Diário do Amapá - 15/03/2025
| OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SÁBADO | 15 DE MARÇO DE 2025 2 LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANA MELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIODECOMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) - Fone: 96-3223-7690 www.diariodoamapa.com.br COMPROMISSOCOMANOTÍCIA N o dia 4 de março, celebra-se o Dia Mundial da Obesidade. Tra- tando-se de um tema tão relevante para a nossa sociedade, é essencial contextualizar o panorama da obesidade no mundo e no Brasil. Para isso, é importante utilizar fatos e dados oficiais sobre o assunto, a fim de que possamos, posteriormente, trabalhar em conjunto na busca de soluções para essa grave doença, que afeta tantas pessoas atualmente. Segundo levantamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, até 2025, aproximadamente 2,7 bilhões de adultos estarão em situação de sobrepeso ou obesidade, com a obesidade infantil em um cenário especialmente alarmante. No Brasil, as projeções do Ministério da Saúde e do IBGE seguem a tendência global negativa. O sobrepeso e a obesidade já atingem grande parte da população adulta, enquanto, entre as crianças, o índice chega a 15%. É fundamental compreender os desdobramentos desse cenário complexo no sistema de saúde, uma vez que a doença impacta toda uma cadeia de setores econômicos e afeta diversos aspectos sociais. Dados do Ministério da Saúde mostram que o custo para o Sistema Único de Saúde (SUS) com doenças relacionadas à obesidade é de 10 bilhões de reais, enquanto, globalmente, esse custo atingiu a marca de 1,25 trilhão de dólares. Esses custos elevados poderiam ser investidos em outros setores da economia. Por isso, é crucial incentivar o combate à obesidade, para que a sociedade como um todo tome consciência da gravidade da situação. A urbanização acelerada e as mudanças nos padrões alimentares alteraram a dinâmica de cuidado com a saúde. A cultura do fast food, por exemplo, faz com que priori- zemos alimentos rápidos e ultraprocessados, de fácil acesso em supermercados, em detrimento de opções nutritivas e saudáveis. Além disso, o consumo excessivo de alimentos de baixo valor nutritivo é acompanhado por uma cultura que não incentiva a prática de ati- vidades f ísicas. Como resultado, o número de pessoas acima do peso ou em estágios graves de obesidade aumenta a cada ano. Esse quadro também reflete, em parte, os avanços tecnoló- gicos, que contribuíram para o crescimento do sedentarismo. Passar horas sentado ou deitado, com alta exposição a telas, tem nos deixado cada vez mais letárgicos e sem disposição para as atividades diárias. A falta de movimento e de esforço f ísico faz com que o corpo acumule gordura de forma progres- siva. Diante disso, é de extrema importância que as autoridades gover- namentais promovam campanhas de conscientização, com palestras e materiais informativos em escolas, empresas e locais públicos de grande circulação. Os investimentos em saúde pública são centrais nesse combate, para que a população possa adotar mudanças significativas em seus hábitos alimentares e transformar o cardápio das famílias bra- sileiras. É essencial direcionar esforços às populações mais carentes, que são as mais afetadas pelo consumo de alimentos processados e de baixo valor nutritivo. Isso nos leva a refletir que apenas o acesso ao co- nhecimento pode nos libertar de diversos problemas. Seja você um in- centivador da boa alimentação e busque, cada vez mais, um estilo de vida saudável. ■ Além disso, o consumo excessivo de alimentos de baixo valor nutritivo é acompanhado por uma cultura que não incentiva a prática de atividades físicas. Como resultado, o número de pessoas acima do peso ou em estágios graves de obesidade aumenta a cada ano. Esse quadro também reflete, em parte, os avanços tecnológicos, que contribuíram para o crescimento do sedentarismo. Dia Mundial da Obesidade NIRABRITO E-mail: dtlconsultoria@gmail.com Turismóloga e analista de negócios V inte e cinco anos. Umquartode século.Milhares de dias e noites compartilhados, costurando uma história feita de risos, lágrimas, desafios e conquistas. O tempo, implacável para tantas coisas, revelou-se umgrande artesão na vida de um casal que