Diário do Amapá - 05/09/2025
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) determinou que as companhias aéreas Gol e Azul apresentem, em até 30 dias após serem notificadas, cópia e detalhes do acordo de cooperação comercial (co- deshare) que as duas empresas anunciaram em maio de 2024, com o propósito de "conectar suas malhas aéreas". Com a decisão, Gol e Azul ficam proibidas de expandir as rotas conjuntas até que o Cade dê a palavra final sobre o mérito e as eventuais consequências do acordo. Se as empresas não submeterem os detalhes da parceria ao conselho dentro do prazo estabelecido, deverão suspender o acordo, respeitando os direitos dos clientes que tenham adquirido passagens aéreas vendidas conjuntamente. A decisão é fruto de umProcedimento de Apuração de Ato de Concentração que o Cade instaurou para avaliar se os termos da parceria teriamque ser analisados e aprovados pelos conselheiros que integram a autarquia responsável por instruir os processos administrativos de apuração de infrações à ordem econômica e atos de concentração. O procedimento apuratório inicial não diz respeito ao mérito da cooperação comercial e seus efeitos, mas apenas à necessidade das empresas informarem o Cade sobre a es- tratégia e cláusulas contratuais. Para o relator do caso, o conselheiro Carlos Jacques, os contratos de codeshare não contam com isenção automática da análise concorrencial, devendo ser avaliados individualmente. Em seu voto, o conselheiro recuperou o histórico de avaliação, peloCade, de semelhantes acordos de cooperação comercial. Jacques também propôs alguns critérios para delimitar os casos em que o conselho deve atuar, tais como os que envolvama participação de empresas aéreas nacionais; sobreposição de malhas; bilateralidade do acordo e efeitos equivalentes a operações de fusão, sobretudo no que se refere a riscos de coordenação entre concorrentes. ■ CODESHARE Cade dá 30 dias para Gol e Azul detalharem acordo de cooperação SUSPENSÃO TEMPORÁRIA Pagamentos com cartão estão indisponíveis para serviços dos Correios Os Correios informaram nesta terça-feira (2) que os pagamentos de serviços via cartão de crédito e débito estão temporariamente suspensos por indisponibilidade do sistema da empresa responsável pelo serviço. As postagens pelo site e pelo aplicativo dos Correios também estão não estão disponíveis, de- vendo ser realizadas exclusivamente nas agências. Em nota, a estatal diz que a única forma de paga- mento disponível é pelo Pix. “Informamos que, temporariamente, os pagamentos via cartão de crédito e débito estão indisponíveis. Você continua contando com o PIX, que segue ativo e funcionando normalmente em nossas operações”, in- formou a empresa. Segundo os Correios, isso acontece porque a pres- tadora de serviços, que venceu a licitação realizada em 2021, teve seu contrato suspenso pela estatal nesta terça-feira. A estatal diz que o processo administrativo está seguindo o rito formal conforme prazos legais. A empresa que presta serviços de pagamento por cartão é investigada no âmbito das operações deflagradas na última quinta-feira (28) de combate ao crime orga- nizado, que identificaram um enorme esquema de la- vagem de dinheiro no país. “Os Correios afirmam que estão adotando as pro- vidências necessárias para a normalização do serviço no menor prazo possível”, diz a nota da estatal. ■ ● ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA A balança comercial brasileira fechou o mês de agosto com superávit de US$ 6,133 bilhões, segundo balanço divulgado hoje (4) peloMinistério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No mês passado, as exportações somaramUS$ 29,861 bilhões, enquanto as importações ficaram US$ 23,728 bilhões. Com isso, a corrente de comércio de ficou emUS$ 53,589 bilhões no mês passado. No ano, as exportações totalizamUS$ 227,583 bilhões e as importações, US$ 184,771 bilhões, com saldo positivo de US$ 42,812 bilhões e corrente de comércio de US$ 412,354 bilhões. Segundo o mi- nistério, na comparação com o mês de agosto de 2024, as exportações apresen- taramumcrescimento de 3,9%. Nomesmo mês do ano passado, o país exportou o total de US$ 28,74 bilhões. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o crescimento da agro- pecuária de US$ 0,51 bilhões ( 8,3%) ; de US$ 0,74 bilhões na Indústria extrativa ( 11,3%) e queda de US$ -0,14 bilhões em produtos da Indústria de transformação (-0,9%). Já em relação às importações houve queda de 2% na comparação entre o mês de agosto do ano passado, quando o vo- lume ficou em US$ 24,22 bilhões. O de- sempenho da agropecuária foi pratica- mente nulo, ficando em 0,4%. A indústria extrativa apresentou crescimento de US$ 0,37 bilhões (26,5%) e queda de US$ - 0,85 bilhões (-3,8%) em produtos da In- dústria de transformação. Segundo o MDIC, as exportações, no mês de agosto, apresentaram cresci- mento expressivo de 11% para o Reino Unido, de 43,82% para o México; de 40,37% para a Argentina; de 31% para a China e de 58% para a Índia. As maiores quedas registradas foram de 43,8% para a Bélgica; de 31,3% para a Espanha; de 30,44% para a Coreia do Sul e de 17,1% para Singapura. Em relação aos Estados Unidos, o mês registrou uma queda de 18,5% no volume de exportações. Os dados chamam atenção para o minério de ferro que apre- sentou uma queda de 100%, comnenhuma exportação para os Estados Unidos. A maior queda foi nas vendas de aeronaves e partes de aeronaves, que ti- veramuma redução de 84,9%. Em seguida o açúcar com queda de 88,4% e motores e máquinas não elétricos que tiveram re- dução de 60,9%. Já a carne bovina fresca teve queda de 46,2%; máquinas de energia elétrica com redução de 45,6%; celulose teve re- dução de 22,7%, produtos semiacabados de ferro e aço, com queda percentual de queda 23,4%; óleos combustíveis com queda de 37%; e madeira que registrou queda nas exportações de 39,9%. De acordo como diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão, a queda ocorreu em razão da antecipação nas vendas, em julho, antes do início do tarifaço aplicado pelo governo de Donald Trump. “Atribuo isso muito à antecipação que ocorreu em julho, quando houve uma carta no dia 9 de julho afir- mando que as tarifas iam aumentar em 50% para o Brasil e isso gerou incerteza entre os exportadores e tivemos cresci- mento das exportações para os Estados Unidos de 7%”, explicou. ■ BALANÇA COMERCIAL TEM SALDO POSITIVO DE US$ 6,1 BI EM AGOSTO V Foto/ Vosmar Rosa/MPOR MDIC | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 SEXTA-FEIRA | 05 DE SETEMBRO DE 2025
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