Diário do Amapá - 09/05/2025

| ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA SEXTA-FEIRA | 09 DE MAIO DE 2025 O Brasil registrou, em2024, amenor diferença entre os maiores e os menores rendimentos desde 2012. De acordo com os dados da Pesquisa Na- cional porAmostra deDomicíliosContínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8), os 10%da população brasileira comos maiores rendimentos re- cebem13,4 vezes o que ganhamos 40% da população com os menores rendimentos. Apesar do país ainda ser bastante de- sigual, essa é a menor razão registrada desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Em 2024, os 10% da população que ganham mais recebiam, em média, R$ 8.034. Já os 40%da população que recebem menos, ganhavam, emmédia, R$ 601. Em 2018, foi registrada a maior diferença, os 10% mais ricos recebiam 17,8 vezes o que ganhavam os 40%mais pobres. Considerados os 1% com os maiores rendimentos, a diferença aumenta. O ren- dimentomédio dessa parcela da população chegava, em 2024, a R$ 21.767, 36,2 vezes o rendimento dos 40% de menor renda. Essa razão reduziu em relação a 2023, quando era 39,2 vezes. APnad investiga, regularmente, infor- mações sobre os rendimentos das pessoas residentes no Brasil. A pesquisa considera os rendimentos do trabalho, de programas sociais, aposentadoria, pensões ou outras fontes, como alugueis, aplicações financeiras e bolsas de estudo. Aumento da renda A Pnad mostra que houve um maior aumento real (descontando a inflação do período) daqueles que recebem menos. Entre os 40%comosmenores rendimentos mensais reais domiciliares per capita houve um aumento de 9,3% em 2024 na compa- ração com 2023, (de R$ 550 para R$ 601). Já entreos 10%comosmaiores rendimentos, essa variação foi menor emumano (1,5%), passando de R$ 7.914 para R$ 8.034. Emtodoopaís, emmédia, o rendimento mensal real domiciliar per capita foi de R$ 2.020, em 2024. Esse valor é o maior da série histórica e representa um aumento de 4,7% em relação a 2023, quando era R$ 1.929. “Nas classes de menor renda, a gente observou que o crescimento ficou bastante acima da média do país, enquanto nas classes de maior renda, o crescimento, principalmente nos 10% de maior renda, ficaram abaixo da média do país”, diz o analista do IBGE, Gustavo Fontes. Segundo a pesquisa, entre os fatores que podem explicar crescimento dos me- nores rendimentos estão: o dinamismo do mercado de trabalho nos últimos anos, com a elevação do nível de ocupação e o crescimentodo rendimento médio do trabalho, inclusive nos décimos mais baixos da distribuição. ■ RENDA DOS 10% MAIS RICOS É 13,4 VEZES MAIOR QUE DOS 40% MAIS POBRES MENOR RAZÃO REGISTRADA V Foto/ Tânia Rêgo/Agência Brasil/Arquivo

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