Diário do Amapá - 16 e 17/03/2025

A RÁDIO O JORNAL AGORA WEBTV Luiz Melo |OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA | 16 E 17 DE MARÇO DE 2025 FALECOMOLUIZMELO E-mail: luizmello.da@uol.com.br Blog: www.luiz melo.blog.br Twitter: @luizmelodiario Instagram: @luizmelodiario© 2018 3 FROM RAPIDINHAS ALERTA - Com o Amapá de repente no cenário mundial das atenções, por conta das nossas riquezas petrolíferas, decerto, não demora muito, vai sobrar empregos, mas também faltar mão-de-obra qualificada. Logo, já está na hora de investir em cursos, treinamentos e capacitação profissional - o que, felizmente, além do GEA, também já está no script do Sebrae/AP. ■ CONEXÃO - Novo presidente do TJAP, Jayme Ferreira, e o superintendente regional da PF, Vitor Moraes, encontraram-se, institucionalmente, reforçando parceria para maior eficiência dos serviços de ambos. ■ EQUILÍBRIO - Bom censo recomenda mais cuidado ao dirigir, principalmente agora, nesse período de inverno e com muita chuva na cidade. ■ Autoridades Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, acompanhará presidente Lula em viagem ao Japão, de 24 a 27 de março. O mesmo fará o presidente da Câmara, deputado HugoMota. Por causa dessas ausências oficiais, votação do orçamento do governo federal é adiada para abril. Para governador Clécio, negócios no Amapá devem se tornar uma rotina, pois assim, segundo ele, será alcançado o desenvolvimento social e econômico de que precisamos. Ele acha que Parque Tecnológico, ora em construção no lugar do Macapá Hotel, vai ajudar a destravar crescimento de startups, empreendimentos e potencialidades do Amapá. Com recurso articulado pelo senador Davi Alcolumbre, obras de construção do Complexo Aturiá vão de vento em popa. Executado pela Seinf, de David Covre, espaço é concebido para se tornar um complexo turístico com elementos naturais e funcionais integrando a urbanização de Macapá. “Apenas um leve e despretensioso bate-bola. Nada ainda para encantar palcos e telas”, reconhecem Clécio e Randolfe depois de rápido ‘esquenta’ no lançamento da reforma do Augusto Antunes, em Santana. Ensaio Repercutindo visita de cortesia da senadora francesa Maria-Laure Phinéra-Horth, nesta semana, a Macapá, governador Clécio diz que essa aproximação pode trazer benefícios tanto para o Amapá como para a Guiana Francesa. Resultado Pioneirismo “Quando assumi meu mandato, enfrentei desafios e preconceitos, mas sempre soube que não estava sozinha. Cada passo foi impulsionado pela coragem e força de tantas mulheres que, antes de mim, lutaram para que pudéssemos ter voz e vez. Ser pioneira na política não foi uma escolha fácil, mas uma missão que abracei com determinação e que abraço até hoje”, palavras de Janete Capiberibe, ao ser homenageada na Alap, no Dia da Mulher. Perspectivas Vice-governador Teles Júnior foi a presença do governo do Amapá, nessa sexta, 14, na Alap, que através da Frente Parlamentar em Defesa da Exploração do Petróleo e Gás na Margem Equatorial, realizou seminário, tratando do assunto com propósito de disseminar conhecimento e discutir desafios e oportunidades no estado. Futuro Pelo que já se vê, logo, logo o Ginásio Paulo Conrado, no centro, volta a ser todo nosso. E, dessa vez, no embalo de um projeto moderno e transformador, agora sem aquele formato de galpão, que, além de feio à beça, sem nenhum conforto para atletas e assistência. Valendo a pena. Pra bem melhor Posição “Tudo acontece quando uma mulher ocupa espaço no poder”, frisa deputada Alliny Serrão, presidente da Alap, acrescentando que em virtude disso ala feminina da sociedade precisa de mais respeito, valorização e menos preconceito. memória não retém o momento, o clima, a emoção. Depois de amanhã, 15 de março de 2025 é apenas uma data, fonte de tantos julgamentos e versões. O tempo é uma invenção do homem, e as datas redondas nos seduzem a construir o passado. Esta representa 40 Anos de Democracia, que se inicia com a minha posse no cargo de Presidente da Re- pública, encerrando o regime militar. NaHistória do Brasil tivemosmomentos de grandes inflexões. Mas aquela data será julgada no futuro como um instante em que a História se contorcia. Ela é o fim de um período marcado por revoluções, golpes de Estado, militarismo—que é agregação de poder político ao podermilitar—, e agora a data da continuidade