Diário do Amapá - 07/03/2025

FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA SEXTA-FEIRA | 07 DE MARÇO DE 2025 Omercado de trabalho formal brasileiro registrou, em 2024, um saldo positivo de 71 mil vagas ocupadas por estrangeiros, segundo levantamento da Fe- deração do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Es- tado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado, que considera os postos celetistas, é 50,1% maior que o registrado em 2023, quando o saldo foi 47,3 mil vagas ocupadas por estrangeiros no mercado de trabalho brasileiro. Essa é a maior elevação, para um único ano, desde que o Caged mudou sua metodologia, em 2020. Em 2022, o saldo de novos postos ocupados por estrangeiros no Brasil foi 36 mil; em 2021, 5,3 mil; e em 2020, 24,8 mil. Segundo a FecomercioSP, os setores que exerceram maior atração aos estrangeiros foram a indústria de trans- formação, com saldo de 27,5 mil trabalhadores celetistas; o comércio e reparação de veículos, com 15,2 mil novos postos; serviços administrativos e complementares (7,2 mil); serviços de alojamento e alimentação (5,8 mil); e construção civil (4,8 mil). O mercado catarinense foi o que se expandiu commais força para os estrangeiros, ge- rando 18,9 mil novas vagas. Os dados mais recentes sobre a origemdos estrangeiros presentes no mercado de trabalho brasileiro são de 2023 e indicam que 44,3% da mão de obra do exterior era de cidadãos da Venezuela, seguidos pelos haitianos (15,8%); paraguaios (4,8%); argentinos (4,2%); e cubanos (2,9%). “O ótimo momento do mercado de trabalho do Brasil (uma taxa média de desemprego recorde de apenas 6,6%, de acordo com o IBGE) reflete em vários aspectos, como aumento da massa de salários e da média de renda da po- pulação e, agora, também é possível ver como ele tem impacto sobre países da América Latina”, destacou a Fe- comercioSP, em nota. Segundo a entidade, o fato de dois terços dessa mão de obra ser preenchida por pessoas de países em crise, como a Venezuela e Haiti, mostra que o Brasil pode elaborar políticas públicas voltadas para a absorção de- las. ■ CAGED Brasil teve saldo positivo de 71 mil vagas ocupadas por estrangeiros ● A segunda fase do programa Depre- ciação Acelerada, que acelera a devolução de imposto de Renda e de Contribuição Social sobre o Lucro Lí- quido (CSLL) para as indústrias que re- novam máquinas, terá R$ 3 bilhões em créditos tributários em2025 e 2026, anun- ciou nesta sexta-feira (28) o presidente em exercício e ministro do Desenvolvi- mento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Desse total, R$ 1,5 bilhão será conce- dido em 2025 e R$ 1,5 bilhão em 2026. Inicialmente, estava previsto R$ 1,7 bilhão para este ano, mas R$ 200 milhões foram usados em 2024, reduzindo o montante disponível para R$ 1,5 bilhão em 2025. A medida impulsiona a compra de máquinas, equipamentos, aparelhos e ins- trumentos novos, beneficiando 25 ativi- dades econômicas do setor industrial. O programa começou com 23 participantes, mas a segunda fase contemplará o setor automotivo e uma parcela da indústria química que não estava habilitada. Em entrevista coletiva, Alckmin ex- plicou que a depreciação acelerada resulta em economia média de 4% para as in- dústrias que renovam o parque fabril, ajudando a compensar os efeitos da alta da Taxa Selic (juros básicos da econo- mia). “A Abimaq [Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos] tem feito uns estudos. A economia varia um pouco, mas pode reduzir em 4% o valor da máquina. Varia de 3% a 5%, mas isso ajuda a compensar o aumento da Selic”, disse o presidente em exercício. Círculo virtuoso Para o ministro, a medida inicia um círculo virtuoso para o investimento da indústria nacional. “Isso estimula o parque industrial a se renovar. Você estimula as indústrias a trocar máquinas e equipa- mentos por máquinas mais eficientes. Mais produtividade, eficiência energética e descarbonização”, ressaltou. Por meio da depreciação acelerada, as indústrias reduzem, de 15 para 2 anos, o abatimento de Imposto de Renda e da CSLL decorrente da depreciação (desgate) demáquinas compradas. A empresa deduz 50% do desgaste no primeiro ano e 50% no segundo ano. O secretário de Desenvolvimento In- dustrial, Inovação, Comércio e Serviços do Mdic, Uallace Moreira, explicou que o governo remanejou para a segunda fase o crédito financeiro não usado na primeira fase do programa. No ano passado, o programa Depre- ciação Acelerada beneficiou 374 projetos industriais, que acessaram cerca de R$ 200 milhões em crédito tributário para a compra de novos equipamentos. Os des- taques foram os setores de produtos de borracha, biocombustíveis, celulose e má- quinas e equipamentos. “A depreciação só é feita quando se apresenta a nota fiscal da compra da má- quina e equipamento. Isso é a comprova- ção para novas máquinas e equipamentos. Tanto é que a depreciação não contempla máquinas e equipamentos usados”, expli- cou Moreira. ■ SEGUNDA FASE DO DEPRECIAÇÃO ACELERADA TERÁ R$ 3 BI PARA INDÚSTRIAS EQUIPAMENTOS NOVOS V Foto/ Júlio César Silva/MDIC O mercado financeiro retornou do car- naval em clima de alívio. Numa sessão de curta duração, o dólar teve a maior queda emmais de dois anos e meio e dissipou a alta do fim de fevereiro. A bolsa teve pequena alta, apesar da queda na cotação do petróleo. O dólar comercial encerrou esta quarta- feira (5) vendido a R$ 5,756, com recuo de R$ 0,16 (-2,71%). A cotação operou em baixa du- rante toda a sessão e fechou próxima da mínima do dia em meio a sinais de desacele- ração na economia norte-americana e com a reversão de medidas comerciais anunciadas pelo presidente Donald Trump. Esse foi o maior recuo diário da moeda norte-americana desde 3 de outubro de 2022, quando o dólar tinha caído 4,03% no dia se- guinte ao primeiro turno das eleições presi- denciais. Em 2025, a divisa acumula queda de 6,86%. No mercado de ações, o otimismo foi me- nor. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 123.047 pontos, com alta de 0,2%. ■ COTAÇÃO DÓLAR TEM MAIOR QUEDA DIÁRIA EM DOIS ANOS E MEIO E FECHA A R$ 5,75

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