Diário do Amapá - 01 e 02/03/2020

/ / / / asd azul 3>6 magenta 4>8 Depois do Novo Ama- pá, novonaufrágionas águas do Rio Jari volta a frequentar noticiários país afora. Do Karoline III, agora, e já com ao menos duas mortes confirmadas, mas alguns passageiros ainda desaparecidos. O atacante Bruno Henrique, ídolo doFlamengo,foi para- do em uma blitz da Lei Seca no sábado (29) no RJ. Segundo o Detran carioca, a CNH docraque não constava nosistema de informática do órgão. Umaperícia esclarecerá se acarteira é falsa ou se houve erro no banco de dados. Jornalista Rodrigo Silva apagou velinhas na sexta (28) e reuniu familiares e amigos em Mazagão, torrão natal. Profissional talentoso e arrojado, é um dosdestaques da imprensa amapaense e umdos titularesno time de jornalismo do grupo Diário e merecedor de todas as homenagens e felicitações que recebeu. OjornalistaMaurícioMedeiroséocandidatodoPSBàPMS. Aos58anosdeidade,16delesfiliadoaopartido,eledefende a gestão municipal pautada na transferência e na participação popular,bandeirasdefendidashátempospelalegenda,quealém de Medeiros apresentou20pré-candidatos àCMS. Apesar do alto comando redista capitaneado por Ran- dolfe ter praticamente confirmado Ruben Bemerguy como candidato do partido, Davi tem reafirmado esperanças de contar com o apoio de Clécio. A parceria entre ambos trouxe inegavelmente recursos, obras e benefícios à capital. Segundo o último balanço do MS, liberado na sexta 28, o Brasil já registrou 182casossuspeitosda doença,enquanto outros 71 foram descartados. Contrariamente ao que se tem escutado, nenhum caso suspeito de Coranavírus no Amapá. "Tudoboatariao que se temfalado por aí, maldosamente, talvez na intenção de assustar a nossa gente", diz Malafaia (SVS), descartando qualquer suspeita. Daqui até outubro de eleições, volta a velha dramaturgia típica de ano eleitoral: aquela pessoa que há muito não ia na casa dos parentes, não falava com ninguém e se fechava em copas, agora se abre para afagar, sorrir e distribuir abraços e gestos efusivos. São os candidatos em desfile. Sai da frente. MS já admite existência de um segundo caso em SP, também importado em voo da Itália para o Brasil. O 1º caso no Brasil já havia sido confirmado no dia 26 de fevereiro. Muito bem pontuado em Santana, Bala Rocha (PSDB) articula um ajuntamento de forças com outros pré-candi- datos, com menos chances, tendo como alvo o enfraqueci- mento de Josenildo Abrantes, pedetista que tem pré-candi- datura alavancada pelo governador WGóes. O PSol, com PauloLemos na linha de frente, segue ace- nando para a jornalista Ana Girlene, ainda sem partido. "Inclusive até aceitando conversar sobre a cabeça de chapa", admite o deputado, caso seja essa a condição da apresentadora do Café com Notícia (Diário FM). Ex-federal, Badú Picanço, que passa uns dias fora de Macapá, descarta vereança em outubro. Mas admite já estar se organizando para um retorno a partir de 22, inclusive a federal, ao invés de estadual—caso o quadro até lá lhe dê esse indicativo, observa. Um pouco lá atrás, quando Clécio e Randolfe ainda só pensavamna Rede, doisnomes chegaram a frequentar mesa de discussão sobre pré-candidatura: Silvana (saúde), de Randolfe, vetada por Clécio;e David Covre (obras), de Clécio, vetado por Randolfe. Criado o impasse, sem fechar a conta e o tempo pas- sando, inclusive com Clécio já meio assim por Josiel Alcolumbre, Randolfe resolveu decidir a parada, levando Ruben Bemerguy para o pódio. E, a partir daí, Ruben já bota pé na estrada como pré- candidato da Rede à disputa pelo trono de Clécio, em outubro. Neta de Adhemar Casé, um dos pionei- ros do rádio, e filha de Geraldo Casé, um dos pioneiros da televisão no Brasil, a atriz Regina Casé vem dando um banho de interpretação com sua Lurdes, prota- gonista da novela “Amor de Mãe”. Na caça pelo filho roubado, ela emo- ciona e nos faz ver em sua personagem nossas próprias mães. Mil... Nota mil!!! Além de acelerar juntamente comRodrigoMaia, a votação do pacote de reformas no Congresso Nacional e de