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GDIÁRIO DO AMAPÁ G QUINTA-FEIRA 115 DE JANEIRO DE 2020
e
DIRETOR SUPERINTENDENTE LUIZ MELO
•
Menstruação marca fim da infância
edeve ser tratada com delicadeza
• pág.2
••.•..,....... Na coluna social, destaque para
adebutante Rayanne Cristine
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pág.4
• A influência da cultura
na formação do cidadão
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Construído no governo de Janary Gentil Nunes e
inaugurado no dia 13 de setembro de 1953, o novo
Mercado Central de Macapá reabrirá as portas no
dia 16 de janeiro (quinta-feira). O espaço traz o conceito
de Cidade Inteligente, que alia tecnologia, inovação e
sustentabilidade ambiental a uma economia dinâmica e
a potencialização do turismo local.
Ponto histórico de Macapá, o mercado é cheio de his–
tórias e personagens que ajudaram na construção da cida–
de. Uma dessas pessoas é dona Maria Consuelo Gomes
Melo, de 64 anos. Mais conhecida como Consuelo. Sim–
pática, faladeira e muito solícita, ela completa no dia 2
de março 50 anos trabalhando no Mercado Central de
Macapá. Além de muita história, relembra que a renda
do espaço ajudou a criar os três filhos.
"Quando cheguei aqui, a cidade toda vinha comprar
no mercado. Meus irmãos
já
trabalhavam aqui e me aju–
daram com o alvará junto
à
prefeitura. Eu amo esse espa–
ço. Com o dinheiro daqui criei todos os meus filhos",
conta. A empreendedora relembra que quando chegou,
na década de 1970, a realidade do mercado era muito boa,
tinha muita venda, e a cidade inteira fazia filas para com–
prar.
Naquela época, dona Consuelo vendia verduras, carnes
e peixe no local. Ela lembra da lanchonete da dona !vete,
da dona Isabel e do seu Alberto. Nesse período também
funcionava a Mercearia do Prego. "Quando meu cunhado
faleceu, eu comecei a vender alimento e assumi o boxe
dele. Vendia carne, porco, língua, camarão e mais um
pouco. A gente comprava os produtos na feira do camarão,
tudo vindo do interior do Pará e do Amapá".
Naquele período, o mercado abria às 5h e fechava às
13h. Como quase não havia comércios e açougues na
cidade, o movimento todo era no centro. Nessa correria,
dona Consuelo viu a cidade crescer, se desenvolver e o
mercado se tornar patrimônio da cidade e ponto turístico.
Omercado foi revitalizado
com
recursos oriundos de emenda
parlamentar do senador Randolfe Rodrigues, no
valor
de
R$ 2,5
milhões,
emais
R$ 1,2milhão
de contrapartida do Município.
Ela passa tanto tempo no local que o trata como uma
segunda casa.
"Meus meninos cresceram aqui. Então, é minha segun–
da casa. Aqui eles brincaram, cresceram e aprenderam.
Hoje continuo aqui porque amo vender comida. Esse
é
um negócio que a gente pretende passar para a família,
para meus filhos e netos", frisa.
Essa paixão também
é
compartilhada por outra
empreendedora, dona Raimunda das Graças Moreira, de
55 anos. Há 15 anos no mercado, ela também trabalha no
ramo de alimentos. "Eu amo trabalhar nesse ramo de
comida, adoro fazer isso e atender ao público. Daqui tirei
um dinheirinho pra criar meus filhos e até formei um
outro dia. A gente está com muita expectativa. Na espe–
rança de que tudo dê certo, que o local se transforme em
um ponto turístico e que renda muito para a gente".
Ambas as empreendedoras estarão no mercado. Elas
comercializarão refeições de filhote, filé de dou-
rada, caldeirada, porco, assado de panela, sara- ' '
patel, com preços que variam entre R$ 10,00 e
R$ 25,00.