Diário do Amapá - 03 e 04/05/2020

/ / / / asd azul 3>6 magenta 4>8 Equipamentos e medica- mentos desembarcaram na manhã deste sábado (02) no aero- porto de Macapá após articulação de Davi Alcolumbre, em atendimento a pedido de Waldez Góes. O feriado do Dia do Trabalhador teve como atração cultural a live do cantor e compositor EnricoDi Miceli. Paraense radicado no Amapá, o engenheiro Enrico apresentou seu repertório farto e multifacetado. A “Live no Bebedouro do Jardim da Flor” foi “show de bola. GEA prorroga até 31 de maio suspensão das aulas presenciais nas escolas da rede estadual. O decreto nº 1.614, de 1º de maio de 2020, inclui ainda os estabelecimentos educacionais da rede privada. Pranão destoar enredo, medida tem tudo aver com ocombate à Covid-19, em todo o estado. No governo de Dalva Figueiredo (PT), Nogueiraassumiu oDetrane foiacusadode ter distribuídoCNH’snoatacado emtrocadevotos para a Câmara Federal. O impacto foi tão ruidoso, que ele entrou proanedotáriopopular, ouseja, domotoristabar- beiro diz-se que a carteira é do tipo “Nogueira”. Nogueira, atual presidente do PT-AP, voltou a frequentar o noticiário. Mas agora de boa, depois que o ministro do STJGurgeldeFaria anulou aportaria que o demitiu do cargo de técnico judiciário do TJAP em 2016 devido condenação por improbidade. Nuncasequer passou pelomeu ‘telhado’, nesses tempos todos de imprensa, que um dia sentiria falta de políticos de plantão sempre ‘pegando no meu meu pé’, um dia sim outro também. E vê se tenho cara pra aturar essa gente... Mas a vida não é perfeita, mesmo! Oh, azar! Bolsonaro, ‘sem quê nempra quê’, agora saca arma do coldre eatira à queima roupanosgovernadores —sem livrar caradenin- guém, logo até WGóes na mira. O GEA alterou pramelhor a leidoRenda CidadãEmergencial. Com a mudança, o benefício foi ampliado para alcançar tra- balhadores informais, tipo catraieiros, mototaxistas, ambulantes e feirantes. A ampliaçãodebeneficiários foi sancionada por WaldezGóes. De 37 até sexta (1), Amapáagora registra 40 mortos por covid- 19 —mais 3 pontinhos negativos contra a gente. Agora são 1.187 casos confirmados e 2.557 em análise labo- ratorial. Os testes também descartaram 2.171 suspeitas. E depois dos desmentidos, com Clécio na linha de frente, já não se falamaisem ‘lockdown’ noscomitêsdacovid-19 emMaca- pá —cidade que, aliás, não está respeitando o ‘fique em casa’. Masque depoisnão digam queninguémavisou do perigo imi- nente, que é sair batendo pernas por aí... O Ministério Público Eleitoral do Amapá pedeacassação do mandato do deputado Fur- lan (Cida) alegando infidelidadepartidáriaao trocar PTB pelo Cidadania sem justa causa. OMP Eleitoralpropõequecasonão ocor- ra a cassação, Furlan retorne para a legenda de origem. Antes do passo atrás, caso vai render um bocado. Do tipovacilão, umbandidoe seucomparsa praticaramassalto no Bairro do Muca e fugiram em meio a um cerco da PM. O meliante, apavorado com apito da sirene, atirou acidental- mente na própria perna e acabou preso. Por bem ou por mal, agora, com o soar do ‘teje preso!’, vai obedecer o ‘fique em casa’ —mas vendo sol nascer quadrado. A tarefa de Davi (DEM) deaprovar o pacote de SOS aosesta- dos e municípios parece hercúlea —tipo ‘Davi contra Golias’. Além dos trabalhistas ameaçados com o congelamento dos salários, governadores e prefeitos preferiram o texto aprovado na Câmara dos Deputados. E que assim seja! Os números atualizados do covid-19 divulgados pela GEA seguem numa crescente, alarmando autoridades e a população. Pior:entreos infectados, profissionaisdasaúdequeatuam na linha de frente. Boatos sobre “Lockdown” colocaram a população em polvo- rosa e levarampessoasa umacorrida desenfreadaa supermercados e ao comérciode atacadosembusca de provisõesealimentos para abastecerem despensas. RandolfeRodrigues (Rede) pediu MP-AP a abertura de inqué- rito sobre a autoria da ‘brincadeira de mau gosto’ (fakenews). Fulo da vida, Clécio foi às redessociaiseà imprensa na quinta (30) edesmentiu