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DIÁRIO DO AMAPÁ
e
QUINTA-FEIRA 116 DE JANEIRO DE 2020
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Férias são essenciais para garantir o pique no resto do ano.
Descansar o corpo e a mente, refletir sobre a vida e vivenciar momentos de prazer em situações que
não estejam ligadas ao trabalho. Essas são as grandes oportunidades que as férias nos oferecem. Muito
além de uma pausa, trata-se de um período que pode ser bastante criativo, permitindo reorganizar as
ideias e replanejar metas.
t
também uma boa época para fazer descobertas: a respeito do mundo ao
redor e até mesmo de emoções e sensações íntimas. "O simples fato de sair da rotina já ajuda a mudar
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padrão de pensamento e nos deixa mais abertos para experimentar situações diferentes e prazerosas.
Eum excelente momento para dar mais atenção a si mesmo e para se cuidar integralmente. Também é
um período propício para se passar mais tempo com a família e com os amigos", opina a mestre em
Psicologia Experimental pela Universidade de São Paulo lsabella Bertelli.
o
ca
a.
•
POR QUE QUER SABER?
Se o entrevistador faz perguntas
de foro íntimo, que, por algum motivo, causam
constrangimento, questione, educadamente (mas com
segurança), por que o assunto
é
relevante para o trabalho.
Editora Chefe: Ziulana Melo 8 Fone: 3223-2779 8 E-mail: diario-ap@uol.com.br
•
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AQUI?
Se encontrar um colega na sala de espera,
seja gentil. Não minta sobre o que você
faz
lá, afinal ambos
precisarão contar com a discrição do outro. Mas seja breve e
contido nas suas explicações.
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ViverBem
Bem-estare felicidade dependem do autoconhecimento
V
ocê sabe a diferença entre
bem-estar e felicidade? Os
dois conceitos se confundem e
ambos estão relacionados a um esta–
do de satisfação pleno. No caso do
bem-estar, o prazer é momentâneo e
está ligado a um acontecimento
objetivo, como a sensação que se
tem ao terminar uma atividade
importante ou quando se conquista
uma meta almejada.
Já a felicidade é mais ampla e
muito mais subjetiva. Ela não
depende necessariamente de acon–
tecimentos externos. "A felicidade
não é a ausência de sofrimento.
É
possível não estar sofrendo, estar
até se sentindo bem e, mesmo assim,
não ser feliz", explica a psicóloga
Lilian Graziano, diretora do Insti–
tuto de Psicologia Positiva e Com–
portamento da Universidade de São
Paulo.
A especialista afirma que a feli–
cidade, de maneira geral, está rela–
cionada ao significado que se atribui
à própria vida. Ela é, por isso mes–
mo, muito mais profunda e tem um
viés existencial.
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U)
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or mais que um casal seja feliz durante anos,
é
comumque, em determinadas fases da vida,
a rotina, a comodidade e a sensação de segu–
rança deem uma esfriada no sexo. Afinal, se os
dois se conhecem e se dão bem, por que tentar
mudar? Oproblema é que o hábito, em certos
casos, conduz
à
monotonia. Eo tédio é muito
prejudicial ao relacionamento. Por isso, UOL
Comportamento conversou com especialistas e
selecionou quatro dicas para driblar a mesmice
na cama após anos de relacionamento.
Beijar muito na boca: Segundo a terapeu-
ta sexual e de casais Maria Luiza Cruvinel, bei–
jar deveria ser o começo, o meio e ofim de uma
transa incrível. "Com o beijo na boca se inicia
toda a sinergia sexual.
É
a essência da paixão e
uma ferramenta poderosa no que se refere ao
romance", diz a especialista, que lamenta que
muitos casais com relações duradouras passem
a subestimar e até dispensar esse carinho no
cotidiano, deixando-o somente para acama. Para
ela, os pares deveriam tentar provar formas dife–
rentes de beijar-diversificaraintensidade, atéc–
nica, a duração etc.
Inovar nas preliminares: Com o tempo, as
transas começam a obedecersempre omes–
mo script: beija aqui, beija ali,faz uma carícia em
um ponto estratégico, diz tal coisa, parte para o
sexo oral, depois a penetração e pronto. Não há
surpresa e, em alguns casos, até otempo de dura–
ção é sempre omesmo. Para opsiquiatra e sexó–
logo Joaquim Zailton B. Motta, é preciso criar.
