Diário do Amapá - 21/03/2025
| OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SEXTA-FEIRA | 21 DE MARÇO DE 2025 2 LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANA MELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIODECOMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) - Fone: 96-3223-7690 www.diariodoamapa.com.br COMPROMISSOCOMANOTÍCIA E m 5 de dezembro de 2013, participei da revisão preliminar da missão espacial conjunta entre Brasil e Argentina, o satélite Sa- bia-Mar - Satélite Argentino-Brasileiro de Informação Ambiental do Mar. Nessa época, a cooperação já apresentava problemas, não pela Argentina que sofre crise econômica muito maior que a nossa há décadas, mas entende bem a prioridade espacial. Em 8 de junho último, na Argentina, durante as comemorações do Dia Mundial dos Oceanos, data destinada a aumentar a conscientização sobre o impacto da atividade humana no mar e a necessidade de cuidar desse recurso vital para o nosso planeta, a CONAE - Comisión Nacional de Actividades Espaciales, destacou a contribuição dos satélites para a gestão do meio ambiente e a nova missão espacial SA- BIA-Mar que contribuirá para o estudo do mar e das costas da Argentina e da América do Sul. Informou que este satélite está atualmente em fase de construção e seu lançamento está previsto para 2024... Pois é, este satélite teria o custo dividido entre o Brasil e a Argentina, com o desinteresse brasileiro, os argentinos assumiram todos os custos, até mantiveram a sigla, mas mudaram o nome, agora é Satélite de Aplicaciones Basadas en la Información Ambiental del Mar. A Argentina criou a Comissão Nacional de Pesquisas Espaciais (CNIE) em 1960, sob a ad- ministração da Força Aérea, substituída pela civil CONAE em 28 de maio de 1991. Neste mesmo ano firmou um acordo com a NASA. Tiveram que abandonar o desenvolvimento de foguete. O Brasil não fez o acordo, então en- tramos na lista negra dos Estados Unidos da América, no famigerado ITAR, International Traffic in Arms Regulations. Enquanto o "Department of Defense" boi- cotava a venda de componentes e serviços para o INPE por conta de um foguete condenado ao fracasso pela falta de verbas (VLS), os argentinos aprendiam na NASA durante o desenvolvimento dos Satélites de Aplicações Científicas (SAC). Em 4 de novembro de 1996, foi lançado o primeiro satélite argentino, o SAC-B, para es- tudar a f ísica solar e astrof ísica, pelo foguete Pegasus, o mesmo utilizado pelo Brasil para lançar os dois SCD. Infelizmente o foguete falhou. Então, vieram os bem sucedidos SAC-A em 1998, SAC-C em 2000, SAC- D em 2011, ARSAT-1 (geoestacionário de telecomunicações) em 2014 e SAOCOM-1A (radar de banda L, não esses que os militares brasileiros compraram e que não nos interessa) em 2018. Estes três últimos, tive oportunidade de acompanhar in loco o desenvolvimento, em 2009 e 2010, quando estive na INVAP acompanhando o desenvol- vimento do sistema de controle de atitude (apontamento) e órbita do Amazonia-1. Depois, em 2015, lançaram ARSAT-2, e o SAOCOM-1B em 2020. Ah! Claro! Em 1998, a Argentina criou a estatal de capital aberto VENG para desenvolver foguetes, os chamados Tronador. Já estão trabalhando no Tronador III que tem dois estágios, 28 metros de altura, 90 toneladas, diâmetro de 2,5 m e lançará 750 kg de carga útil em uma órbita de 600 km. Enquanto isso, nossos políticos camuflam 19 bilhões de reais em um escandaloso orçamento secreto. Essa é a Prioridade tupiniquim. ■ Argentinos dominam o espaço Em 4 de novembro de 1996, foi lançado o primeiro satélite argentino, o SAC- B, para estudar a física solar e astrofísica, pelo foguete Pegasus, o mesmo utilizado pelo Brasil para lançar os dois SCD. Infelizmente o foguete falhou. MARIO EUGENIO E-mail: mariosaturno@uol.com.br Tecnologista Sênior S e expressar é um dos maiores desafios do ser humano. Seja através de palavras ou gestos, a comunicação faz parte da nossa essência e revela muito sobre nossa per- sonalidade. Normalmente nos acostumamos a falar que uma pessoa é mais ou menos “falante”, e atribuímos isso apenas ao seu jeito de ser. O problema é que a forma como nos expressamos está diretamente ligada ao mundo psíquico e pode revelar até mesmo transtornos mentais. A comunicação não se trata apenas de uma parte da nossa natureza, mas ao desenvolvimento da personalidade ao longo de anos, que começa na infância. Se uma criança for abandonada no meio da floresta, sem o contato humano, ela se tornará algo totalmente diferente do nosso homem so- cial. Será, provavelmente, um selvagem. O trabalho de ensinamento da fala é feito desde cedo pelos pais ou por essa figura responsável, que ama e cuida. Então nos baseamos não mais em uma simples instancia natural, mas uma ferra- menta utilizada por todos. Isso é revelado também na nossa moral e nos costumes. Em cada lugar do mundo nos expressamos de uma forma diferente, refletindo suas peculiaridades sociais e culturais. No Brasil o abraço e os “dois beijinhos” são expressões básicas de afeto, enquanto o Oriente Médio usa apenas palavras, evitando ao máximo o contato f ísico. Em uma visão Winnicottiana, a comu- nicação está ligada à como nos relacionamos a outros objetos (e nisso incluímos outras pessoas). Essa capacidade é proveniente de um ambiente sufi- cientemente bom ou não, e ao que ele oferece a criança, e que vai acompanha-la até a vida adulta. E quanto mais o tempo passa, mais fácil perceber transtornos psicológicos decorrentes de um ambiente falho sem o olhar e a escuta que o bebê necessita para seu desenvolvimento. A criança é um reflexo da figura que a acolhe, então é im- portante permitir que ela se expresse, mostrando empatia. A forma como nos expressamos pode ser uma simples casualidade, ou um grito de socorro. *Cristina Navalon é psicóloga com formação pela Universidade Metodista de São Paulo com especialização em Psicanálise do Adolescente, Psicossomática e Doenças Mentais. ■ A forma de expressão como reflexo psicológico A criança é um reflexo da figura que a acolhe, então é importante permitir que ela se expresse, mostrando empatia. A forma como nos expressamos pode ser uma simples casualidade, ou um grito de socorro. E-mail: leonardo@mercadocom.com.br Psicóloga CRISTINANAVALON
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