agora celebra suas Bodas de Prata. A prata, entre os metais nobres, tem um brilho sutil, menos ostentoso que o ouro, mas nãomenos valioso. Assim tambémé o amor que sobrevive ao tempo. Se as Bodas de Ouro representam o esplendor da maturidade, a prata simboliza a resistência, a resiliência e a capacidade de refletir luz mesmo após ser desgastada pelo tempo. Não por acaso, esse metal precisa ser polido para manter seu brilho — umametáfora perfeita para o casamento, que exige cuidado, dedicação e renúncia ao longo dos anos. Tudo começou comumolhar, uma promessa, um “sim” dito diante do altar ou da vida. Naquele dia, o casal acreditava que o amor era um eterno pôr do sol dourado, onde as dificuldades jamais seriam capazes de apagar o brilho do que sentiam. Partiram para a jornada de mãos dadas, cheios de planos, certos de que juntos poderiam conquistar o mundo. Os primeiros anos foram de descobertas. Aprenderam que dividir a vida ia além dosmomentos felizes. Enfrentaramos desafios de construir um lar, de moldar hábitos diferentes, de ceder e com- preender. Perceberam que o amor não era apenas um sentimento arrebatador, mas uma escolha diária. E, assim, começaram a polir sua prata. Mas o tempo, como sempre faz, testou a solidez daquele compromisso. Vieram os dias dif íceis, as contas apertadas, as noites de preocupação. Houve desentendi- mentos, portas fechadas, silêncios que pesavam no ar. O trabalho exigia tempo, o filho tão esperado chegou, de- mandando atenção, e a rotina, sempiedade, transformava os dias em uma sequência de compromissos e cansaço. A prata foi sendo moldada, às vezes com delicadeza, outras com dureza. Mas, pouco a pouco, ela ganhou forma. O casal encontrou sua sintonia — um gesto, um olhar, uma palavra dita na hora certa. Compreenderam que o amor verdadeiro não é sobre evitar conflitos, mas sobre encontrar caminhos para resolvê-los. Os desafios trouxeram aprendizado. Os problemas financeiros ensinaramo valor da parceria. As dificuldades na criação do filho, mostraram que cada um era um porto seguro para o outro. As crises passageiras provaram que a paciência e o diálogo eramos elos que sustentavam a relação. E assim, o amor amadureceu. Tornou-se menos im- pulsivo, mais estável. Ganhou a profundidade das raízes que se fixam na terra. Já não era apenas um sentimento, mas uma história. Agora, vinte e cinco anos depois, ao olharem para trás, enxergam não apenas os desafios, mas as conquistas. O lar que construíram, a família que formaram, os momentos que compartilharam. A cumplicidade que cul- tivaram, que hoje lhes permite conversar sem palavras. O amor que começou impetuoso tornou-se brasa constante, aquecendo sem pressa. Não hámais urgência, mas há profundidade. A juventude pode ter dado lugar as marcas do tempo e da idade, mas o brilho nos olhos permanece, talvez ainda mais intenso, porque agora carrega a certeza de que a jornada valeu a pena. E assim seguem, navegantes nesse oceano chamado vida, sabendo que ainda virão tempestades, mas também muitos dias de céu aberto. Pois quem ama de verdade entende que o segredo não está na calmaria, mas na decisão de remar juntos, sempre. Celebrar as Bodas de Prata não é apenas relembrar o que passou, mas reafirmar a escolha de seguir juntos. Não é um ponto final, mas uma vírgula na história que continua sendo escrita. Ainda há desafios no horizonte, mas também há sonhos. Porque o amor verdadeiro não se mede apenas pelo tempo, mas pela capacidade de renovar-se a cada dia. E assim, como a prata que reflete a luz, esse amor segue brilhando. Não pelo acaso, mas pelo cuidado, pela dedicação, pela decisão diária de continuar amando. Afinal, vinte e cinco anos são apenas o começo de uma eternidade compartilhada. ■ Houve momentos de incerteza. Questionaram-se. Perguntaram-se se aquele amor resistiria às pressões da vida adulta. Sentiram saudade do começo, da leveza da paixão inicial. Mas, em meio às tempestades, escolheram ficar. Descobriram que a força do casamento não está na ausência de dificuldades, mas na decisão de enfrentar tudo juntos. Bodas de prata: O amor lapidado pelo tempo E-mail: drrodrigolimajunior@gmail.com . Teólogo, pedagogo e advogado RODRIGO LIMA JUNIOR
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