Diário do Amapá - 04/10/2025
Associações representativas de bares, restaurantes, de fabricantes e importadores de bebidas destiladas estão treinando gratuitamente donos e funcionários dos estabeleci- mentosoferecendoorientações sobre como identificar bebidas falsificadas ou adulteradas. Ministrados pelaAssociaçãoBrasileira de Bares e Restau- rantes (Abrasel), Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) eAssociaçãoBrasileiradeBebidas (Abrabe), os cursos detalham como identificar sinais de falsificação em garrafas, tampas, rótulos e líquidos. Segundo as entidades, a análise deve começar pela tampa, considerada o principal ponto de segurança dos produtos: tampas originais apresentamacabamento preciso, semamas- samentos ou espaçamentos e com arte impressa de alta qualidade.Apresençade lacres plásticos sobrepostos a tampas decoradas é um forte indicativo de adulteração, segundo as associações. Outro ponto de atenção é o selo fiscal, obrigatório em bebidasdestiladas importadas. ProduzidopelaCasadaMoeda do Brasil, o selo autêntico possui holografia que revela apenas uma letra por vez – R, F ou B. Se todas as letras foremvisíveis simultaneamente, há a possibilidade de o selo ser falsificado. Segundo as associações, garrafas damesmamarca devem ter omesmo nível de enchimento e líquidos translúcidos, sem impurezas. Diferenças de coloração entre as unidades podem indicar falsificação. As entidades ressaltamqueprodutos legítimos apresentam impressão de alta qualidade, com informações obrigatórias emportuguês, como ingredientes, origemenúmerode registro no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Erros de grafia são considerados sinais claros de falsificação. ■ ORIENTAÇÕES Bares e fabricantes treinam empresas para identificar bebidas falsas ● CAPITAL ESTRANGEIRO Com US$ 1,1 tri, investimento estrangeiro bate recorde de 46,6% do PIB O Brasil terminou 2024 com um estoque de US$ 1,141 trilhão em investimento estrangeiro direto no país, o que representa quase metade (46,6%) do Produto Interno Bruto (PIB), conjunto de bens e serviços produzidos no país. Essa marca é um recorde na série histórica do Banco Central (BC). Os dados fazemparte doCenso de Capitais Estrangeiros, divulgado pelo BC nesta sexta-feira (26), em Brasília. Em 1995, quando foi iniciada a série, o percentual de investimento direto estrangeiro era de 6,1% do PIB. Em 2000, passou para 17,1%, alcançando 25,2% em 2010. Em 2019, superou pela primeira vez a marca de 30% (34,6%). Em 2023, a marca ficou em 45%. O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fer- nando Rocha, destaca que a maioria das empresas que re- cebem capital estrangeiro é controlada por esses investi- dores. “Tem 100% do capital ou tem o controle da empresa, mais de 50%”, diz Rocha, ao ressaltar o fato de esses negócios terem maior ligação com o exterior. “Tipicamente têm uma maior relação com o exterior, com os seus investidores, têmmaior conteúdo importado, maior conteúdo exportado”, explica. Aumento da capacidade produtiva O BC divide os US$ 1,1 trilhão em duas partes: US$ 884,8 bilhões são participação no capital social de empresas, ou seja, sócios; enquanto US$ 256,4 bilhões são operações intercompanhia, isto é, empréstimos entre empresas. “Omais importante é o caráter tipicamente produtivo desse investimento direto, aumentando capacidade instalada no país, contribuindo para crescimento de produtividade”, avalia Rocha. ■ ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 SÁBADO | 04 DE OUTUBRO DE 2025 O governo federal está propondo mudanças noprocessode obtenção daCarteiraNacional deHabilitação (CNH). A principal delas é o fim da obri- gatoriedade de frequentar aulas de autoes- cola na preparação para os exames teórico e prático dos departamentos de Trânsito (Detran) estaduais. Com isso, o custo para tirar o docu- mento, que hoje chega a R$ 3,2mil, poderá cair em 80%. Na última quinta-feira (2), oMinistério dos Transportes abriuuma consulta pública sobre o tema. A minuta do projeto ficará disponível por 30 dias na plataforma Par- ticipa + Brasil e, durante esse período, qualquer cidadão poderá enviar sugestões e contribuições. Depois, o texto seguirá para análise doConselhoNacional deTrân- sito (Contran). De acordo com a pasta, o objetivo das mudanças émodernizar o processo de ob- tenção da CNH e tornar o documento mais acessível e barato para a população, especialmente nas categorias A (motoci- cletas) e B (veículos de passeio). “Além disso, ao tornar a CNH mais acessível, mais cidadãos deixarão de dirigir sem habilitação, contribuindo para um trânsito mais regularizado e seguro. Hoje, 20 milhões de brasileiros dirigemmotos e carros sem carteira de habilitação”, diz a pasta. A proposta prevê que o candidato possa escolher diferentes formas de se pre- parar para os exames teórico e prático, que continuarãoobrigatórios para a emissão da CNH. “São esses exames que atestam se o condutor está devidamente capacitado para dirigir. Oobjetivo é modernizar o sis- tema atual, garantindo mais liberdade e economia aos futurosmotoristas, semabrir mão das exigências de segurança viária”, explica o comunicado. Confira um perguntas e respostas do Ministério dos Transportes sobre a pro- posta: Como obter a CNH? A abertura do processo será feita dire- tamente pelo site da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) ou por meio da Carteira Digital de Trânsito (CDT). Será obrigatório frequentar os Centros de Formação de Condutores (CFCs) para as aulas? Não. O conteúdo teórico poderá ser estudado de forma presencial nos CFCs, por ensino a distância (EAD) emempresas credenciadas ou, em formato digital, ofe- recido pela própria Senatran. O aluno terá que cumprir um número mínimo de aulas práticas? Não. Onovomodelo retira a exigência de carga horária mínima de 20 horas-aula práticas. Ocandidatopoderá escolher como fará sua preparação: contratando umcentro de formação de condutores ouuminstrutor autônomo credenciado pelos Detrans. Isso permite adaptar a formação às necessidades de cada pessoa e reduzir custos, mantendo a obrigatoriedade de ser aprovado nos exa- mes teórico e prático para obter a CNH. E como ficam as categorias C, D e E? Aproposta tambémprevê a facilitação dos processos de obtenção da CNH para as categorias C (veículos de carga, como caminhões), D (transporte de passageiros, como ônibus) e E (carretas e veículos arti- culados) permitindo que os serviços sejam realizados pelas autoescolas ou por outras entidades, com o objetivo de tornar o pro- cesso mais ágil e menos burocrático. ■ ENTENDA A PROPOSTA QUE RETIRA EXIGÊNCIA DE AUTOESCOLA PARA TIRAR CNH CUSTO REDUZIDO V Foto/ Fernando Frazão/Agência Brasil
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