Diário do Amapá - 29 e 30/06/2025

| ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 29 E 30 DE JUNHO DE 2025 A bandeira tarifária para o mês de julho permanece vermelha patamar 1, a mesma sinalização que ocorreu em junho. Com isso, as contas de energia elétrica continuarão recebendo adicional de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a continuidade do cenário de chuvas abaixo da média em todo o país reduz a geração de energia por hi- drelétricas. “Esse quadro tende a elevar os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais onerosas para geração, como as usinas termelétricas”, explicou a Agência, em nota. Bandeiras Bandeiras Tarifárias Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias. Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. “Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 1, a Aneel reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo”, diz a Aneel. ■ BANDEIRAS TARIFÁRIAS Contas de luz permanecem com bandeira tarifária vermelha em julho ● RECORDE Desemprego recua para 6,2% em maio, o menor para o período desde 2012 A taxa de desemprego no trimestre encerrado em maio de 2025 ficou em 6,2%. Esse patamar é o menor registrado para o período desde o início da série histórica, iniciada em 2012. Alémdisso, fica "extremamente próximo" do menor índice já apurado, 6,1%, marca al- cançada no trimestre terminado em novembro de 2024. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (27) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre anterior, encerrado em fevereiro, a taxa era de 6,8%. Já no mesmo período do ano passado, 7,1%. Além de ser recorde para o período, o IBGE aponta que outros dados da pesquisa são também os melhores já registrados, como o patamar de empregados com carteira assinada, o rendimento do trabalhador, a massa salarial do país e o menor nível de desalentados - pessoas que, por desmotivação, sequer procuram emprego - desde 2016. A desocupação de 6,2% no trimestre representa 6,8 milhões de pessoas. Esse contingente fica 12,3% abaixo do apurado no mesmo período do ano passado, ou seja, redução de 955 mil pessoas à procura de emprego. O Brasil terminou o período com 103,9 milhões pessoas ocupadas, alta de 1,2% ante o trimestre anterior. Mercado aquecido e resistente De acordo com o analista da pesquisa William Kra- tochwill os dados mostram a economia aquecida, resistente a questões externas do mercado do trabalho. Segundo ele, as informações retratam que efeitos da política mo- netária (juro alto) não afetou o nível de emprego. ■ ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa O s países doMercosul poderão ampliar em 50 o número de tipos de produtos (expressos em códigos tarifários) fora da tarifa externa comum do bloco. O acordo foi assinado na quinta-feira (26) em Montevidéu, mas só foi divulgado nesta sexta (27). Com a mudança, o número de itens que Brasil e Argentina poderão incluir na Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum (Letec) sobe de 100 para 150 até 2028. No caso do Uruguai, passa de 225 para 275 até 2029. E, no do Paraguai, de 649 para 699 até 2030. O aumento de tarifas em relação à tarifa externa comum do Mercosul continua a obedecer às regras vigentes. A redução de tarifas para os 50 itens adicionais só poderá ser aplicada em duas situações: Quando as exportações a cada Estado-Parte do Mercosul represen- taremmenos de 20% das exportações totais do código tarifário objeto da medida; Para evitar concentração em se- tores econômicos, as reduções estão limitadas a 30% dos novos códigos por capítulo da Nomenclatura Co- mum do Mercosul (NCM). Do lado do Brasil, a norma foi negociada pelos ministérios das Re- lações Exteriores e do Desenvolvi- mento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Em nota, o Mdic informou que a decisão melhora a capacidade de reação do Mercosul a distorções comerciais criadas por barreiras ou por práticas não autorizadas pela Or- ganização Mundial do Comércio (OMC). “A Letec ampliada representa ins- trumento adicional à disposição do governo brasileiro para equacionar questões relativas a desvios de co- mércio, frente às incertezas sobre barreiras comerciais decorrentes do contexto internacional”, disse o se- cretário executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa, em comunicado. Para entrar em vigor no Brasil, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Ca- mex) precisa editar uma resolução. União aduaneira Por se tratar de uma união adua- neira, o Mercosul exige que os paí- ses-membros apliquem o mesmo Im- posto de Importação para os produtos. Isso para garantir que um produto seja importado com a mesma tarifa, independentemente do país do Mer- cosul. Após a entrada do bem no blo- co, ele pode transitar entre os paí- ses-membros com alíquota zero. A união aduaneira tem uma inte- gração mais avançada que a área de livre comércio. Isso porque esse sis- tema prevê apenas a isenção de tarifas entre os países-membros, sem a har- monização das alíquotas de impor- tação. Dessa forma, um produto pode entrar por um país que cobra a menor tarifa e circular livremente entre os países da área de livre comércio. ■ BRASIL PODERÁ DEIXAR ATÉ 150 PRODUTOS FORA DA TARIFA COMUM DO MERCOSUL V Foto/ José Cruz/Agência Brasil LETEC

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