Diário do Amapá - 05/09/2025
V Foto/ Andrew Harnik/Getty Images A brasileira Marina Lacerda, de 37 anos, decidiu tornar pública sua identidade e história como uma das vítimas do bilionário americano Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais e en- contrado morto em uma prisão nos Estados Unidos em 2019. Nascida em uma família humilde, Marina vivia em Nova York quando, aos 14 anos, foi aliciada por uma amiga do bairro de Astoria, no Queens, com a promessa de ganhar US$ 300 para fazer massagens em um homem. Ela vivia com a mãe e a irmã em um quarto, e trabalhava para sustentar a família. O que parecia uma oportunidade se trans- formou em um ciclo de abusos, relatou. “Com Jeffrey Epstein, começa em algum lugar, mas de- pois termina com você fazendo sexo com ele, goste ou não disso”, disse ementrevista à emissora norte-americana ABC News. Marina contou que, nos primeiros anos, re- cebeu milhares de dóla- res de Epstein, chegando a abandonar os estudos, acreditando que essa proximidade poderia tra- zer melhores oportuni- dades. “Foi do trabalho dos sonhos ao pior pe- sadelo”, resumiu. Aos 17 anos, foi dispensada pelo bilionário sob a justifi- cativa de que já estava “velha demais”. Identificada nos pro- cessos como “vítimamenor número 1”, Marina já havia colaborado com a Justiça em outras fases da investigação, mas sua identidade só foi revelada recentemente. Em 2008, o FBI chegou a procurá-la, mas, segundo ela, Epstein providenciou um advogado e o caso não avançou. Em 2019, a bra- sileira voltou a ser ouvida, e seu depoimento foi con- siderado crucial para a prisão do bilionário. Nesta quarta-feira, 3, Marina se uniu a outras oito mulheres em frente ao Congresso americano, em Washington, pedindo a divulgação integral dos documentos relacionados ao caso. “É algo não só pelas vítimas, mas para o povo americano”, disse na ocasião. ■ Quem é Marina Lacerda, brasileira que revelou ter sido vítima de Jeffrey TRANSPARÊNCIA “Foi do trabalho dos sonhos ao pior pesadelo”, resumiu. Aos 17 anos, foi dispensada pelo bilionário sob a justificativa de que já estava “velha demais” Abuso Trecho Do Texto O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (2) que, com a morte de Mino Carta, nesta madrugada, o Brasil perdeu seu melhor jornalista. Lula deixou a capital federal espe- cialmente para participar do velório de Mino, que ocorreu no Cemitério São Paulo, no bairro de Pinheiros, na capital paulista. “É importante que a juventude saiba, se tem uma coisa que o Mino Carta é, é que ele é inegavelmente o melhor jornalista brasileiro de todo o século 20 e do começo do século 21”, disse o presidente após compa- recer ao velório. “Eu fiz questão de vir aqui porque é a despedida de um grande companheiro. E você sabe que a gente não escolhe irmão. A gente não escolhe nem pai, nem mãe. Agora, companheiro, a gente escolhe. E o Mino Carta foi um cara escolhido para ser meu companheiro nesses últimos 50 anos”, acrescentou o presidente. Lula enumerou veículos de imprensa criados por Mino, como as revistas Veja e Carta Capital. “Veja no Brasil se tem alguém que chega perto do Mino Carta do ponto de vista de criar”, destacou Lula. O presidente lembrou da atitude de Mino quando o estampou na capa da Revista IstoÉ em 1978 – a pri- meira vez que Lula foi manchete principal de um grande veículo de imprensa, com o título Lula e os Trabalhadores do Brasil. “Foi gentileza do Mino Carta ter a disposição, em um momento importante do recomeço da luta dos trabalhadores, em fazer uma capa na IstoÉ que me ajudou e me colocou no cenário brasileiro da imprensa”, disse. Indignação permanente Também presente no velório, o jornalista Juca Kfouri lembrou de características marcantes de Mino, como a indignação permanente e o sangue latino. “Mino Carta era fundamentalmente uma pessoa per- manentemente indignada. Às vezes, exageradamente indignada. Não tinha meio-termo com o Mino Carta. O sangue italiano subia com muita frequência”. “Ele jamais se omitiu, jamais se submeteu, inventou os próprios empregos a partir de um determinado momento, porque ele era uma pessoa absolutamente intransigente com os princípios dele. Não se pode pensar em escrever a história da imprensa brasileira sem que haja um capítulo especialíssimo só dedicado a Mino Carta”, acrescentou. *Colaborou Wagner Júnior, da TV Brasil ■ ACIDENTE EM LISBOA: BONDINHO DESCEU A TODA VELOCIDADE E 'DESMANCHOU COMO PAPELÃO' TRAGÉDIA Ex-goleiro da Seleção é preso em Portugal por porte ilegal de armas E x-goleiro da Seleção e do Vasco, Helton Arruda foi preso na útima quarta-feria, 3, em Portugal por porte ilegal de arma de fogo. Ele havia sido alvo de uma operação policial após ser denunciado por violência doméstica. De acordo com o jornal Público, a arma de fogo foi apreendida no quarto do ex-jogador. Ele afirmou aos agentes que o objeto era de um amigo falecido, que foi ao estúdio de sua casa para gravar uma música. Ídolo do Porto, clube que atuou por onze anos e conquistou 18 títulos, o goleiro foi liberado e terá que se apresentar à Justiça periodicamente. Em julho, o jo- gador se tornou réu por violência doméstica após o Ministério Público de Portugal ter oferecido uma de- núncia contra ele. As acusações foram feitas por uma mulher com quem o brasileiro, naturalizado português, teria mantido um relacionamento extraconjugal por mais de 10 anos. De acordo com o jornal, o MP ouviu a vítima e uma série de testemunhas, além de ter realizados buscas e apreensões contra Arruda. ■ DENUNCIADO V Foto/ Zed Jameson/Anadolu via Getty Images ■ A brasileira Marina Lacerda falou publicamente sobre ter sido vítima de abuso ■ Ex-goleiro da Seleção Brasileira se torna réu por violência doméstica ■ Equipes de resgate e bombeiros operam no local Ao menos 21 pessoas ficaram feridas, incluindo um brasileiro que teve ferimentos leves V Foto/ Reprodução/Instagram GERAL SEXTA-FEIRA | 05 DE SETEMBRO DE 2025 13 | GERAL | DIÁRIO DO AMAPÁ FALECOMAREDAÇÃO E-mail: diario-ap@uol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa
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