Diário do Amapá - 28/05/2025
| OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ QUARTA-FEIRA | 28 DE MAIO DE 2025 2 LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANA MELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIODECOMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) - Fone: 96-3223-7690 www.diariodoamapa.com.br COMPROMISSOCOMANOTÍCIA D ia 20 de março é a data em que se celebra o Dia Mundial da Felicidade. Porém, um aspecto pouco comentado sobre este assunto é que as pessoas com maior QI são aquelas que têmmaior facilidade de alcançar o tal almejado segredo da felicidade. Oneurocientista e neuropsicólogomembro da Federação Européia deNeurociências, Fabiano de Abreu, baseou-se em estudos de felicidade em pessoas de alto QI e chegou a uma definição inédita que foi publicada na revista científica Archives of Health da Latin American. O estudo com o título 'Neurofisiologia filosófica da felicidade: O segredo da felicidade está na homeostase; pessoas de alto QI têm mais chances de encontrar um melhor equilíbrio', determina que o que foi revelado em diversos estudos relacionados ao tamanho da massa cinzenta do cérebro de pessoas mais felizes está relacionado também ao tamanho da massa cinzenta de pessoas de alto QI. Um estudo feito pelos psicólogos evolucionistas Satoshi Kanazawa e Norman Li mostrou que essas pessoas de alto QI sentem-se felizes quando estão solitárias. Afinal, elas conseguem se adaptar melhor a círculos de amizades menores. Nessa pesquisa, eles relataram também que os portadores de tamanha inteligência não almejam viver em grandes cidades da mesma maneira que também se sentemmelhor commenos interações com amigos. “Dessa maneira, pessoas de alto QI se satisfazem ocu- pando seu tempo com tarefas determinadas e buscando focos específicos que resultamemdiferentes ‘empolgações’”, sintetiza o neurocientista luso-brasileiro Fabiano de Abreu. Especialista em estudos sobre inteligência, Abreu conta que um estudo publicado na revista Psychological Medicine apresenta que pessoas com QI mais elevado (maior que 120 pontos), são mais felizes que as pessoas com QI menos elevado (menor que 99 pontos). “Fatores determinantes como renda influenciampara este resultado, pessoas com maior QI tendem a ter uma renda maior ou mais equilibrada”, reforça o neurocientista. Segundo define o autor deste artigo, Wataru Sato, as pessoas commais felicidade subjetiva tinhammais substância cinzenta no cérebro, células neuronais, na região do lóbulo parietal, precuneus. Por isso, define o neurocientista luso- brasileiro, "às pessoas commaior intensidade de felicidade, sentem menor intensidade na tristeza e são mais capazes de encontrar sentido na vida apresentamprecuneusmaiores. O número de neurônios e de ramificações dendríticas contribuem para o aumento da massa”, reforça. “Partindo desta premissa, levando em consideração a inteligência DWRI onde o córtex pré-frontal e as demais regiões relacionadas à inteligência são bemdesenvolvidas, mesmo as pessoas não DWRI com alto QI onde há uma chance aumentada de demais regiões se desenvolverem sob influência do QI, este aumento da substância cinzenta encontra uma relação com o QI”, completa Fabiano de Abreu. Porém, ao analisar a pesquisa de Sato, ele lembra que foi detectado que, “quando feliz um indivíduo, as regiões da inteligência lógica e QI não estão ativas. Mas, isso ocorre porque não necessariamente a região da felicidade teria que ser a da inteligência, mas a inteligência pode determinar a felicidade, assim como o desenvolvimento das regiões cerebrais estão relacionados à inteligência”, explica. Vale lembrar, destaca o neurocientista, que “há 14 regiões relacionadas às habilidades mentais que compõem a inteligência, como o córtex pré-frontal dorsolateral (envolvido emprocessos cognitivos), lobo parietal (processamento dos sentidos) e córtex cingulado anterior (ajuda no controle de impulsos e decisões)”. Ou seja, “mais substância cinzenta, corpos de células nervosas, células da glia e dendritos, nos lobos frontais do cérebro é um indicador de inteligência nas mulheres e nas áreas frontais e traseiras ligadas à integração das informações dos sentidos nos homens. Além da massa avantajada, que está de relacionado com o tamanho dos neu- rônios, também há a boa conexão entre essas 14 