Diário do Amapá - 20/05/2025

| OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ TERÇA-FEIRA | 20 DE MAIO DE 2025 2 LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANA MELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIODECOMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) - Fone: 96-3223-7690 www.diariodoamapa.com.br COMPROMISSOCOMANOTÍCIA Tecnologista Sênior E-mail: mariosaturno@uol.com.br H á vinte anos, cansado de receber críticas sobre meus escritos de Maria, comecei a estudar o fenômeno do evangelismo brasileiro por observação de vários pregadores televisivos. Até gostava de alguns que, inclusive, dizia não entender de teologia ou liturgia, mas de religiosidade e fé. E nisso tinha um discurso convincente. Fiquei chocado ao ver que algumas seitas ditas cristãs defendam até o aborto. Também causa espécie ver que algumas defendem uma teologia da prosperidade, algo tão nefasto que me faz duvidar da veracidade cristã dessas, aInal não se pode servir a Deus e ao dinheiro (Lc 16,13). E como têm “cristãos” que adoram dinheiro, luxo, sexo ilícito, comilança e o poder. De uns tempos para cá, passei a admirar um pastor evangélico que imitava o estilo do Padre Léo. No início eu considerava esse pastor como alguém que roubava um personagem católico, mas quando ele admitiu assistir e seguir o estilo do Padre, passei a considerar mais como uma home- nagem. Recentemente, vi um vídeo dele aceitando Maria como uma mulher diferenciada, ou seja, aceitando algumas posições católicas, Porém, nega outras com argumentos fáceis: (1) Maria engravidou de Cristo tendo relações sexuais com José; (2) Maria não pode ser mãe de Deus (tese que em grego é chamada de Teotokos) porque Deus é mais velho que Maria. Acredito que os evangélicos conhecem bem o Antigo Testamento, então será fácil ver qu, foi Isaías (7,14) quem profetizou: por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um Ilho, e o chamará Deus Conosco. Portanto, Maria engravidou do Espírito Santo de Deus e não de José, mesmo porque é ele mesmo quem aIrma que não teve relações sexuais com ela: Maria estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, Ilho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo (Mt 1,18-20). Quanto à idade de Deus, aí é preciso um esforço de raciocínio, pois o Deus dos judeus e dos cristãos é um "deus" que não tem origem, Ele existe antes do tempo, antes do espaço. Quando o espaço-tempo foi criado no Big Bang (?), Deus já existia. Assim, não faz sentido aIrmar o tempo de Deus porque ele era antes do tempo. O Pastor parece aplicar a Cristo o mesmo que acontece conosco, Deus nos dá espírito e alma na concepção, com a participação do homem (Adão) e da Mulher (Eva). Mas no caso de Cristo, somente há a participação divina. Assim, Jesus não é criado, já existia, mas se encarnou em Maria, tornando- se humano. Lembre-se que o ser humano já fora criado à imagem e semelhança e, conforme Gênesis (1,26; 2,7), pelas mãos e sopro do Deus Trino: façamos). De qualquer forma, aceitar que Maria era extraordinária já é uma grande aproximação, aInal, "desde agora, todas as gerações me chamarão bem- aventurada" (Lc 2,48 da Almeida), e isso signiIca todos, de todos os tempos, católicos, protestantes e evangélicos. ■ O Pastor parece aplicar a Cristo o mesmo que acontece conosco, Deus nos dá espírito e alma na concepção, com a participação do homem (Adão) e da Mulher (Eva). Mas no caso de Cristo, somente há a participação divina. A Mariologia do Evangélico MARIO EUGENIO E m uma floresta exuberante, vivia uma cobra que tinha um gosto peculiar por pássaros raros e preciosos, como Curiós, Belgas, Ca- nários da Terra e Pintasilgos. Esses pássaros foram cobiçados por sua beleza e canto melodioso, e a cobra foi desenvolvida uma estratégia para caçá-los. Ela era temida por todas as aves que habitavam as árvores, pois sua destreza era emprestada. A cobra se esgueirava silenciosamente pelas árvores, esperando pa- cientemente pelo momento certo para atacar. Ela tinha um gosto particular por pássaros exóticos que foram criados com grande carinho e cuidado pelos seres humanos. Essas aves eram mantidas em gaiolas ornamentadas, como berços de ouro, e eram frequentemente mimadas com carinho e atenção. No entanto, a cobra vê que caçar pardais, pequenas aves que viviam nas ruas e eram con- sideradas comuns, era uma tarefa desafiadora. Os pardais eram criaturas vívidas e astutas, adaptadas à vida nas cidades e nas aldeias. Eles sabiam como se esconder e escapar de predadores, e não eram facilmente enganados. A cobra, após vários experimentos fracassados, começou a se sentir cada vez mais frustrada. Ela não conseguia entender como esses simples pardais, que enfrentavam os desafios da vida selvagem, eram tão dif íceis de capturar, enquanto os pássaros raros em gaiolas de ouro eram presos simples. A cobra começou a se perguntar por que aquelas aves comuns eram tão dif íceis de capturar, enquanto os pássaros preciosos eram presos mais simples. Certo dia, a cobra teve uma revelação en- quanto observava um grupo de pardais escapando mais uma vez. Ela percebeu que, embora os pássaros preciosos fossem belos e valiosos, eles muitas vezes perderam a oportunidade de de- senvolver habilidades de sobrevivência. Eles confiaram em seus proprietários para proteção e cuidado, enquanto os pardais aprenderam a confiar em si mesmos e nos outros. A cobra finalmente entendeu que a verdadeira sabedoria não estava na raridade ou no valor material, mas na capacidade de se adaptar e en- frentar os desafios da vida. Ela deixou de caçar os pardais e, em vez disso, admirou sua tenacidade e esperteza. A parábola da cobra e dos pardais nos lembra que a verdadeira força reside na experiência e na adaptação à vida real. Nem sempre o mais precioso é o mais sábio, e muitas vezes, as lições mais valiosas vêm daquelas que aprenderam a sobreviver e prosperar nas condições mais simples. A partir desse dia, a cobra deixou de ser uma caçadora de pássaros caros e passou a ser uma caçadora silenciosa do mundo natural. Ela aprendeu a apreciar a verdadeira beleza da natureza e a va- lorizar a sabedoria daqueles que vivem em harmonia com ela. É mais fácil enganar aqueles que pouca experiência tem do que os que aprendem com as adversidades e problemas da vida. ■ A experiência tem mais peso do que a beleza e a riqueza E-mail: gregogiojsimao@yahoo.com.br Radialista e estudante de Filosofia A cobra finalmente entendeu que a verdadeira sabedoria não estava na raridade ou no valor material, mas na capacidade de se adaptar e enfrentar os desafios da vida. Ela deixou de caçar os pardais e, em vez disso, admirou sua tenacidade e esperteza. GREGÓRIOJ.L. SIMÃO

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