Diário do Amapá - 07/05/2025

| ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA QUARTA-FEIRA | 07 DE MAIO DE 2025 O Programa deDesenvolvimento das Nações Unidas (Pnud ou UNDP, na sigla em inglês) divulgou, nesta terça-feira (6), a ediçãodeste anodo relatório de Desenvolvimento Humano. O docu- mento atualiza o Índice deDesenvolvimento Humano (IDH) de 193 países, com base em informações de 2023, sobre indicadores de expectativa de vida, escolaridade e Pro- duto Interno Bruto (PIB) per capita - por indivíduo. OBrasil aparece na 84ª colocação com um IDH de 0,786 (em uma escala de 0,000 a 1,000), um índice considerado de desen- volvimento alto. Em relação a 2022, o IDH do país cresceu 0,77% porque o índice era de 0,780 (ajustado este ano). Em2022, oBrasil estava na 89ª posição, o que significa que o país subiu cinco colo- cações. No IDHde 2022 ajustado este ano, no entanto, o país estava na 86ª posição e, portanto, subiu duas colocações no ranking (ultrapassando a Moldávia e empatando com Palau). Orelatório tambémmostra a evolução do país nos períodos de 2010 a 2023 (um aumento médio anual de 0,38%) e de 1990 a 2023 (um crescimento médio de 0,62%). Segundo oPnud, os países sãodivididos em quatro grupos, de acordo com o IDH. Aqueles com pontuação a partir de 0,800 são considerados de alto desenvolvimento humano. Setenta e 74 países estão nessa situação. OChile é o país namelhor posição entre as nações daAmérica Latina eCaribe (45ª posição, com 0,878 ponto). Outros nove latino-americanos e cari- benhos estão neste grupo (Argentina, Uru- guai, Antígua e Barbuda; São Cristóvão e Névis; Panamá; Costa Rica; Bahamas; Bar- bados; e Trinidad e Tobago). Na média, o IDH da região subiu 0,778 em 2022 para 0,783 em 2023 (alta de 0,64%). Pontuação Além do Brasil, outros 49 países são considerados de desenvolvimento alto (com pontuação de 0,700 a 0,799). As nações de desenvolvimento médio (de 0,550 a 0,699) somam 43, enquanto aqueles com desen- volvimento baixo (abaixo de 0,550) são 26. A Islândia ultrapassou a Suíça e a No- ruega e agora é o país com maior IDH do mundo (0,972). As seis primeiras colocações, aliás, são de países europeus (Dinamarca, Alemanha e Suécia, alémdos três mencio- nados). Já o Sudão do Sul, nação mais jovem do mundo, criada em 2011, tem o pior in- dicador (0,388). As nove últimas posições sãoocupadas por países africanos. OIêmen, palco de uma guerra civil que dura anos no Oriente Médio, tem o décimo menor IDH. O IDHmédiomundial chegou a 0,756 em2023, umaumento de 0,53%emrelação ao ano passado (0,752). Segundo o coor- denador do relatório, Pedro Conceição, esse é omaior patamar de desenvolvimento humano desde o início do levantamento. “Mas há dois aspectos preocupantes nessa conquista. Primeiro é o fato de que estamos progredindo de forma mais lenta. Na verdade, é o progresso mais lento na história, se não considerarmos o período de declínio do IDH [devido à pandemia de covid-19]. Se continuássemos a ter o pro- gresso que tínhamos antes de 2020, esta- ríamos vivendo em um índice de desen- volvimento muito alto em 2030. Mas a tendência agora é que [o progresso] achatou umpouco e estamarca de viver numÍndice deDesenvolvimentoHumanomuitoelevado foi adiada por décadas”, disse Pedro Con- ceição. ■ BRASIL SOBE CINCO POSIÇÕES NO RANKING DO IDH E ESTÁ NA 84ª COLOCAÇÃO PNUD V Foto/ Carola68/Pixabay Oministro da Fazenda, FernandoHaddad, confirmou nesta segunda-feira (5) a intenção do governo de acelerar a desoneração de bens de capital, máquinas e equipamentos usados na produção, ligados a data centers (centro de dados, em inglês). O ministro viaja à Califórnia em busca de investimentos no setor. Em conferência no Instituto Milken, organização que reúne personalidades da política e da economia para debates políticos e econômicos, Haddad afirmou que o governo pretende antecipar os efeitos da reforma tributária para o setor de data centers. A medida integrará o futuro Plano Nacional de Data Centers (Redata), que pretende atrair R$ 2 trilhões em investimentos no país na próxima década. “A antecipação vai garantir que todo o investimento no Brasil no setor seja desonerado e toda a exportação de serviços a partir dos data centers seja desonerada”, declarou o ministro. Nas próximas semanas, o governo deve enviar ao Con- gresso um projeto de lei ou medida provisória que isenta de tributos federais os bens de capital ligados a bens de tecnologia da informação para centro de dados. O governo também quer isentar a exportação de serviços. “Viemos para o pré-lançamento da Política Nacional Data Center. Para a área de data center, resolvemos antecipar os efeitos da reforma tributária já aprovada pelo Congresso Nacional, por emenda constitucional, ou seja, uma coisa absolutamente sólida do ponto de vista institucional”, ex- plicou. Transição energética Para estimular investidores no país, Haddad disse que o governo pretende usar o fato de que a maior parte da matriz energética brasileira é composta de energias reno- váveis, o que reduz as emissões de gás carbônico dos data centers. ■ INVESTIMENTOS Haddad anuncia que pretende acelerar desoneração de data centers ● CONAB Safra de café deve crescer 2,7% e chegar a 56 milhões de sacas em 2025 A produção de café no Brasil deverá crescer 2,7% na safra 2025, na comparação com o volume registrado no ano anterior. Com isso, a expectativa é de uma colheita de 55,7 milhões de sacas. Caso as previsões sejam confirmadas, será “o maior já registrado para umano de baixa bienalidade, superando em 1,1% a colheita registrada em 2023”, conforme o 2º Levanta- mento da Safra de Café 2025, divulgado nesta terça-feira (6) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em termos de área total destinada a esta produção, o aumento estimado é 0,8%, chegando a 2,25 milhões de hec- tares. “A área emprodução deve registrar uma queda de 1,4%, estimada em 1,86 milhão de hectares, enquanto a área em formação tende a apresentar um incremento de 12,3%, mo- vimento esperado para anos de bienalidade negativa”, informou a Conab. De acordo com a companhia, o resultado estimado na safra total se deve, principalmente, à recuperação de 28,3% nas produtividades médias das lavouras do café conilon, também conhecido como robusta. A expectativa para esta espécie é de um total de 18,7 milhões de sacas, o que representa recorde da série histórica da Conab. “Este resultado se deve, sobretudo, à regularidade climática durante as fases mais críticas das lavouras, que beneficiaramfloradas positivas, e a boa quantidade de frutos por rosetas”, destacou a companhia. Já a expectativa de produção para o café arábica, espécie mais afetada pela bienalidade, é redução de 6,6%na colheita, com previsão de uma safra em torno de 37 milhões de sa- cas. ■ ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa

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