Diário do Amapá - 21/03/2025

FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 ECONOMIA SEXTA-FEIRA | 21 DE MARÇO DE 2025 A parcela de indústrias brasileiras que inovaram em produtos ou processos ficou em 64,6% do total das empresas, em 2023. Segundo dados da Pesquisa de Inovação (Pintec) 2023, divulgada nesta quinta-feira (20), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual é inferior aos registrados em 2022 (68,1%) e em 2021 (70,5%). “A gente considera uma empresa inovadora aquela que, em 2023, lançou um produto novo ou substancial- mente aprimorado ou um processo de negócio novo ou substancialmente aprimorado. Os dados mostram que a gente vem observando uma queda desde 2021”, explica o pesquisador do IBGE Flávio José Marques Peixoto. A taxa de inovação aumenta com o porte da empresa. Em 2023, por exemplo, 73,6% das empresas com 500 funcionários ou mais apresentaram inovação. O percentual caiu para 70,8% quando analisadas apenas as empresas com 250 a 499 funcionários, e para 59,3% no caso das empresas que têm de 100 a 249 empregados. ■ PINTEC Inovação na indústria recuou em 2023 no Brasil, diz IBGE ● O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou, nesta quinta- feira (20), que o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil não afetará a arrecadação de estados e municípios. Em entrevista ao programa BomDia, Ministro, doCanal Gov, Haddad lembrou que o projeto já prevê a compen- sação sobre a arrecadação do governo, que compartilha os impostos federais com os entes subnacionais. A isenção vai gerar uma renúncia fiscal prevista em R$ 25,84 bilhões, que será fi- nanciada por meio da taxação de cerca de 141,3 mil pessoas que ganhammais de R$ 50 mil por mês, ou seja, 0,13% de todos os contribuintes do país. O governo também pretende tributar a remessa de dividendos para o exterior, em qualquer valor e apenas quando o di- nheiro for destinado a cidadãos estrangei- ros. “Nós não estamos abrindo mão da re- ceita porque nós estamos cobrando dos super ricos que não pagam. Então, quando os super ricos que não pagam passarem a pagar uma alíquota mínima de 10%, você compensa quem ganha até 5 salários mí- nimos [cerca de R$ 7 mil] e vai deixar de pagar e não há prejuízo para estados e municípios”, explicou. O projeto do governo também cria desconto parcial para aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, reduzindo o valor pago atualmente. SegundoHaddad, entretanto, será pre- ciso que os parlamentares garantama com- pensação durante a tramitação do texto. “Tem muita gente que tem renda que concorda coma justiça social. Não é porque a pessoa tem renda que ela vai deixar de votar num projeto justo. Você pode ter certeza, muita gente ali [representada no Congresso], empresário, fazendeiro, vai votar a favor desse projeto porque sabe que ele é justo. Ele sabe que tem que ter um imposto mínimo para super ricos, que é de 10%”, defende Haddad. “Eu tenho certeza quemesmo a extrema direita não vai ter argumento para não aprovar essamedida. Não consigo enxergar alguémda extrema direita subir na tribuna [do Congresso] e justificar a cobrança de imposto de renda de quem ganha R$ 5 mil”, acrescentou. Super ricos O ministro lembrou que os trabalha- dores da classe média, que têm imposto de renda descontadona folha de pagamento, pagamaté 27,5%de alíquota, comalíquota efetiva média de cerca de 10%. Segundo ele, a medida vai atingir apenas aqueles que ganham mais de R$ 50 mil mensais - R$ 600 mil por ano - e que não pagam im- posto de renda. “Se a pessoa, ao final do ano, conseguir demonstrar que ela pagou mais de 10% da sua renda em imposto de renda, ela conti- nuará pagando o que ela sempre pagou, ela não vai pagar mais. Ela só vai comple- mentar aquilo que faltar para 10%”, explicou, destacando que não há aumento de im- postos. ■ HADDAD DESCARTA PREJUÍZO PARA ESTADOS NAS MUDANÇAS NO IMPOSTO DE RENDA IRPF V Foto/ Marcelo Camargo/Agência Brasil E m mais um dia de alívio no mercado fi- nanceiro, o dólar continuou abaixo de R$ 5,70 e fechou no menor valor em mais de cinco meses. A bolsa de valores subiu quase 1% e atingiu o nível mais alto desde outubro. O dólar comercial encerrou esta quarta- feira (19) vendido a R$ 5,647, com recuo de R$ 0,025 (-0,43%). A cotação operou próxima da estabilidade durante a manhã, mas caiu com força durante a tarde. Na mínima do dia, por volta das 16h, chegou a R$ 5,63, mas diminuiu o ritmodequeda cominvestidores que aproveitaram o câmbio barato para comprar moeda. Com o desempenho desta quarta, o dólar teve a sétima sessão seguida de baixa e está no menor nível desde 14 de outubro. A divisa acumula queda de 8,58% em 2025, dos quais 3,52% apenas nas últimas sete sessões. No mercado de ações, o dia também foi marcado pela recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 132.508 pontos, com alta de 0,79%. No maior nível desde 2 de outubro, o in- dicador acompanhou as bolsas norte-americanas, que reagiram e voltaram a subir após vários dias de queda. ■ COTAÇÃO DÓLAR CAI PARA R$ 5,64 E FECHA NO MENOR VALOR DESDE OUTUBRO

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