"Varie as regiões de exploração corporal. Por
exemplo: um dia, estimule o lado esquerdo do
parceiro; no outro, odireito. Valetocar e lamber
todos os cantos, menos as áreas erógenas, e por
aí vai", conta. Surpreender o outro, em vez de
atender suas expectativas, pode ser excitante,
assim como mudar o cenário das preliminares
-que tal iniciá-las na cozinha ou no banheiro?
Cuide da aparência: No início de namoro,
se arrumar para encontrar quem se ama é
uma espécie de cerimônia que por si só já gera
um enorme prazer, pois antecede as delícias que
estão por vir. Aconvivência, a rotina e a dispo–
nibilidade acabam exterminando esse ritual, que
deveria ser mantido, segundo o psiquiatra Joa–
quim Zailton
B.
Motta. Em vez de tomarem
banho e se vestirem um diante do outro, seria
bom, pelo menos em ocasiões especiais, que se
preparassem e se trocassem sozinhos, na inti–
midade, para então causarem admiração com
um visual diferente ou mais caprichado do que
o habitual.
Luxo no dia a dia: Não são poucos os casais
que reservam os melhores talheres, taças e
louças para impressionar as visitas em eventos
comemorativos e destinam ao uso diário copos
descombinados, pratos lascados e garfos efacas
velhos. Para Joaquim Zailton
B.
Motta, a quími–
ca sexual tem tudo a ver com a forma com que
homens e mulheres lidam com seus momentos
cotidianos, como o café da manhã e ojantar.Ver
amesa bem posta e caprichada, usartoalhas fel–
pudas e lençóis bordados deixa a casa bonita,
com astral renovado, oque estimula a autoesti–
ma do casal e ajuda a renovar a relação. "Acon–
selho colocar em uso todos os presentes de casa–
mento, até mesmo o faqueiro de prata caríssi–
mo.~
fundamental curtir tudo a dois, em vez de
esperar determinadas ocasiões", diz. Todo dia
deve ser considerado especial.
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Família
Depois da separação, eviteque
o
seu filho se torne
o
'homem da casa'
E-
comum que a separação do casal tenha um
grande impacto na vida dosfilhos. Porém, algu–
mas atitudesdos adultos podem agravar ainda
mais a situação de desconforto que as crianças e
jovens naturalmente experimentam.
De acordo com a psiquiatra Ana Margareth
Siqueira Bassols, professora da UFRGS (Universida–
de Federal do Rio Grande do Sul) e chefe de serviço
de psiquiatria da infância
e
da adolescência do Hos–
pital de Clínicas de PortoAlegre, emseparações difí–
ceis ou quando as mulheres sãomais dependentes,
aperda do cônjuge podedespertarsentimentosde
insegurança e desamparo, contribuindo para que o
filho, sem se dar conta, acabe assumindo algumas
funções do pai.
Oproblema éque essa inversão de papeis pode
prejudicar o desenvolvimento da criança ou do
adolescente,que se encarrega de tarefas que, mui–
tas vezes, não condizem com a sua idade. Apos–
tura do garoto pode até ser vista com bons olhos
pela família, mas despertará sentimentos bastan–
te controversos, fazendo-o sofrer.
Isso porque, no imaginá–
rio do menino, ao mesmo
tempo emque surge uma
espécie de satisfação por
"vencer" opai econquis-
tar toda a atenção da
mãe,
é
comum coexisti–
rem sentimentos de cul–
pa,já que o garoto se sen–
te, até certo ponto, respon–
sável pela separação.
Um erro
frequente das
mães que se
separam
é
deixar
que os filhos
passem a dormir
corneias
"Estamos falando de um processo complexo,
que ocorre em nível inconsciente.
O
importante é
entender que haverá um importante abalo emo–
cional", explica a psiquiatra Vera Biandina Zim–
mermann, coordenadora do Centro de Referência
da lnfancia e Adolescência da USP (Universidade
Federal de São Paulo).
Portanto, deve haver muito cuidado para não
fazer do garoto o"homem da casa". 'Todos os filhos
devem tertarefas na rotina doméstica, semdistinção
de sexo e idade. Mas é superimportanteque a mãe
avalie com critério se elas estão compatíveis com o
momento do desenvolvimento do filho", diz Vera.