Diário do Amapá - 24/05/2025

| NOTA 10 | DIÁRIO DO AMAPÁ SÁBADO | 24 DE MAIO DE 2025 14 N o sábado, 24, acontece um dos pontos altos do “Ciclo doMarabaixo 2025” : a re- tirada dos mastros nas matas da comunidade quilombola do Cu- riaú, emMacapá. Ao rufar das cai- xas, no balançar das bandeiras, e com som dos ladrões, como são chamadas as cantigas tradicionais, os grupos que realizam a progra- mação, com apoio do Governo do Amapá, fazem um momento único de interação e confraterni- zação cultural. A retirada dos mastros é feita pelos grupos tradicionais Berço do Marabaixo, Raimundo Ladislau, Marabaixo do Pavão, Associação Zeca e Bibi Costa (Azebic), União Folclórica da Campina Grande e Santíssima Trindade de Casa Grande. A atividade é um dos principais momentos das celebra- ções em homenagem ao Divino Espírito Santo e à Santíssima Trin- dade e também reforça a cons- cientização ambiental, pois para cada árvore retirada, umamuda da mesma espécie é plantada como uma forma de preservar a natu- reza e reafirmar o respeito às matas. O ponto escolhido no Curiaú é uma área de mata às margens da Rodovia AP-070, espaço que já re- cebeu ação de limpeza da Secreta- ria de Estado de Transportes (Se- trap). O momento precede um marabaixo conjunto à beira da es- trada, o chamado “marabaixão” e um almoço coletivo para coroar a retirada. “É um momento para celebrar junto o que temos emcomum, que é a força da fé e da tradição que nos unem. Antigamente, essa retirada era feira só por homens. Hoje, isso mudou e os grupos são comandados por mulheres. O mastro fica em frente ao barracão e é o marco de onde acontecem as celebrações, ao Divino e à Santíssima”, destaca a marabaixeira Elísia Congó, do grupo Raízes da Favela. ■ Ian Ramil apresenta show da turnê “Tetein” em Macapá, com Patrícia Bastos NESTE SÁBADO, 24 Neste sábado, 24, às 20h, o músico e compositor Ian Ramil, vencedor do Grammy Latino de Melhor Disco de Rock em 2016, desembarca em Macapá com o espetáculo “TETEIN – Luz e Sombra”, parte da sua mais nova turnê nacional. O show de lançamento do álbum Tetein propõe uma fusão entre música, estética e poesia visual, transfor- mando o palco em uma instalação sen- sorial onde a delicadeza encontra o rigor. Após estrear com casas lotadas em Porto Alegre e São Paulo — esta última com a participação especial de Lenine — , o espetáculo já passou por diversas ci- dades brasileiras. Agora, Macapá será o cenário de um encontro entre o Sul e o Norte do Brasil: Ian Ramil convida ao palco a cantora Patrícia Bastos, uma das vozes mais potentes e representativas da Amazônia, com uma carreira nacional- mente consagrada. A apresentação con- tará ainda com os músicos Bruno Vargas, Rhoden e Gutcha Ramil. O show não se resume à música — ele é inteiramente dedicado a ela. Seu norte criativo é o mesmo que guiou a criação do disco: Tetein — palavra inven- tada por Nina, filha de Ian, ao começar a falar, que significa “pouquinho”, “pe- queno”. Assim como o álbum, o espetá- culo não evita os exageros, mas se constrói em camadas, repleto de ima- gens e nuances. “O show tem grande variação dinâ- mica e rítmica, não tem guitarra nem ba- teria, e flerta com a MPB e o pop experimental”, explica Ian. No roteiro, ele apresenta o repertório completo do disco homônimo — com faixas como “Macho-Rey”, “Mil Pares”, “Omundo é meu país” e “O bichinho” — , além de músicas dos álbuns anteriores, IAN (2014) e Derivacivilização (2015), e releituras de canções que influenciaram a criação do novo trabalho. Com entrada gratuita, os ingressos estarão disponíveis na hora ou antecipa- damente pela plataforma Sympla.“Sobre a relação com a artista amapaense, Ramil destaca: “Conheci Patrícia através de meu pai, Vitor Ramil, que também é músico e é amigo de Patrícia há anos. Há tempos acompanho sua música e estreitamos laços quando estive na audição de seu disco A Voz da Taba, em São Paulo. Ou- tros artistas do Norte que já tive contato são Bell Brandão e Jhimmy Feiches”. A escolha de Macapá como um dos destinos da turnê também tem raízes afetivas e simbólicas: “Desde pequeno ouço meu pai falar deslumbrado sobre o interesse que o pú- blico de Macapá e Belém manifesta por sua música. Essa conexão entre culturas aparentemente tão diferentes e posiciona- das em extremos opostos do Brasil conti- nental me fascina desde a primeira vez que ouvi as histórias do meu pai. Quando surgiu a ideia de inscrever no Pixingui- nha, o Norte veio logo à minha cabeça. Era a oportunidade de ir até esse lugar místico com o show completo. Por causa de Patrícia e Felipe Cordeiro, Macapá e Belém foram escolhas naturais”. ■ ● FALECOMAREDAÇÃO E-mail: diario-ap@uol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa NOTA 1 CICLO DO MARABAIXO 2025 “É preciso ter uma visão 360º do produto. Isso exige tempo, estudo e investimento. O Sebrae é uma força essencial nesse processo, pois oferece o apoio necessário para quem deseja empreender com responsabilidade e excelência” SAULO JENNINGS Chef de cozinha IANDRA SABATINI Jogadora de Futebol “Eu sempre acompanho as notícias, nossa cidade está mudando, é muito bom ver de fora. Sou apaixonada por nosso estado, é um orgulho levar o nome do Amapá para fora” “Nós envolvemos várias esferas nesse projeto para que ele proteja as nossas crianças e jovens. O nosso papel como prefeitura é cuidar das pessoas. Nós vamos exercer a transversalidade e cuidar de todos os cidadãos macapaenses, para que todos possam ter as mesmas chances” DR. FURLAN Prefeito de Macapá “É lindo ver a devoção deste povo à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Já estive aqui no passado e também trabalhei por 20 anos no Pará. O espírito religioso amapaense é muito forte” FRASES DA SEMANA BENJAMIM BENEGOAL Padre DAVI ALCOLUMBRE Senador pelo Amapá “Quero agradecer, Ministro Lewandowski, essa honraria que Vossa Excelência me outorga hoje aqui. Divido esta medalha com os meus colegas senadores e deputados, porque acredito que o papel do Parlamento é garantir estabilidade institucional e responsabilidade política. Seguiremos firmes no compromisso com o Brasil.” RETIRADA DOS MASTROS NAS MATAS DO CURIAÚ MARCA UM DOS PONTOS ALTOS DA TRADICIONAL PROGRAMAÇÃO NO AMAPÁ

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