Diário do Amapá - 10 e 11/05/2020

/ / / / asd azul 3>6 magenta 4>8 Psicóloga e mãe de 4 filhos, Cláudia Oliveira, 51 anos, por 15 dias, internada no HSC, enfrentou o coronavírus. Mas, enfim, na sexta 9, ouviu do médico a frase tão aguardada por ela: “Você está curada! Já poder ir pra casa!”. E feliz da vida, como nunca, voltou pro aconchego da família. Prefeituras de Macapá e Santana abrem processos para con- tratar profissionais da saúde. Épraatuar na linha de frente de atendimentos apacientessus- peitos e infectados pelo coronavírus. Dando tudo certo, osdois municípiospretendemcontratar 125 profissionais para trabalho imediato. Amapá registrou neste sábado (9) 2.493 casos confirmados decovid-19. 4.453ainda estãoemanálise laboratorial, 665pessoas recuperadas e 69 óbitos. Ex-deputado, Roberto Jefferson, que tam- bém já andou vendo o sol nascer quadrado, defendeu neste sábado (9) que Bolsonaro “demita” os 11 ministros do STF. O novo aliado do Pr., dado a transformar dinheiro público em privado, tambémpostou foto segurando um fuzil. Ao novo ‘chefe’ com carinho, quando o alvo é a chave do cofre público. Bolsonaro foi flagrado passeando de jet ski no lago Paranoá neste sábado, 9. Antes, Bolsonaro já havia dito que era fake o churrasco mar- cado por ele mesmo para este fim de semana, no Alvorada. E, também, que teria feito aquilo pra depois chamar a imprensa de ‘idiota’. Que coisa... Jáaposentado edividindo seu tempo entreacapital eo interior, bem mais no interior (no Aporema, mais precisamente), Brazão, em artigo no jornal Tribuna Amapaense, resumiu o que era a edu- cação amapaense na sua época de professor. Acompanhe abaixo: "Hoje o educando tem aparatos de livrose tecnologias e pode estudar dentro de casa. Quanto ao aspecto da qualidade do ensino eu tenho algumas restrições. O ensino anterior apesar ter muito menos recursoso aluno saia mais preparado. Poiso conteúdocur- ricular dos antigos ginasial e cientifico equivalemhoje aos 1º e 2º anos de qualquer curso superior", escreveu o professor. Ex-Reitorda Unifap, prof. João Brazão Neto morreu de Covid na madrugada deste sábado 9 (1h20) na Unimed. Brazão tinha77 anose 4filhos. EHubner, caçula, 44, foiquem avisou sobre a morte do pai. Por regra, em casos de morte pela Covid, corpo de Brazão foi da Unimed direto para o cemitério, em Macapá. Brazão foi professor dealgumasgeraçõesde jovens amapaen- ses—Jocy (médico), Paulo Guerra (letras/direito), Wagner Gomes (direito), Jurandil (economista),RodolfoJuarez (engenheiro), den- tre muitos outros, que, aprovados em vestibular, saiam do CA, aqui, direto para asuniversidadesbrasileiras, aUFPA, em Belém, principalmente. Os números atualizados do covid-19 tra- zem a triste marca de 10 mil mortos em todo o Brasil, sendoquenasultimas24 horas regis- trou-se o triste recorde de 730 mortes. No Amapá, boletim do GEA divulgado na noite desábado (9), apontapara2.493casos confirmados, 69 óbitos e 665 pacientes recu- perados. Congresso Nacional decreta luto oficial de 3 dias em razão da triste marca de 10 mil óbitos da covid-19. Triste, muito triste. Mais de 5 mil pessoas foram abordadas no 1º dia de operação com objetivo de garantir o cumprimento efetivo do isolamento social, estabelecido pelo Decreto nº 1616, para conter o avanço da covid-19. Participam da operação órgãos de segurança pública, como PM, PC, Guarda Civil Municipal, PRF e outros. A CEF anunciou quea partir de quarta-feira (13) a agênciade Santana será reaberta para atendimento ao público. O serviçoestavasuspensodesdequeum funcionário apresentou sintomas do coronavírus. Foi anunciada também reabertura de mais uma agência em Macapá. Como o típico brasileiro que vai à