Diário do Amapá - 27/06/2020

azul 3>6 magenta 4>8 Corpo de Papaléo, em Belém, ocupa mesmo mau- soléu da mãe, dona Jacira, e do irmão José Maria (ex-Caesa). Nesta sexta (26), PF cumpriu 5 mandados de busca e apreensão em Macapá: Sesa, Seplan, PGE e residências em Macapá. Terceira fase da Operação Virus Infectio investiga des- vio de R$ 4,9 milhões destinados ao enfrentamento da covid-19 . Além do HU, Randolfe também quer ala no Senado com nome de Papaléo Paes —mais uma justa e merecida homenagem, pontua o senador da Rede. PGE bota pingo nos ‘is’ sobre ação da PF na instituição: “Por ser o endereço profissional de um dos envolvidos nas investigações, que é servidor da PGE-AP”. E que “a investigação corre sob segredo de jus- tiça, mas a PGE obterá informações do processo e apurará o envolvimento do servidor e, se for ocaso, adotará as medi- das cabíveis”. ‘Seu’ Raimundo Gomes, 96 anos, morreu às 16h45 desta sexta 26, de insuficiência respiratória (não covid). “Deixou muito amor, lindas lembranças, importantes ensinamentos e a marca eterna de um bom pai”, no registro dos 8 filhos —prof. Elda (ex-secretária de educação), den- tre eles. Prefeitura de Macapá recebe repasse de áreas urbani- zadas da União para regularização fundiária. Serão quase 10 mil famílias beneficiadas com a regu- larização, maioria de baixa renda. Prefeitura analisa a construção de UBS e novas escolas nos bairros Infraero 1, Infraero 2 e Ilha Mirim. “Um homem íntegro, extremamente dedicado aoAma- pá e ao Brasil. Perdi um grande amigo”, escreveu senador Tasso Jereissati (PSDB). A Caixa paga a partir deste sábado (27), a 3ª parcela do auxílio emergen- cial do governo federal. Serão repassa- dos também valores referentes à pri- meira e segunda parcelas para mais de 1,1 milhão de pessoas que não receberam o auxílio emergencial. “OAmapá e o Brasil perdem uma pessoa honrada, fiel a seus princípios e eu, perco um grande amigo e um exem- plo de vida”, escreveu Davi Alcolumbre homenageando Papaléo Paes. “Médico cardiologista e um administrador carismático e cortês, Papaléo foi um apaixonado pelo nosso esta- do e amava Macapá”, escreveu prefeito Clécio. APolícia Civil doAmapá também deflagrou nesta sex- ta-feira (26) a 2ª fase da operação "Negócio da China". Durante operação, policiais apreenderam R$ 27 mil em cédulas de dinheiro e testes rápidos para Covid-19 com servidores públicos. WGóes decretou luto oficial de três dias pela morte de Papaléo, mas também extensivo à memória de todas as vítimas do Covid-19 no Amapá. Vice-governador Jaime Nunes representou o GEA durante o cortejo fúnebre de Papaléo. Da Unimed ao HSC, Uilton Tavares não arredou pé da cabeceira da cama de Papaléo. Amigos no pessoal, na medicina e, também, enquanto na política, era evidente seu estado de comoção forte na hora do Adeus, no Aeroporto. Por PL de Randolfe, apresentada no Senado, HU passa a ser denominado de ‘Hospital Universitário Dr. João Bos- co Papaléo Paes’, homenagem mais do que necessária e justa para alguém que tanto fez pela saúde do Amapá. Márcia Correa ( jornalista) passou 27 dias, no HSC, em luta sem trégua contra a Covid, mas saiu vitoriosa. Curada, já está em casa. Sarney lamenta morte de Papaléo: “o Brasil perdeu um homem notável”, escreveu o ex-Presidente. Também senador, à época de Papaléo, Mão Santa, hoje prefeito no Piauí, ligou pra Diário FM pesaroso com a morte do amigo e colega médico. “Um homem correto, competente e honesto”, disse Mão Santa. stou lendo um romance – ótimo romance – e um dos persona- gens, apaixonado por literatu- ra, leitor inveterado, faz uma afir- mação que me chama muito a aten- ção: “Uma obra literária deve ser lida uma única vez”. Não sei se a opinião é também do autor, mas respeito a opinião do per- sonagem. O que não quer dizer que não tenho cá minhas convicções. Como já mencionei em uma crônica recente sobre estantes para livros, há muito livro que, realmente, basta ser lido uma vez. Depois de lido não há porque guardá-lo, temos mais é que passá-lo adiante – doar, empres- tar, presentear - para que outros lei- tores possam apreciá-lo, talvez mais do que nós, até. Mas há livros grandiosos, verda- deiras obras-primas que precisamos manter por perto, para que possamos voltar a eles, pois a cada nova leitura, a cada nova recriação, nos revelam novas descobertas. E não me refiro apenas a livros de poesia. Há romances, livros de contos e de crônicas, livros até de outros gêneros, os quais dão prazer de se ler de novo, possibilitam-nos recriá-los de uma maneira nova, descobrindo novos detalhes e novas nuances que enriquecem ainda mais a qualidade do texto, da trama, de tudo. Não vou citar títulos de livros que tenho guardados comigo, porque são muitos e também porque a minha preferência pode não ser a mesma dos meus leitores. E isso é natural. Mas eu sou um daqueles leitores que de vez em quando volta a um livro já lido, como um livro de poe- mas de Quintana ou de Pes- soa, por exemplo, nem que seja para ler só um ou dois poemas. Há até quem diga, como a personagem do livro que estou lendo, que é perda de tempo ler de novo alguma coi- sa que já lemos. Mas a verdade é que o prazer de ler uma obra bem escrita e bem urdida é coisa para se degustar devagarinho e de novo. É claro que devagarinho é força de expressão, pois quando pegamos um bom livro lemos com sofreguidão, de um fôlego só, essa é que é a ver- dade. Então, confesso mais uma vez: tenho uma grande estante de livros em meu escritório e de vez em quan- do retorno a algum deles.

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