de uma democracia de massa, que o País jamais conhecera. Um Estado Social de Direito, o exercício pleno da cidadania, das li- berdades individuais e dos direitos sociais. Hoje não se pode avaliar o que estava em jogo naquela noite de 14 para 15 de março de 1985. A nove horas de tomar posse, o Presidente eleito, Tancredo Neves, começava a ser operado no Hospital de Base de Brasília. Não se sabia que ali começava o seu martírio e a sua agonia. A realidade imitava a ficção. O país atônito. Os políticos en- voltos emperplexidades não tinhamnenhum grupomobilizado. Reuniam-se improvisadamente na Câmara e no Senado. Os jantares organizados para antecipação da festa se transformavam emdesorientação e tristeza. Oministro do Exército do Figueiredo comunicava ao chefe da Casa Civil, Leitão de Abreu, que iria voltar ao seu posto de comando e desencadear uma ação para interromper o longo processo da transição. Quando, tomado de profunda emoção e saindo de uma de- pressão que escondi do país durante vários meses, voltado total- mente para o problema humano de Tancredo, disse a Ulysses que não desejava assumir sozinho, ele, rispidamente e mostrando sua fibra de grande chefe, me disse: “Não é hora de sentimenta- lismos, Sarney. Temos deveres com a Nação. Um processo tão longo de luta pelas instituições não pode morrer nas nossas in- decisões”. O general Leônidas, já escolhidoministro do Exército, partiu para ações concretas: “Vamos ao Leitão de Abreu, não para discutir a sucessão, mas para dizer que amanhã, às 10 horas, o vice-presidente, conforme determina a Constituição, irá prestar juramento perante o Congresso e assumir a Presidência até o restabelecimento de Tancredo”. E assim fez, em companhia de Ulysses e dos senadores José Fragelli, Presidente do Congresso, e FernandoHenrique Cardoso. As Mesas do Senado e da Câmara decidiram no mesmo sentido. O Supremo Tribunal Federal, convocado secretamente pelo pre- sidente Cordeiro Guerra, deliberou que esse era o caminho da Constituição. Quando me comunicaram as conclusões, às três horas da manhã, eu era um homem batido pelo imprevisto. Tomei posse “com os olhos de ontem” e enfrentei o desconhecido dos anos que estavam à frente. Há mais de dez anos, o brasilianista Ronald Schneider, que estudou as transições democráticas, escreveu que a transição do Brasil foi a mais exitosa. Iniciou-se a Nova República com o lema “Tudo pelo social”. Enfrentei 12 mil greves, convoquei a Constituinte, implantamos uma democracia social, rompemos com a ortodoxia econômica com o Plano Cruzado, alcançamos a mais baixa taxa média de desemprego de nossa história — 3,59%. Até hoje não se repetiu o crescimento econômico daqueles anos. Relembro nesta data Tancredo Neves. Afonso Arinos, repito, disse: “Muitos deram a vida pelo país, mas Tancredo é o único que deu a sua morte pelo Brasil”. Esta é a História destes 40 anos de paz social, de alternância de poder e da presença do proletariado nas decisões nacionais. A República, nos seus 136 anos, pode contar com cidadãos de todos os segmentos da sociedade para ocupar a Presidência, desde marechais até um operário retirante das secas do sofrido Nordeste. O destino entregou-me a respon- sabilidade de fazer a Transição Democrática depois de um longo período de autoritarismo. Enfrentei ameaças de retrocessos, mas conseguimos avançar no Social: criamos o SUDS, hoje SUS, universalizamos a saúde, criamos oMercosul, comRaúl Alfonsín, da Argentina, e acabamos com a disputa nuclear entre nossos dois países e somos, graças a essa união, o único continente do mundo sem armas nucleares. As instituições no País são tão fortes que resistiram a dois impeachments e à tentativa de destruí-las, como processo agora em julgamento no Supremo Tribunal Federal. Saudemos os 40 Anos que comemoramos, da volta da De- mocracia, da Liberdade, que não morreu em minhas mãos; ao contrário, floresceu e consolidou-se. Brasil, minha Pátria, meu torrão. País de hoje e do futuro. ■ 40 Anos de Liberdade E-mail: j.sarney@uol.com.br Ex Presidente do Brasil JOSÉSARNEY A Legal! Presidente da Fieap, Franck José Saraiva de Almeida anuncia que entidade inicia movimento para preparar empresas para atender demandas da Petrobras, quando estatal passar a operar com petróleo no Amapá. Iniciativa

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