Diário do Amapá - 09/04/2020

LUIZ MELO Diretor Superintendente ZIULANAMELO Diretora de Jornalismo Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o debate dos problemas amapaenses e do país. O Diário do Amapá busca levantar e fomentar debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional. ZIULANAMELO Editora Chefe MÁRLIO MELO Diretor Administrativo DIÁRIO DE COMUNICAÇÕES LTDA. C.N.P.J: 02.401.125/0001-59 Administração, Redação e Publicidade Avenida Coriolano Jucá, 456 - Centro CEP 68900-101 Macapá (AP) www.diariodoamapa.com.br avanço de casos de Covid 19 no Brasil promoveu mudanças sociais e organi- zacionais no mundo dos negócios. Empresas dos mais diversossegmentose portes se mobilizaram para se adaptar aos novos pro- cessos de trabalho para assegurar o fluxo de dados e os resultados esperados, e instalaram novos procedimentospara garantir a saúde, qua- lidade de vida e bem estar de colaboradores. Companhias de todo o país mudaram rotinas e criaram novos métodos de administração e gestão. São empresas como Grupo Sabin, que adotoumedidas emergenciais de enfrentamento ao novo Coronavírus."Desde o registro dos pri- meiros casos, o Grupo Sabin assumiu o com- promisso de incluir ações sérias de enfrenta- mento ao Covid 19 e, a partir das boas práticas e melhores protocolos de segurança em saúde, estabelecidospela Organização Mundial de Saú- de (OMS) e pelo Ministério da Saúde (MS), implantamos procedimentos preventivos para controlar e evitar a disseminação do novo coro- navírusentre osnossoscolaboradorese clientes", destaca a Presidente Executiva do Grupo, Dra Lídia Abdalla. A empresa estruturou um comitê de geren- ciamento do COVID 19, com profissionais que acompanham em tempo real todosos desdobra- mentos da pandemia e implanta ações preventivaspara assegurar a prevenção e proteção de colaboradores e clientes. O Sabin implantou medidas específi- cas de proteção individual, higieni- zação e limpeza nas unidades espa- lhadas pelo país e na Sede, reduziu o fluxo de pessoas em suas instalações com a implantação de horário dife- renciado de trabalhoe realizoumudan- ças nas escalas. Novos horários de fun- cionamento das unidades foram criados para preservar a cobertura das cidades de atuação e de serviços importantespara popu- lação que, independente da pandemia, neces- sitamde cuidadoscom a saúde.Amedida é uma forma de evitar a exposição de pacientes a ambientes dos pronto-socorrohospitalares para se submeterem a exames. Nessas unidades não são realizadoso exame de COVID-19,seguindo os protocolos de segurança do paciente. Preocupada também com o bem estar dos profissionais com mais de 59 anos, a empresa também liberoupara fériasantecipadasou com- pulsórias estescolaboradores,asgrávidasa partir de 37 semanas e também os que possuem algum tipo de doença crônica. Outra novidade na rotina foi apermissãode profissionaiscapacitadospara a realização de trabalho remoto para algu- mas equipes/áreas e a disponibilização do serviço de atenção primária a saúde, com suporte telefônico 24 horas, para esclarecer dúvidase assegurar atendi- mento de excelência aos clientes e comunidade médica. Além disso, colaboradores com sintomas de resfriado ou gripe foram liberadossem apresentação de atestado médico e os que possuem familiar ou coabitante residencial com diagnóstico de COVID-19 foram liberados para isola- mento residencial. A líder da empresa desataca também que um dos fatores primordiais é garantir a atuação segura dos profissionais que estão na linha de frente do Sabin. "Asseguramos toda a rede de proteção dos nossos colaboradores com Equi- pamentos de Proteção Individual (EPIs), inclu- sive máscara, em conformidade com as diretri- zes e orientações do Ministério da Saúde, do Centers for Disease Control (CDC) e da Orga- nização Mundial da Saúde. São instrumentos de trabalho dos que que realizam a coleta e pro- cessamento do exame para COVID-19 como outras equipes, atendendo as boas práticas em segurança em saúde", destaca a executiva". mídia ao redor do mundo tem noticiado o aumento de denúncias de violência doméstica emfunção do confinamento por conta da pandemia do coronavirus. No Bra- sil, segundo a OuvidoriaNacional de Direitos Humanos (ONDH), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), houve um aumentomédiode 10% dasdenúncias na segundaquinzena de março, em relação à pri- meira quinzena (http://www.mdh.gov.br/todas- as-noticias/2020-2/marco/coronavirus-sobe-o- numero-de-ligacoes-para-canal-de-denuncia- de-violencia-domestica-na-quarentena). Consi- derando a dificuldade que as vítimas possuem em fazer denúncias, muitas vezes motivadas pelo medo e por ameaças do agressor - que não raras vezes é alguém próximo, como marido, namorado, pai, padrasto - é possível supor que esses dados são provavelmente subestimados e que há muito mais casos do que sequer imagi- namos.Aviolência doméstica é uma grave ques- tão de saúde pública no Brasil e no mundo e as mulheres são, de longe, as maiores vítimas. Há uma série de fatores que motiva esse aumento emdecorência do confinamento.Apri- meira grande causa é oconfinamentoem si.Veja que fomos quase todos, de relance, obrigados a mudar radicalmente nossos hábitos de vida e, nos vimos, invariavelmente, privados do nosso ir e vir.Issopor si só já eleva os níveisde estresse das pessoas, o que predispõe naturalmente, no caso de pessoas obrigadas a conviverem juntas, ao aumento de conflitos. Somam-se a essa situa- ção peculiaros diversos problemas econômicos e sociais decorrentesdessa grave crise mundial: desemprego, contas atrasadas, o medo do con- tágioe uma gama de insegurançasque sópioram esse caldeirão borbulhante de problemas e insa- tisfações. Isso não deve servir como mera jus- tificativa para a violência: uma pessoa que já possuía um padrão de compor- tamento agressivo, físico ou verbal, tenderá, provavelmente, a se tornar mais agressiva em função do confi- namento e desse tanto de problemas que têm afetados tantos de nós. Porém, devemosestar atentos a situa- çõesnovas,reaçõesagressivasquedife- rem do comportamento habitual daquela pessoa.Por exemplo: um homem, casado, com filhos, que nunca apresentou compor- tamento agressivo físico ou verbal com seus familiares e se vê, em função da crise atual, desempregado, com contas atrasadas,sentindo- se acuado e incapaz de sustentar os seus. Ele passa aficar impaciente, com insônia, preocu- pado e vai evoluindo com impaciência, irrita- bilidade crescentes que culminam com um ato agressivo. O que se vê, nesses casos, é que homens, maisdo que mulheres, têmuma grande dificuldade em pedir ajuda, sobretudo profis- sional, como recorrer aum psicólogo ou obter algum outro tipo de aconselhamentoque poderia lhes fazer recuperar a razão e a buscar saídas mais saudáveis para lidar com os problemas. Na dificuldade ou impossibilidade de buscar ajuda, a pessoa sob estresse fica mais vulnerável aestabelecer uma relação patológica com o uso de álcool. E o que já estava bastante complicado deinício, com certeza piorará ainda mais. Num primeiromomento, aquela cervejinha ouaqueles dois dedinhos de cachaça podem trazer oferecer um certoalívio, um relaxamento. Mas se a cabe- ça está quente, há um risco de esquentar ainda mais, porque o álcool torna as pessoas mais lábeis e diminuio controle dos impulsos. Muitassituações de violência são desen- cadeadas ou pioradas por pessoas sob efeito do álcool. Tenho observadonas redessociais, desde o início da quarentena no Bra- sil, inúmeras pessoasfazendo uso mais frequente de álcool em suas casas.Nos comércios de produtos ali- mentícios, quase todas as compras contém algum tipode bebida alcoólica. Por um lado, muita gente tem agido na quarentena como se estivesse de férias. Há um lado saudável nisso, se encararmos esse períododequarentena deuma forma mais leve, quando possível.Entretanto, devemos ter cuidado quando ouso de álcool estiver funcionandocomo um "remédio" para se acalmar, para ajudar a dor- mir ouparaesquecer, ainda que temporariamente, dos problemas. Essa é a fórmula perfeita para transformar oálcool num inimigo,que pode levar a problemas de saúde, piorar o nosso equilíbrio mental,sobretudo o humor e predispor a atitudes violentas, mediante tanta tensão. Devemos tentar, na medida do possível, man- ter uma rotina de vida com alguma disciplina. Seestiver trabalhando em casa, procure evitar o álcool durante o horário de trabalho ou durante asemana. Procure reservar esse consumo para um momento especial, ritualize, não banalize. Fiqueatento se estiver bebendo mais do que bebia antes, porque isso pode ser um alerta para um problemaque está por vir. Pessoas que já possuem problemas com álcool, quer estejam em tratamento ou não, estão, por conta da situa- ção, em maior risco de recaídas. É importante buscar ajuda profissional oude grupos de apoio, como os Alcoólicos` Anônimos.

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