Previous Page  26 / 32 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 26 / 32 Next Page
Page Background

2

e

DIÁRIO DO AMAPÁ

e

QUINTA-FEIRA 116 DE JANEIRO DE 2020

8

Férias são essenciais para garantir o pique no resto do ano.

Descansar o corpo e a mente, refletir sobre a vida e vivenciar momentos de prazer em situações que

não estejam ligadas ao trabalho. Essas são as grandes oportunidades que as férias nos oferecem. Muito

além de uma pausa, trata-se de um período que pode ser bastante criativo, permitindo reorganizar as

ideias e replanejar metas.

t

também uma boa época para fazer descobertas: a respeito do mundo ao

redor e até mesmo de emoções e sensações íntimas. "O simples fato de sair da rotina já ajuda a mudar

9

padrão de pensamento e nos deixa mais abertos para experimentar situações diferentes e prazerosas.

Eum excelente momento para dar mais atenção a si mesmo e para se cuidar integralmente. Também é

um período propício para se passar mais tempo com a família e com os amigos", opina a mestre em

Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo lsabella Bertelli.

o

ca

a.

POR QUE QUER SABER?

Se o entrevistador faz perguntas

de foro íntimo, que, por algum motivo, causam

constrangimento, questione, educadamente (mas com

segurança), por que o assunto

é

relevante para o trabalho.

Editora Chefe: Ziulana Melo 8 Fone: 3223-2779 8 E-mail: diario-ap@uol.com.br

voe~

AQUI?

Se encontrar um colega na sala de espera,

seja gentil. Não minta sobre o que você

faz

lá, afinal ambos

precisarão contar com a discrição do outro. Mas seja breve e

contido nas suas explicações.

e

ViverBem

Bem-estare felicidade dependem do autoconhecimento

V

ocê sabe a diferença entre

bem-estar e felicidade? Os

dois conceitos se confundem e

ambos estão relacionados a um esta–

do de satisfação pleno. No caso do

bem-estar, o prazer é momentâneo e

está ligado a um acontecimento

objetivo, como a sensação que se

tem ao terminar uma atividade

importante ou quando se conquista

uma meta almejada.

Já a felicidade é mais ampla e

muito mais subjetiva. Ela não

depende necessariamente de acon–

tecimentos externos. "A felicidade

não é a ausência de sofrimento.

É

possível não estar sofrendo, estar

até se sentindo bem e, mesmo assim,

não ser feliz", explica a psicóloga

Lilian Graziano, diretora do Insti–

tuto de Psicologia Positiva e Com–

portamento da Universidade de São

Paulo.

A especialista afirma que a feli–

cidade, de maneira geral, está rela–

cionada ao significado que se atribui

à própria vida. Ela é, por isso mes–

mo, muito mais profunda e tem um

viés existencial.

·-

cu

>

11ii-

...

CJ

e

-

U)

ca

CJ

·-

P

or mais que um casal seja feliz durante anos,

é

comumque, em determinadas fases da vida,

a rotina, a comodidade e a sensação de segu–

rança deem uma esfriada no sexo. Afinal, se os

dois se conhecem e se dão bem, por que tentar

mudar? Oproblema é que o hábito, em certos

casos, conduz

à

monotonia. Eo tédio é muito

prejudicial ao relacionamento. Por isso, UOL

Comportamento conversou com especialistas e

selecionou quatro dicas para driblar a mesmice

na cama após anos de relacionamento.

Beijar muito na boca: Segundo a terapeu-

ta sexual e de casais Maria Luiza Cruvinel, bei–

jar deveria ser o começo, o meio e ofim de uma

transa incrível. "Com o beijo na boca se inicia

toda a sinergia sexual.

É

a essência da paixão e

uma ferramenta poderosa no que se refere ao

romance", diz a especialista, que lamenta que

muitos casais com relações duradouras passem

a subestimar e até dispensar esse carinho no

cotidiano, deixando-o somente para acama. Para

ela, os pares deveriam tentar provar formas dife–

rentes de beijar-diversificaraintensidade, atéc–

nica, a duração etc.

Inovar nas preliminares: Com o tempo, as

transas começam a obedecersempre omes–

mo script: beija aqui, beija ali,faz uma carícia em

um ponto estratégico, diz tal coisa, parte para o

sexo oral, depois a penetração e pronto. Não há

surpresa e, em alguns casos, até otempo de dura–

ção é sempre omesmo. Para opsiquiatra e sexó–

logo Joaquim Zailton B. Motta, é preciso criar.

