Diário do Amapá - 03/03/2020

Organização para aCoopera- ção e Desenvolvimento Eco- nômico (OCDE) reduziu a previsãode crescimentoda economia mundial para 2020, passando a proje- tar um crescimento de 2,4%, menor expansão desde 2009 e ante expecta- tiva anterior de 2,9%, citando o coro- navírus e as contrações na produção chinesa. "As perspectivas econômicasglo- bais permanecemmoderadas e muito incertas devido ao surto de coronaví- rus", destacou a OCDE no relatório, citando inclusive orisco de contração na economia global no primeiro tri- mestre. "A principal mensagem para esse cenário de recuo é de que ele coloca- rá muitos países em recessão, motivo peloqual pedimosque medidasurgen- tes sejam adotadas nas áreas afetadas o mais rápido possível", disse à Reu- ters a economista-chefe da OCDE, Laurence Boone. A OCDE passou a projetar para a China uma taxa de crescimento de 4,9%,oquerepresenta umareduçãode 0,8 pontopercentual ante a estimativa anterior (5,7%),divulgada emnovem- bro. A segunda maior economia do mundo vai se recuperar em 2021 para níveis pré-coronavírus com cresci- mentode 6,4%,estima a organização. Para os EUA, a projeção de alta em 2020 foi reduzida de 2% para 1,9%, indo a 2,1% em 2021. Nazona doeuro,onde onúmerode casos está aumentando rápido, a expansão foi estimada em 0,8% ante 1,1%emnovembro,com a Itália regis- trando estagnação este ano. O cresci- mentoda zona doeurodevesubirpara 1,2% em 2021. Omercadobrasileiroreduziuaesti- mativa de alta do PIB em 2020 para 2,17%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central, mas bancos e consultorias vem reduzindo as pro- jeções e diversas instituições já esti- mam um crescimento abaixo de 2%. venda de produtos brasileiros para a China, Hong KongeMacausomaramUS$ 4,724bilhõesem feve- reiro, alta de 20,9% na comparação com o mesmo mês de 2019, informou nesta segunda-feira (2) o Ministério da Economia. O resultado de fevereirosurpreende porque há entre asso- ciaçõesde exportadores temorde redução das vendasdepro- dutos brasileiros para o exterior, especialmente para China, principal parceiro comercial do Brasil e epicentro da epide- mia do coronavírus. O surto já representa um grande abalo na economia chi- nesa, pois tem fechado fábricas e centros comerciais, colo- cado regiões inteiras em quarentena e deixado muitos cida- dãos trancados em suas casas por medo do contágio, redu- zindo dessa forma o consumo e a atividade econômica. De acordo com o Ministério da Economia, porém, ainda não é possível verificar se a crise gerada pelo coronavírus já produziu algum efeito nas exportações brasileiras. Um dos motivos é que os contratosde compra e venda de commodities como minério de ferro, que está entre os prin- cipais produtos vendidos pelo Brasil à China, costumam ser fechados com meses de antecedência. Por conta disso, os números das vendas dos próximos meses também nãodevem registrar impactodevido ao coro- navírus. / /

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