, Itapu e Sépia, da produção da União prevista para 2025 e 2026. As cargas ofertadas tem previsão de carregamento entre julho de 2025 e fevereiro de 2027. Foram quatro lotes de Mero (três deles com quanti- dades estimadas de 14 milhões de barris e um de 17,5 milhões de barris), um de Búzios (3,5 milhões de barris), um de Itapu (6,5 milhões de barris) e um de Sépia (5 mi- lhões de barris). Dez empresas fizeram suas propostas: CNOOC, Equinor, ExxonMobil, Galp, Petrobras, Petro- China, PRIO, Refinaria de Mataripe (Acelen), Shell e TotalEnergies. O primeiro lote do campo de Mero referente à pro- dução de 14 milhões de barris de petróleo do FPSO Guanabara, foi arrematado pela Petrobras, pelo valor de Brent datado menos US$ 1,22/barril. O segundo lote de Mero, também de 14 milhões de barris de petróleo, foi adquirido pelo grupo Galp Energia Brasil/ExxonMobil, por por Brent datado menos US$ 1,35/barril. O grupo Petrochina Internacional (Brazil) Trading/ Refinaria de Mataripe, a Equinor Brasil Energia arrematou o terceiro lote de Mero, de 14 milhões de barris de petróleo do FPSO Duque de Caxias, com Brent datado menos US$ 1,11/barril. ■ ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa D epois de nove meses seguidos de alta, os preços dos alimentos apresentaramqueda em junho e ajudaram a fazer o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – tambémconhecido como prévia da inflação oficial – fechar em 0,26%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasi- leiro deGeografia e Estatística (IBGE). Esse resultado representa o quarto mês seguido de desaceleração, ou seja, a inflação está perdendo força. Veja o comportamento do IPCA- 15 desde fevereiro, quando foi apurado o maior índice do ano: Fevereiro: 1,23% Março: 0,64% Abril: 0,43% Maio: 0,36% Junho: 0,26% O resultado de junho também deixa o IPCA-15 abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado (0,39%). No acumulado de 12 meses, o índice soma 5,27%. Influências Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, sete apresentaram alta em junho. Além da alimentação, o outro grupamento com recuo nos preços foi educação (-0,02%). Entre os que tiveramalta, amaior pressão veio da habitação, que subiu 1,08%, representando impacto de 0,16 ponto percentual (p.p.) no IPCA-15. - Habitação: 1,08% - Vestuário: 0,51% - Saúde e cuidados pessoais: 0,29% - Despesas pessoais: 0,19% - Artigos de residência: 0,11% - Transportes: 0,06% - Comunicação: 0,02% - Alimentação e bebidas: -0,02% - Educação: -0,02% Ogrupo habitação foi influenciado pelo subitem energia elétrica resi- dencial – o que mais contribuiu para a inflaçãodentre todos os 377 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE. A conta de luz nos lares ficou 3,29% mais cara (impacto de 0,13 p.p.) por causa da incorporação da bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 na fatura a cada 100 quilowatts- hora (kWh) consumidos, que passou a vigorar em junho. Impactos negativos Dos quatro principais impactos negativos no índice, três são subitens do grupo alimentação: Tomate: -7,24% (-0,02 p.p.) Ovo de galinha: -6,95% (-0,02 p.p.) Arroz: -3,44% (-0,02 p.p.) As frutas ficaram 2,47% mais ba- ratas. A cebola (9,54%) e o cafémoído (2,86%), por outro lado, subiram. Adeflação dos alimentos emjunho é a primeira desde agosto de 2024, quando os preços tinhamcaído 0,80%. Desde então, foram nove meses de alta, tendo o pico sido atingido em dezembro (1,47%). Emmaio, a eleva- ção foi 0,39%. A gasolina, subitem que tem o maior peso na cesta de preços apurada pelos pesquisadores, recuou 0,52%, tirando 0,03 p.p. do IPCA-15. Ogrupo combustíveis como um todo recuou 0,69%. ■ PREÇOS DE ALIMENTOS CAEM E PRÉVIA DA INFLAÇÃO DE JUNHO FICA EM 0,26% V Foto/ Valter Campanato/Agência Brasil IPCA-15

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