"Varie as regiões de exploração corporal. Por

exemplo: um dia, estimule o lado esquerdo do

parceiro; no outro, odireito. Valetocar e lamber

todos os cantos, menos as áreas erógenas, e por

aí vai", conta. Surpreender o outro, em vez de

atender suas expectativas, pode ser excitante,

assim como mudar o cenário das preliminares

-que tal iniciá-las na cozinha ou no banheiro?

Cuide da aparência: No início de namoro,

se arrumar para encontrar quem se ama é

uma espécie de cerimônia que por si só já gera

um enorme prazer, pois antecede as delícias que

estão por vir. Aconvivência, a rotina e a dispo–

nibilidade acabam exterminando esse ritual, que

deveria ser mantido, segundo o psiquiatra Joa–

quim Zailton

B.

Motta. Em vez de tomarem

banho e se vestirem um diante do outro, seria

bom, pelo menos em ocasiões especiais, que se

preparassem e se trocassem sozinhos, na inti–

midade, para então causarem admiração com

um visual diferente ou mais caprichado do que

o habitual.

Luxo no dia a dia: Não são poucos os casais

que reservam os melhores talheres, taças e

louças para impressionar as visitas em eventos

comemorativos e destinam ao uso diário copos

descombinados, pratos lascados e garfos efacas

velhos. Para Joaquim Zailton

B.

Motta, a quími–

ca sexual tem tudo a ver com a forma com que

homens e mulheres lidam com seus momentos

cotidianos, como o café da manhã e ojantar.Ver

amesa bem posta e caprichada, usartoalhas fel–

pudas e lençóis bordados deixa a casa bonita,

com astral renovado, oque estimula a autoesti–

ma do casal e ajuda a renovar a relação. "Acon–

selho colocar em uso todos os presentes de casa–

mento, até mesmo o faqueiro de prata caríssi–

mo.~

fundamental curtir tudo a dois, em vez de

esperar determinadas ocasiões", diz. Todo dia

deve ser considerado especial.

e

Família

Depois da separação, eviteque

o

seu filho se torne

o

'homem da casa'

E-

comum que a separação do casal tenha um

grande impacto na vida dosfilhos. Porém, algu–

mas atitudesdos adultos podem agravar ainda

mais a situação de desconforto que as crianças e

jovens naturalmente experimentam.

De acordo com a psiquiatra Ana Margareth

Siqueira Bassols, professora da UFRGS (Universida–

de Federal do Rio Grande do Sul) e chefe de serviço

de psiquiatria da infância

e

da adolescência do Hos–

pital de Clínicas de PortoAlegre, emseparações difí–

ceis ou quando as mulheres sãomais dependentes,

aperda do cônjuge podedespertarsentimentosde

insegurança e desamparo, contribuindo para que o

filho, sem se dar conta, acabe assumindo algumas

funções do pai.

Oproblema éque essa inversão de papeis pode

prejudicar o desenvolvimento da criança ou do

adolescente,que se encarrega de tarefas que, mui–

tas vezes, não condizem com a sua idade. Apos–

tura do garoto pode até ser vista com bons olhos

pela família, mas despertará sentimentos bastan–

te controversos, fazendo-o sofrer.

Isso porque, no imaginá–

rio do menino, ao mesmo

tempo emque surge uma

espécie de satisfação por

"vencer" opai econquis-

tar toda a atenção da

mãe,

é

comum coexisti–

rem sentimentos de cul–

pa,já que o garoto se sen–

te, até certo ponto, respon–

sável pela separação.

Um erro

frequente das

mães que se

separam

é

deixar

que os filhos

passem a dormir

corneias

"Estamos falando de um processo complexo,

que ocorre em nível inconsciente.

O

importante é

entender que haverá um importante abalo emo–

cional", explica a psiquiatra Vera Biandina Zim–

mermann, coordenadora do Centro de Referência

da lnfancia e Adolescência da USP (Universidade

Federal de São Paulo).

Portanto, deve haver muito cuidado para não

fazer do garoto o"homem da casa". 'Todos os filhos

devem tertarefas na rotina doméstica, semdistinção

de sexo e idade. Mas é superimportanteque a mãe

avalie com critério se elas estão compatíveis com o

momento do desenvolvimento do filho", diz Vera.