boatariadequea capital entrariaem“Lockdown” (fechamento total do comércio) devido ao aumento de casos da covid-19. Clécio chamou de irresponsáveis os autores da mentira. Desculpa de Bolsonaro pra justificar acerto de contas com governadores: jurasde que ‘Eles’ estão maquinando pra tirá-lo da Pr. da República. “Elesestãoquerendo me tirar dacadeira por motivosmesqui- nhos”, disse o Pr., durante evento em Cristalina (Goiás). DepoisdeBeth PelaesemPedraBranca,SerafimFilho,de Itau- bal, também adotou medidas restritivas no combate à covid-19. Ele publicoudoisdecretoscomaçõesparaocombatee preven- ção àdoençaque já tem3 casos confirmados e4 suspeito no muni- cípio. Serafim também reduziu o próprio salário em 25%. orberto Bobbio, o grande cientista polí- tico italiano, já perto de completar cem anos, perguntadosobre a velhice,respon- deu: “A velhice é muito boa,só tem um defeito, dura pouco.” Agora, muita gente me tem feito a mesma pergunta. Eu digo que não sei, porque não sou velho; souàs vezes um adolescente,outrasvezes um adulto curioso. Continuo estudando muito, lendo e trabalhando. Magalhães Pintome dizia que “velho é quem temum ano maisdo que eu”. Quaseo querepetia o meu avô Assuéro, pai de minha mãe Kyola: quando o chamavam de velho ele prontamente respondia que “velhas são as estradas”. Já o grande Picasso, ao chegar aos noventa anos, foi rápido no gatilho: “Estoucom saudade dos meus oitenta anos.” Eu tenho uma ojeriza a certos termos que passaram a usar para a velhice: terceira idade, melhor idade e outras mais. Eu tenho horror a essas expressões. Melhor chamar velho, ancião, velhote. Quando eu era menino me chamavam de Zequinha, agora só algumas primas da minha idade ainda me chamam assim. Tenho um primo, filho da minha tiaMartinhana, Isaac Lobato, que mora em Santa Catarina, para onde foi logo depois de formado emmedicina e onde fez grande nome, hoje um dos mais respeitados médicos daquele estado. É um pouco mais velho do que eu— uns três anos. Sempre fala- mos ao telefone. Ele vai logo dizen- do “Como vai, Zequinha?”, e eu res- pondo “Vou bem, Isaquinho”, como o tratava em nossa juventude. Não é nada artificial, é apenas um tratamen- to terno, desses que na vida a gente não esquece nunca. O velho Alexandre Raposo, vizinho do meu outro avô, José Adriano da Costa, pai domeu pai,era um tipo sanguíneo e pegava cor- da com tudo. Disse a meu avô que, quando um vaqueiro seu o chamou de velho: “Velho?!” — respondeu — “Vá lá em casa à noite que eu mostro a velhice”. Meu avô contou a história e comentou: “Velho debochado e mentiroso.” Manuel Bandeira, o grande poeta, colocado na minha lista dos maiores, foi meu amigo — com ele sempre estava na casa de Odylo Costa, filho, outro grande poeta e meu eterno amigo. Bandeira era solteirão, mas, até o fim da vida, louvador do sexo feminino. Ainda moço, mas sempre com o sentimento de fragilidade diante da vida com que a tuberculose o marcara, escreveu: “Que mais queres / Além de versos e mulheres?… / — Vinhos!… o vinho que é o meu fraco!… / Évoé Baco.” Todos os dias agradeço a Deus a graça da vida que me deu, através de meu pai e de minha mãe. Pôs a mão na minha cabeça e fez tudo por mim. Estou chegando aos noventa. Escrevi 122 livros, em 172 edições, com alguns traduzidos em doze línguas. Deus me fez Presidente da República, Governador do Maranhão e deu-me a feli- cidade de trabalhar pelo povo brasileiro, pelo Maranhão, pelo Brasil. Fez-me membro da Academia Brasileira de Letras, hoje o decano, com quarenta anos de elei- to. Não tenho ódio de ninguém,nunca cravei, por meu desejo, espinho algumno peito de ninguém. Qual o período emque fui maisfeliz? A infân- cia, sinônimo de felicidade. Deu-me uma família, que constitui comMarly e três filhos —Roseana, Fernando e Sarney Filho —que só me deram alegria e orgulho. Quemme ajudou? Deus. A ele, meu Pai Eterno, graças pela graça da vida, aleluia. Estou na Primeira Idade. /

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