Diário do Amapá - 06/05/2025

ESPLANADA |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ TERÇA-FEIRA | 06 DE MAIO DE 2025 5 ComWalmor Parente (DF), BethPaiva (RJ) eHenrique Barbosa (PE) E-mail: reportagem@colunaesplanada.com.br LEANDRO MAZZINI PODER , POLÍTICAEMERCADO Níver solidário O senador Eduardo Gomes (PL-TO) festejou aniversário com almoço beneficente na Fazenda da Esperança Feminina, em Palmas (TO). Recusou presentes e pediu doações: arrecadou R$ 600 mil para a instituição. O valor será para obras de reconstrução após as chuvas. Apoiada pela Igreja Católica, a Fazenda, também presente em outras cidades, é a maior entidade de tratamento e recuperação de dependentes químicos do mundo. Vergonha mundial O resgate da ex-primeira-dama condenada Nadine Heredia ainda rende críticas e retaliações ao Governo Lula da Silva III. Além da Transparência Internacional, o escândalo travou a visita do presidente do Congresso peruano, Eduardo Cavides, há dias, quando se reuniria com Davi Alcolumbre e Hugo Motta. Haveria também encontros e jantares commissão de empresários brasileiros que investem no Peru. Lá do Saara Sem água e luz Cresce, junto ao Itamaraty e ao Palácio, a pressão para que o Brasil, responsável pela sede da Embaixada da Argentina na Venezuela, suba o tom com o ditador Nicolás Maduro e arranque um salvo-conduto para os cinco opositores exilados, sem água nem luz, dentro do prédio. O tema ganhou força depois que o Governo brasileiro pressionou o do Peru a conceder salvo-conduto para a ex-primeira-dama Nadine Heredia. SUS pago? Não há dúvidas de que o SUS é um dos melhores modelos de saúde pública do mundo, sem custos à população. Mas a proposta do Governo de criar Plano de Saúde do SUS, a R$ 100 por mês, mobiliza a oposição. Os ministros da Fazenda, Planejamento e Saúde, além do Secretário-Geral da Presidência, terão de explicá-lo. A oposição aposta que é um factoide eleitoral para esvaziar o escândalo das aposentadorias. ACM Neto, o plano B Longe de mandato há cinco anos, o baiano ACM Neto (União), ex-prefeito de Salvador e único expoente político do Carlismo – termo criado pelos seguidores do falecido avô ACM – está trabalhando como mineiro para ser alçado a alguma candidatura de destaque em 2026 aproveitando a forte federação de centro-direita União-PP, criada com sua ajuda no Congresso Nacional. A frente partidária – que se diz de oposição, todavia mantém dois ministérios e a presidência da Caixa no Governo Lula da Silva – conta com 109 deputados e 14 senadores. Sumido do mapa eleitoral atual, mas atuando entre gabinetes de caciques, ACM pode surgir como um coringa neste consórcio eleitoral. Segundo próximos, ele pretende aparecer nas urnas numa dessas frentes: disputar o Governo da Bahia (do qual saiu derrotado em 2022), o Senado ou ser vice na chapa de um nome viável da direita à Presidência da República, caso Ronaldo Caiado, hoje o nome do grupo, não vingue nas pesquisas ao Planalto. A assistente social Márcia Lopes será a nova mi- nistra das Mulheres, no lugar de Cida Gonçalves. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu posse a Márcia nesta segunda-feira (5), em reunião no Palácio do Planalto. De acordo com a Presidência, a exoneração de Cida e a nomeação de Márcia serão publicadas ainda hoje, em edição extra do Diário Oficial da União. Em publicação nas redes sociais, Márcia afirmou que aceitou o convite de Lula “com alegria e senso profundo de responsabilidade”. “Assumo essa missão com humildade, coragem e o compromisso de toda uma trajetória dedicada à justiça social, à defesa dos direitos humanos e à cons- trução de políticas públicas que transformam vidas, especialmente a vida das mulheres neste país”, escre- veu. Márcia Lopes já foi ministra de Lula em seu segundo governo, em 2010, no comando do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Antes, ocupou a secretaria-executiva da mesma pasta, de 2004 a 2008. Márcia é formada em Serviço Social pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná, onde também foi professora, com mestrado pela Pontif ícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 2022, ela fez parte da equipe de transição do terceiro governo Lula, no grupo de assistência social. A paranaense é irmã de Gilberto de Carvalho, nome histórico do PT que foi chefe de gabinete de Lula durante seus dois primeiros mandatos, de 2003 a 2010. Hoje, Carvalho atua como secretário Nacional de Economia Popular e Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego. ■ POSSE Lula empossa Márcia Lopes no Ministério das Mulheres A participação da sociedade civil na 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (5ª CNMA), além de orientar as políticas públicas, resultará em um banco de sugestões que poderá ser usado por outros segmentos, ou em ocasiões futuras, disse a ministra Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em entrevista, nesta segunda-feira (5). “É um acervo de ideias para qualquer gestor público acessar. Elas beneficiam não apenas o governo federal, mas o mu- nicipal, estadual e tambémdiferentes seg- mentos da sociedade. Tem muitas coisas que não são cabíveis para a gestão pública, mas pode ser para iniciativa privada, pode ser para as organizações da sociedade civil”, afirmou ao programa Bom Dia, Ministra, doCanal Gov, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A conferência é umespaço de diálogo coma sociedade, complenáriasmunicipais, estaduais e conferências livres, onde foram apresentadas propostas para a melhoria das políticas públicas no país. Durante esse período, foram formuladas mais de 540 propostas, agora reunidas em um caderno de 100 ideias que serão apresen- tadas durante a plenária nacional, em Brasília, partir desta terça (6) até sexta- feira (9). De acordo comMarina Silva, o grande volume de propostas reflete de mais de 11 anos sem que a população fosse con- sultada sobre as mudanças necessárias nas políticas públicas ambientais. “Esse período tão largo sem as confe- rências faz com que a gente tenha uma demanda reprimida de participação e de propostas para fazer a atualização das políticas públicas, por isso que a gente esse número tão grande de propostas”, disse. Entre as políticas que têm sido deba- tidas durante as plenárias está o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, o Plano Clima, que orientará o país para uma economia de baixo carbono e mais sustentável até 2035. Segundo Marina, o plano é uma das políticas que se somam no enfrentamento tanto das causas quanto dos efeitos dasmudanças climáticas, assim como a Autoridade Climática, anunciada pelo governo em setembro de 2024 e que, ainda, não foi constituída. Marco regulatório A ministra explicou que a criação dessa nova estrutura, assim como a do comitê técnico-científico, composto por vários órgãos do governo, são operadores para a implementação da ideia de emer- gência climática, que viabilizará a prepa- ração do país diante dos desafios de miti- gação e adaptação das cidades. “Oque a gente tem, na verdade, é que criar umnovomarco regulatório, estabe- lecendo a figura da emergência climática, e criar base de suporte para implementação desse novo marco regulatório”. ■ POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIEDADE VAI DISCUTIR 100 PROPOSTAS EM CONFERÊNCIA DO MEIO AMBIENTE V Foto/ Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) abraçou a pressão do embaixador Nabil Adghoghi, e apresentou na Câmara a Moção de Solidariedade ao Reino do Marrocos em razão de supostos atos cometidos pelas milícias armadas do Polisário. O grupo reivindica a independência do Saara Ocidental.

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