festa sem ser convidado, apoiadoresde Bolsonaro passaramo sábado naportada residência oficial à espera do churrasco, anunciado pelo ‘chefe’, mas depois desmentido pelo próprio, ou seja, “era tudo brincadeirinha”. E, em assim sendo, penetrasquemadrugarampra comer chur- rasquinho com o presidente, “passaram por debaixo da mesa”, ao fim e ao cabo. Brazão Neto, que morreu neste sábado 9, foi o 1º reitor eleito da Unifap e comandou a instituição de 2002 a 2006. Ele estava aposentado desde 2013, com43 anos de magistério superior, sendo 30 na UFPA e 13 na Unifap. Enquanto o país inteiro lamentava a triste marca de 10 mil mortos pelo covid-19, Bolsonaro, parecendo alheio à situação e imune ao sentimento de luto e pesar, se divertia passeando no Lago Paranoá, em Brasília, na tarde deste sábado (9), segundo o portal Metrópoles. poder e a caneta têm uma relação ínti- ma, às vezes libertina. Mas ultimamente ela tem sido explícita. A primeira vez que ouvi uma definição pre- cisa sobre essa relação foi, nos longínquos anos de 1968, de Plácido Castelo, ele gover- nador do Ceará, eu do Maranhão. Disse-me, mostrando uma caneta: “Sarney, nós, gover- nadores, com esta bichinha poderosa, podemos fazer a felicidade e a infelicidade, nomear, demitir e ameaçar. Mas ela tem um defeito. Quanto acaba a tinta, não serve para mais nada.” A tinta acabava com a eleição do suces- sor. A caneta e a tinta fizeram estórias da His- tória. Prudente de Moraes foi eleito contra a vontade de Floriano Peixoto. O marechal resol- veu não lhe passar a faixa. Prudente tomou posse no Congresso e foi para o Itamaraty, sede do Executivo. Estava inteiramente vazio. O Presidente mandou comprar papel, caneta e tinta para nomear o Ministro da Justiça, Antônio Gonçalves Ferreira, e fazer os atos iniciais. Eu fui mais feliz, porque o Figueiredo apenas não quis me passar a faixa. O nosso presidente atual, que tem sangue quente, quando demitiu o Ministro Mandetta, advertiu: “Deu algo nos integrantes do governo, mas a sua hora vai chegar.” E che- gou na cabeça do Moro. Quando quiseram fazer uma intriga entre o parlamento e o Chefe do Executivo, este avaliou o poder da caneta e disse ao Presidente Maia: “Com a minha caneta eu tenho mais poder que você.” Mas o Supremo entrou no jogo das cane- tas e disse que tinha onze canetas em vez de uma — haja canetada. Certa vez o Senado ouvia o Ministro da Fazenda do Governo Fernando Henrique e o Senador Mercadante foi interpelá-lo. Antes disse ao Ministro: “Tome nota da minha per- gunta com sua caneta Mont Blanc.” Malan respondeu: “Senador, vou anotar com a minha caneta Bic.” — e mostrou sua esferográfica popular. Foi uma risada geral. É que as canetas também têm status. No meu tempo era a Parker, com um tinteiro de borracha embutido, colocada no bolso externo do paletó, para mostrar que se era uma pessoa de poder. Agora é a popular caneta esfe- rográfica azul, que abalou a internet nestes meses foi na música Caneta Azul, que tornou célebre Manuel Gomes, meu conterrâneo de Balsas. Assim, temos um tempo de brigas de caneta. Mas a caneta do Brasil foi outorgada pela Constituição para expressar o governo democrático, tão bem definido por Lincoln “como do povo, pelo povo, para o povo”, o poder civil, síntese de todos os poderes, como bem define a doutrina da Escola Superior de Guerra. A Presidência tem que ser exercida com grandeza, humildade, prudência e inabalável sentimento moral. Bic ou Mont Blanc, Parker ou qualquer outra, a única marca que engran- dece, por assegurar direitos humanos, bem-estar social, harmonia e independência entre os pode- res é a marca Democrática. /

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