Diário do Amapá - 06/09/2025
O preço do conjunto dos alimentos básicos caiu em agosto, na comparação com julho, em 24 capitais, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta sexta-feira (5) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos So- cioeconômicos (Dieese) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Desde julho de 2025, a pesquisa engloba todas as 27 capitais do país. Anteriormente, o levantamento era feito apenas em 17. As quedas mais importantes no preço da cesta básica ocorreram emMaceió (- 4,1%), Recife (- 4%), João Pessoa (- 4%), Natal (- 3,7%), Vitória (- 3,1%) e São Luís (- 3,6%). Já as altas ocorreram emMacapá (0,9%), Palmas (0,6%) e Rio Branco (0,02%). São Paulo foi a capital em que o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior preço (R$ 850,84), seguida por Florianópolis (R$ 823,11), Porto Alegre (R$ 811,14) e Rio de Janeiro (R$ 801,34). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a compo- sição da cesta é diferente, foram registrados os menores valores dos alimentos básicos: Aracaju (R$ 558,16), Maceió (R$ 596,23), Salvador (R$ 616,23) e Natal (R$ 622). Acumulado do ano A comparação dos valores da cesta, de agosto de 2024 com o mesmo mês de 2025, mostrou que nas 17 capitais onde a pesquisa era realizada nesse período, houve alta de preço em todas, com variações entre 3,3%, em Belém, e 18%, no Recife. No acumulado do ano, ou seja, de janeiro a agosto de 2025, nas 17 capitais pesquisadas, 13 cidades tiveram alta e quatro apresentaram queda. ■ QUEDAS IMPORTANTES Preço da cesta básica cai em 24 capitais em agosto RENDIMENTOS Poupança tem retirada líquida de R$ 7,6 bilhões em agosto O saldo da aplicação na caderneta de poupança caiu em agosto, com registro de mais saques do que depósitos. As saídas superaram as entradas em R$ 7,6 bilhões, de acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira (5) pelo Banco Central (BC). No mês passado, foram aplicados R$ 346,8 bilhões, contra saques da ordem de R$ 354,4 bilhões. Os rendi- mentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 6,5 bilhões. O saldo da poupança é pouco mais de R$ 1 trilhão. Trata-se do segundo mês seguido de resultado negativo na poupança. Os quatro primeiros meses do ano também foram de retiradas, seguidos dos meses de maio e junho com entradas líquidas. No acumulado de 2025, a caderneta tem resgate líquido de R$ 63,5 bi- lhões. Nos últimos anos, a caderneta vem registrando mais saques que depósitos. Em 2023 e 2024, as retiradas líquidas da poupança foram R$ 87,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões, respectivamente. Entre as razões para os saques está a manutenção da Selic – a taxa básica de juros – em alta, o que estimula a aplicação em investimentos com melhor desempenho. Em julho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC interrompeu o ciclo de aumento de juros após sete altas seguidas na Selic. A autoridade monetária informou que, por enquanto, pretende manter os juros básicos em 15% ao ano, mas não descartou a possibilidade de voltar a elevar a Selic caso seja necessário. ■ ● ● FALECOM0COMERCIAL E-mail: comercial.da@bol.com.br site: www.diariodoamapa.com twitter: @diariodoamapa Instagram: @diariodoamapa ECONOMIA A pós operações policiais contra a lavagem de dinheiro do crime or- ganizado por meio de fintechs, o Banco Central (BC) decidiu implementar a partir desta sexta-feira (5) medidas para proteger o Sistema Financeiro Nacional (SFN), como a limitação em R$ 15 mil para transferências via Pix e TED feitas por alguns tipos instituições. A limitação entra emvigor de imediato e atinge instituições de pagamento não autorizadas pelo BC e as empresas que se conectam à Rede do Sistema Financeiro Nacional via Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTI). Tais empresas funcionam de forma provisória, enquanto aguardam a autori- zação. A partir de agora, contudo, novas empresas que queiram entrar nesse mer- cado não poderão operar antes que obte- nham autorização do BC. Além disso, foi antecipado, de dezembro de 2029 para maio do ano que vem, o prazo para que as instituições de pagamento solicitem autorização para funcionamento. De acordo como BC, há 75 instituições de pagamentos que ainda não fizeram o pedido de autorização, enquanto outras 40 empresas deram entrada no processo e aguardam autorização para operar. “Ne- nhuma instituição de pagamento poderá começar a operar semprévia autorização”, alertou o BC. Em caso de ter a autorização negada, a instituição de pagamento deverá encerrar suas atividades em 30 dias. “O BC poderá requerer certificação técnica ou avaliação emitida por empresa qualificada indepen- dente que ateste o cumprimento dos re- quisitos autorizativos”, explicou o órgão. O BC decidiu ainda excluir o acesso de cooperativas, que não podem mais fi- gurar como responsáveis pelo Pix de ins- tituições de pagamento. Elas terão 120 dias para adequar seus contratos. Por último, o BC decidiu impor um capital social mínimo de R$ 15 milhões para que Prestadores de Serviços de Tec- nologia da Informação (PSTI) possam obter permissão para acessar a Rede do Sistema Financeiro Nacional, por meio da qual são realizadas transações bancárias. Inclusão financeira Ao apresentar asmedidas, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que o órgão não busca demonizar as ins- tituições de pagamento e as fintechs em geral, responsáveis por levar serviços fi- nanceiros a uma grande faixa da população antes excluída do SFN. “Tanto os bancos chamados de in- cumbentes, os antigos, como os novos que entraram no mercado foram respon- sáveis por uma inclusão fantástica do ponto de vista do sistema financeiro, com facilitação de serviços para a população”, afirmou. Ele destacou que a norma com as exi- gências completas para que PSTI possam se cadastrar junto ao Banco Central deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) ainda nesta sexta, com novas e extensas exigências de segurança. Galípolo insistiu que o BC não busca discriminar nenhum tipo de empresa, mas implementar regras que possam permitir um melhor funcionamento de todas as instituições necessárias para o funciona- mento adequado do sistema financeiro. “Acho que a questão residemuitomais no processo de governança e de relação entre instituições”, disse. Entenda Na semana passada, foram lançadas três operações contra a lavagemde dinheiro pelo crime organizado: Carbono Oculto, Quasar e Tank. Segundo a Polícia Federal (PF), as investigações alcançam mais de R$ 50 bilhões em movimentações finan- ceiras suspeitas. ■ BC ENDURECE REGRAS DE SEGURANÇA PARA INSTITUIÇÕES DE PAGAMENTO V Foto/ Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil LIMITAÇÕES | ECONOMIA | DIÁRIO DO AMAPÁ 7 SÁBADO | 06 DE SETEMBRO DE 2025
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