apagar os incêndioscausadospelopresidente,filhoseministros,DaviAlco- lumbreseguefirmenopropósitodefazerdoirmãoJosielprefeito de Macapá, nãomedindoesforçose nempoupandoações. Empresário Leonilson Penha é mais umdos postulantes à câmara de vereadores de Mazagão. Casado com Cíntia Penha, da tradicional família Barreto de Mazagão Velho, Penha, como é conhecido, se enraizou na vila, fixou resi- dência e é bastante querido por todos. Tem futuro na política. Além de Ana Girlene, ainda sob paparicos, dois outros colegas da DiárioFM, Janete Carvalho e Jota Ney, também foram sondados para disputar eleição municipal, em outu- bro. Mas, sem revelar quem sondou quem, nemse a prefeito ou vereador, os dois avaliam se encaram ou não o desafio. inverno, como aqui chamamos o tem- po das chuvas, sempre fez parte da cul- tura do Maranhão – e o Amapá – como uma época em que muda o ânimo das pessoas, dos bichos e da terra. As primeiras chuvas trazem nos pingos d´água um gosto da ale- gria. Reclama-se dos transtornos que elas causam, mas são recebidas com satisfação. Mais do que na capital, elas representam uma cultura do interior ligada à fertilidade, à dimensão da safra, à chegada das primeiras espigas, às festas do milho verde, das canji- cas, das pamonhas e dos bolos de milho. Lembro-me como ficaram indeléveis na memória da minha infância em São Bento as expressões de todos “os campos estão enchendo”, perigo das cobras fugindo das águas e invadindo as casas; os pássaros de arribação que chegavam, como os jaçanãs, as marrecas, os mergulhões, os socós e os peixes: jejus, acarás, bagrinhos. Lembro-me bem quando aqueles véus opacos de rajadas de chuva começavam a cair no campo aberto e ficando verde, com os bro- tos que nasciam da canarana, do arroz brabo, do andrequicé. O coro dos sapos, na sua lin- guagem das contas, os pequenos gritando “dois mais dois”, os maiores respondendo “quatro” e os outros “quatro mais qua- tro”, “oito” e então a saparia geral a gritar ” oito mais oito “, e todos em zoada geral: “dezoito, dezoito, dezoito……”. Então, entrava o sapo velho com todas as forças de sua garganta de sapo, proclamava: “Tá errado, tá errado…” E nós meninos, brincando de sapo na can- toria que eles entoavam. As muri- çocas chegando, os besouros, o ritual da queima de estrume de boi para afas- tá-los. Tudo isso eu falo não com um sentimento de saudade, mas de nostalgia. Nada mais definitivo em todos nós, do que o tempo de menino e menino da Baixada tem o inverno, o campo, os bichos e os capins como lembranças indeléveis. Quando o inver- no era dessas chuvas de pingo grosso que doía na costa quando tomávamos os eternos “banhos de chuva”, dizíamos que era “inver- no tradicional”, forte e de todos os dias e aqueles de tempo cinzento, de chuvinha rala, essas que duravam o dia todo, era a voz do meu avô que dizia: “Este é o inverno criador, bom para o gado, pois não alaga tudo de uma vez só”. O homem mexeu com tudo e fez cidades nas beiras do rio e nas grandes, com asfalto e calçamento, não deu mais condições da água infiltrar-se para formar o lençol freático, e então vêm as enchentes que param tudo, invadem as pobres residências e se vê repetir a cena diária das televi- sões, das ruas serem rios e dos desastres das barreiras com dramas e tragédias familiares. Há o velho provérbio nosso de “abril chuvas mil, maio trova e raio”. Todos os dias quando falo com São Luís é minha primeira pergunta: já choven- do muito? E a resposta “às vezessim, às vezes não”, com as justificativas de que tudo está mudando. E o tráfego da cidade cada vez mais caótico. Já sem água é difícil, “que dirá com as ruas ala- gadas e os buracos que a Prefeitura não tapa”. Pergunto por Roseana e me dizem que está no interior no governo itinerante. Respondo: “Com essa chuva toda”. Mas ela me liga e diz: “Temos de inaugurar os hospitais, quase todos prontos e meu governo tem de funcionar até debaixo d´água”. Ah! Inverno da minha infância: “Ai se eu te pego!”. /

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