Diário do Amapá - 23/05/2025

| ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA SEXTA-FEIRA | 23 DE MAIO DE 2025 A média dos rendimentos dos tra- balhadores da construção civil, medida em salários mínimos, re- cuou 22% em uma década. Segundo dados da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic), divulgada nesta quinta-feira (22), pelo Instituto Bra- sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média salarial caiu de 2,7 salários míni- mos em 2014 para 2,1 salários mínimos em 2023. “Essa perda é muito impulsionada pela perda do salário médio do segmento de obras de infraestrutura, que tinha, lá em 2014, 3,7 salários mínimos pagos por pessoa por mês. Esse foi o maior valor da série histórica [iniciada em 2007]. E a gente vê uma perda desse salário pago, ao longo dos anos”, explica o pesquisador do IBGE Marcelo Miranda. O segmento de obras de infraestrutura – que inclui construções de rodovias, ferrovias e estruturas de água, esgoto e eletricidade –, continua tendo os maiores salários. De 2014 para 2023, no entanto, a perda salarial do segmento chegou a 1,1 salário mínimo (-29%), já que, em 2023, a média salarial ficou em 2,6 salá- rios. Os segmentos de construção de edi- f ícios e de serviços especializados – como acabamento, demolições, instalações elé- tricas e preparação de terreno – também tiveram quedas, porémmais moderadas. Os salários do segmento de construção de edif ícios caíram 17%, ao passarem de 2,3 para 1,9 saláriomínimo. Já no segmento de serviços especializados a queda foi de 9%, já que passou de 2,2 para 2,0 salários mínimos. Empregos A pesquisa mostrou que o número de postos de trabalho na construção em 2023 (2,5 milhões) também caiu em relação a 2014 (-15%). No entanto, houve uma recuperação em relação à 2020, ano de início da pandemia de covid-19, com aumento de 25%. Em relação a 2014, apenas o segmento de serviços especializados teve crescimento (4%), enquanto os demais tiveram queda: construção de edif ícios (-29%) e obras de infraestrutura (-20%). A PAIC traz dados de 2023. Os dados mais recentes sobre emprego e renda na construção civil são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), que indicam que, no primeiro trimestre deste ano, o rendimento médio do trabalhador manteve-se estável em relação ao último trimestre de 2024, mas cresceu 5,7% na comparação com o primeiro trimestre daquele ano. Já em relação aos postos de trabalho, a Pnad mostra que no primeiro trimestre deste ano, o setor da construção mante- ve-se estável em relação ao primeiro tri- mestre de 2024. Na comparação com o último trimestre daquele ano, houve uma perda de 5% dos postos de trabalho, ou seja, quase 397 mil empregos a menos. Produtos As 165,8 mil empresas da construção movimentaramum valor total de R$ 484,2 bilhões em 2023. As construções resi- denciais representaram 22% do total, em 2023. Os serviços especializados e a cons- trução de rodovias, ferrovias, obras ur- banas e obras de arte especiais respon- deram por aproximadamente 20% do total, cada um. As regiões Sudeste e Nordeste conti- nuaram liderando entre as regiões com maior valor da construção, representando 49,8% e 18,1% do total nacional, respec- tivamente. ■ IBGE: SALÁRIO NA CONSTRUÇÃO RECUA 22% EM 2023, NA COMPARAÇÃO COM 2014 RENDIMENTOS V Foto/ Fernando Frazão/Agência Brasil O Orçamento de 2025 terá um congelamento de R$ 31,3 bilhões de gastos não obrigatórios, infor- maram há pouco os Ministérios da Fazenda e do Plane- jamento. O valor consta do Relatório Bimestral de Ava- liação de Receitas e Despesas, documento enviado ao Congresso a cada dois meses que orienta a execução do Orçamento. ■ CORTES Governo congela R$ 31,3 bi do Orçamento de 2025 ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa

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