Diário do Amapá - 28/03/2025

| OPINIÃO | DIÁRIO DO AMAPÁ SEXTA-FEIRA | 28 DE MARÇO DE 2025 2 LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANA MELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIODECOMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) - Fone: 96-3223-7690 www.diariodoamapa.com.br COMPROMISSOCOMANOTÍCIA V árias são as formas de abuso psicológico que um ser humano pode sofrer. No entanto, temos um tipo de abuso que é muito característico por ser, de certa forma, “invisível”, que não deixa marcas f ísicas, sendo, portanto, dif ícil de ser analisado e penalizado. É o Gaslighting, tipo de abuso no qual a vítima quase nunca temconsciência de estar sendo abusada. Ou pelo menos, não como se entende geralmente o termo, já que não há uma agressão clara. Mas sim, a agressão existe, acontece muito e vem disfarçada de ações que podem camuflar a perversidade do processo em si. Amelhor definição seria de uma manipulação sutil, na qual o abusador en- fraquece a autoestima, o amor próprio e a confiança da vítima (pode ser o homem ou a mulher), fazendo com que ela se coloque cada vez mais submissa, dependente e, se anulando a tal ponto que, ela não consegue ter a clareza destes atos perversos e colocando em dúvida suas próprias emoções e seus medos. Uma prática devastadora cuja dinâmica mostra que na cabeça da vítima, o abuso não está acontecendo, e ela acaba achando que ela é realmente culpada. Em grande parte das situações, ela deixa de ter voz, pois é menosprezada em seus pontos de vista, chegando até a se fechar de tal forma que vai se anulando cada vez mais. A dificuldade em se identificar ou denunciar este tipo de abuso psicológico está exatamente no fato de que, a vítima quase nunca tem consciência de estar sendo abusada e uma das características deste processo é que o agressor usa de estratégias perversas para fazer com que a vítima tenha dúvidas sobre os fatos e acredite que tudo não passa de invenção, paranoia ou uma histeria de sua cabeça. Faz comque ela pense estar sempre equivocada e exagerando em suas proposições. E no meio desta confusão de sentimentos, muitas vezes se fecha ou se cala, por acreditar que está mesmo errada e que o abusador está com a razão. E, de forma a reparar suas “falhas”, ela pode acabar entregando a ele sua capacidade de discernimento sobre os fatos e sobre sua vida de forma geral. Insultos, agressões verbais, diminuições claras, depreciação, também são ingredientes que podem ser encontrados nessa rede do Gaslighting. E é aqui que começam os problemas e possíveis transtornos psicológicos. Por ser complicado provar, já que dificilmente existe uma violência explícita, esse agressor se esconde atrás de uma vítima medrosa, sem energia, sem voz, confusa em suas palavras e atitudes, com uma autoestima destruída e que, é levada a pensar que a causa de tudo passa por ela. Uma das principais características desse abuso psicológico é a alteração da percepção de realidade da vítima, que anula sua consciência e cria a negação de que vive emmeio a uma atmosfera abusiva. Essa violência é contínua. A sutilidade do caso aliado a umciclo de repetição gera nessa vítima as dúvidas que a levam a sentir-se culpada e responsável pelo que está sofrendo. A ponto de achar que o agressor age desta forma, porque ela provoca de alguma maneira. Tudo se torna muito confuso aos seus olhos e seu entendimento e quem sofre com essa violência, acredita firmemente que está louco (a). Se confunde se está no papel de vítima ou de abusador (a). Enfim, ao menor sinal de agressão psicológica, deve-se buscar ajuda profissional para seu fortalecimento enquanto ser humano, sem medo da ex- posição. Resgatando assim, sua credibilidade, autonomia, liberdade de expressão e elevação da autoestima. Trazendo para sua rotina de vida a harmonia junto a uma maior força e consciência mental, abandonando o papel da opressão sofrida através da perversão camuflada nos atos praticados por seu agressor. ■ Uma das principais características desse abuso psicológico é a alteração da percepção de realidade da vítima, que anula sua consciência e cria a negação de que vive em meio a uma atmosfera abusiva. ANDREA LADISLAU E-mail: : sistemas@mailingimprensa.com.br Psicanalista (SPM); Doutora em Psicanálise Gaslighting – O abuso psicológico sútil e despretensioso R emodelar a cultura da sua empresa e integrá-la de acordo com conceitos ESG para impactar público interno, externo e comu- nidade, mapear impactos gerados e oportunidades de negócio, atentar-se a melhorar processos de inclusão, equidade, igualdade, vai além de como sua empresa é vista no mercado financeiro. Entender os conceitos ESG e como eles se adequam para cada setor do negócio, e dar "match" entre sua empresa e diretrizes de go- vernança, é a tendência para o futuro. Mas o que significa ESG? O termo ESG vem do inglês - Environ- mental, Social & Governance - que, traduzido, significa Ambiental, Social e Governança. No Brasil poderíamos chamá-la de ASG e facilitar o seu entendimento, porém é uma sigla de reconhecimento mundial. É uma métrica criada para avaliar o desempenho das empresas nos quesitos sus- tentáveis – ecológica, social e economicamente falando. É importante implementar ações ESG na cultura da sua empresa. E a finalidade é clara: precisamos gerar o conhecimento de todos nessa mudança, descrever os principais pontos sobre o assunto e questões a serem tratadas, fazer um diagnóstico de onde estão e para onde irão, criar compliance, criar comitês responsáveis por discutirem, darem treinamento e acompa- nharem as implementações dessas mudanças. Nesse contexto é fundamental minimizar os impactos causados pelas suas atividades no ambiente, permitir debates e ações que tenham foco no meio ambiente e no âmbito social criar estratégias com responsabilidade e propósito. Os consumidores vem colocando mais pres- são por posicionamento mais éticos das em- presas, investidores exigem resultados finan- ceiros positivos e resilientes. Por esse motivo, o ESG deixou de ser apenas assunto econômico para entrar na ordem dos negócios. As empresas, os escritórios - pequenos, mé- dios e grandes -, já não podem mais ignorar que incorporar práticas sustentáveis e sociais no seu cotidiano faz parte do cenário mundial para contribuição com a sociedade civil e com o planeta. Diante de temas de mudanças climáticas que englobam aumento da produção de lixo, uma piora da qualidade do ar, aumento do buraco da camada de ozônio e outros temas, como: diversidade, equidade e igualdade. Não dá mais para sermos neutros ou fingirmos que isso não está acontecendo. Importante, então, implementar ações multidisciplinares que en- volvam todo o seu time, acompanhadas de liderança comprometida em fazer com que essa metamorfose seja real. Essas ações são chaves da estratégia para que questões relacionadas sobre ESG sejam efetiva- mente realizadas por todos. Não é só sobre lucro. É muito mais, lucro é um valor explícito, ESG trata de valores implícitos que também pode englobar o lucro. E vai além, pois adiciona responsabilidade socioambiental e continuidade. ■ Importante, então, implementar ações multidisciplinares que envolvam todo o seu time, acompanhadas de liderança comprometida em fazer com que essa metamorfose seja real. Essas ações são chaves da estratégia para que questões relacionadas sobre ESG sejam efetivamente realizadas por todos. ESG e o novo modelo cultural das empresas HELGAMONTEIRO E-mail: caio@libris.com.br Gestora de Comunicação Institucional do escritório Calazans

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