regiões, devido a velocidade na troca de informações. A teoria do fator g de Charles Spearman pode estar relacionado a essas conexões, sua potência e velocidade como descrevo em meu artigo ‘Velocidade das sinapses’”, ressalta Abreu. ■ Evolução: Pessoas com maior QI detêm o segredo da felicidade Porém, ao analisar a pesquisa de Sato, ele lembra que foi detectado que, “quando feliz um indivíduo, as regiões da inteligência lógica e QI não estão ativas. FABIANODEABREU E-mail: mf@pressmf.global Jornalista E stou morando em Lisboa, este ano, mas venho novamente de visita ao sul da França, pois gosto demais da Côte D´Azur e da Provence, que fica encostadinha. Passamos por Nice, onde já ficamos algumas vezes – uma cidade grande e linda, à beira do Mediterrâneo - e estamos em Fayence, cida- dezinha da Provence, encantadora. Estamos no início do verão, então recém saímos da primavera, de maneira que está tudo muito verde e pejado de flores, muita cor por todo lado. Vejam que privilégio: escrevendo minha crônica na Provence, ao ar livre, ouvindo a cigarra, que é tempo dela, e os muitos passarinhos que (po)voam a região. Minha filha mora aqui, em Fayence, numa casa ampla e acolhedora, com todos os confortos de uma casa da cidade e o bônus de estar rodeada de árvores, numa região tranquila e pacata. Muitas vinhas – as uvas estão cacheando, o fruto ainda está pequeno, mas os pés estão carregados. As oliveiras também de floresceram recentemente, estão cheias de azeitonas, sem contar os pés de nozes, de amêndoas, de ameixas (aquela com a qual se faz a ameixa preta, eu esclareço, porque no Brasil chamamos a nêspera de ameixa, erroneamente), figos, cerejas, pêssegos, morangos, etc., etc. É verdade que o interior nos dá várias vantagens, como o ar puro, a boa comida, muita coisa produzida aqui mesmo, o bom vinho, a amizade dos vizinhos que nem são muito próximos, geograficamente, porque todos têm terrenos grandes, mas todos se conhecem e se dão bem. No segundo dia desta revisita à Fayence, saí com Romain para fazer compras. Fomos a uma quitanda, emMontauroux, tipo Direto do Campo, aí no Brasil, com muita variedade de frutas e verduras, legumes e queijos, tudo fresquinho. Emais: tudo comcertificado de origem, com o nome do produtor. Uma beleza. Dá vontade de levar tudo. Romain comprou muita coisa, inclusive uns cogumelos Porcini, fresquinhos e grandões, que ele fez grelhados e ficou uma delícia. Também fomos a um supermercado que tem um açougue fantástico: diversos cortes de carne de vaca, de vitelo, de borrego, de carneiro, frescas e de aparência excelente, organizadas em seus diversos cortes, inclusive alguns já temperados, prontos para ir ao fogo. E os embutidos e queijos da região também são ótimos, especialidade da região. O jantar foi um banquete. E depois passamos numa boulangerie, quer dizer, padaria. E os pães, ah, os pães e derivados, doces e salgados, recheados ou com cobertura e com essa farinha de grano duro daqui... Eu sou suspeito para falar porque sou movido a pão, mas dentre uma variedade imensa de pães deliciosos, há um que eu consegui gostar mais, que é um pão de gorgonzola. Mas gosto de todos. No dia seguinte fomos a Seillan e jantamos no restaurante La Gloire de mon Pére. Pedimos comida da região e conhecemos pratos fabulosos. O res- taurante fica num declive ao lado da rua, mas como agora é verão e há uma área belíssima do lado de fora, com árvores centenárias, uma fonte enorme no meio e uma outra fone coberta ao lado, também centenárias, as mesas ficam dispostas ao redor da fonte redonda e as lanternas por todo o espaço e as lâmpadas no alto tornam o ambiente meio mágico. Já havíamos estado ali, em outras visitas, mas como era inverno, o restaurante funcionava só dentro do prédio. É um lugar belíssimo. Ontem estivemos no Lac de Saint-Cassien, um lago enorme que abastece a região e também tem praias, além de ser um lugar onde se pode pescar e fazer aulas de mergulho. Isso tudo sem falar na vastidão de água, outro lugar belíssimo. ■ Verão na Provencee Fernanda aniversariou, no dia 24 de junho, e fizemos uma festa junina bem brasileira, com pé-de-moleque, paçoquita, bolo de milho, cachorro quente, brigadeiro, cajuzinho, beijinho, pipoca, tortas salgadas. LUIZ CARLOS Presidente do Grupo Literário A ILHA/SC Advogado
RkJQdWJsaXNoZXIy NDAzNzc=