Diário do Amapá - 08/03/2025
FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA SÁBADO | 08 DE MARÇO DE 2025 Brasil e Estados Unidos concordaram em fazer reuniões bilaterais nos próximos dias para discutir a situação comercial entre os dois países. A decisão saiu após videoconferência do vice-presi- dente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, com o secretário de Co- mércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, e o repre- sentante comercial dos EUA, Jamieson Greer. A conversa, que durou cerca de 50 minutos no fim da tarde dessa quinta-feira (6), ocorreu no dia seguinte ao discurso em que o presidente norte-americano, Donald Trump, citou o Brasil entre os países aos quais ameaça impor tarifas comerciais. Por cerca de 90 minutos, Trump expôs as prioridades do novo governo ao Congresso dos Estados Unidos. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), a reunião destacou os re- sultados da balança comercial e apresentou os detalhes da política tarifária recíproca. De acordo com a pasta, houve convergência quanto aos aspectos positivos da relação entre o Brasil e os Estados Unidos. “O vice-presidente considerou positiva a conversa e acredita que, através do diálogo, será possível chegar a um bom entendimento sobre a política tarifária e outras questões que envolvam a política comercial entre os países”, ressaltou a nota do Mdic. Alckmin lembrou ao colega norte-americano que o Brasil e os Estados Unidos têm um volume de comércio de cerca de US$ 80 bilhões por ano. Ao considerar a ba- lança comercial (exportações menos importações), os Estados Unidos têm superávit de US$ 200 milhões com o Brasil. O vice-presidente e ministro também ressaltou que, dos dez produtos que o Brasil mais importa dos Estados Unidos, oito tem tarifa zero. “A tarifa média ponderada efetivamente recolhida é de 2,73%, bem abaixo das tarifas nominais”, destacou o Mdic. ■ REUNIÕES BILATERAIS Alckmin discute exportações brasileiras com secretário dos EUA ● O governo federal anunciou, nesta quinta-feira (6), que vai zerar o imposto de importação de nove produtos alimentícios considerados es- senciais. Amedida tem o objetivo de re- duzir os preços dos alimentos ao consu- midor. Os alimentos que terão os tributos zerados são: Azeite (hoje 9%) Milho (hoje 7,2%) Óleo de girassol (hoje até 9%) Sardinha (hoje 32%) Biscoitos (hoje 16,2%) Massas alimentícias (macarrão) (hoje 14,4%) Café (hoje 9%) Carnes (hoje até 10,8%) Açúcar (hoje até 14%) Alémdeles, a cota de importação do óleo de palma, atualmente em 65 mil toneladas, subirá para 150 mil tonela- das. A redução de tarifas entrará emvigor nos próximos dias, após seremaprovadas pela Câmara de Comércio Exterior (Ca- mex). Medidas adicionais Outra medida é a prioridade para os alimentos da cesta básica no próximo Plano Safra, o programa que oferece fi- nanciamentos com juros subsidiados pelo governo para a produção agrícola. O objetivo é aumentar o estímulo a pro- dutores rurais que produzam para o mercado interno. Essa priorização também atinge os óleos de canola e de girassol, que são culturas de inverno. Ogoverno ainda anunciou a formação de estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), após a queda dos preços. Nomês passado, a Conab havia pedido R$ 737 milhões para reconstituir os estoques de alimentos desmantelados nos últimos anos. Regulação Por fim, haverá a extensão do Serviço de InspeçãoMunicipal (SIM) ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de OrigemAnimal (Sisbi-POA). Esse sistema descentraliza as inspeções sanitárias, permitindo que estados e municípios façam o trabalho, mas poucas cidades aderiram ao Sisbi. O SIM limita a venda dos produtos aosmunicípios, enquanto o Sisbi permite que agricultores familiares consigam vender sua produção para o todo o Brasil. Oobjetivo do governo é possibilitar, pelo período de um ano, a comercialização emtodoo territórionacional dos produtos que já foram devidamente certificados no âmbito municipal. A medida alcança itens como leite fluido, mel, ovos e outros produtos. O governo pretende aumentar o número de registro no sistema de 1.550 para 3 mil municípios. ■ SAIBA QUAIS ALIMENTOS TERÃO TARIFA ZERO DE IMPORTAÇÃO TRIBUTOS ZERADOS V Foto/ Tânia Rêgo/Agência Brasil A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, a maior expansão desde 2021. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) foi divulgado na manhã desta sexta- feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa o quarto ano se- guido de crescimento. De acordo com o IBGE, o PIB brasileiro chega a R$ 11,7 trilhões. Os setores de serviços e indústria empur- raram o PIB para cima, com altas de 3,7% e 3,3%, respectivamente, na comparação com 2023. Por outro lado, a agropecuária apresentou recuo de 3,2%. Crescimento do nos últimos anos: 2020 (início da pandemia): -3,3% 2021: 4,8% 2022: 3% 2023: 3,2% 2024: 3,4% ■ EXPANSÃO ECONOMIA BRASILEIRA CRESCE 3,4% EM 2024, MAIOR ALTA DESDE 2021
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