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Dizem que a maternidade e a culpa andam de mãos

dadas, uma puxando a outra. Quando uma mulher se tor-

na mãe, qualquer atitude ou decisão em relação à crian-

ça é internamente analisada, repensada e sofrida. E sem-

pre há a sensação, seja qual for a situação, de que pode-

ria ter feito melhor, se dedicado mais, se esforçado em

dobro. Com o excesso de demandas da vida moderna,

porém, algumas mulheres têm encontrado alternativas

–cada uma a seu modo– para manter a culpa bem longe

da sua rotina e, assim, se sentirem mais felizes e plenas

consigo mesmas e com seus filhos. Como? Veja a seguir

dois segredos:

1. Dar o melhor de si,

mas não almejar a perfeição

De acordo com a pediatraMiriamRibeiro de Faria Sil-

veira, diretora do Departamento de Saúde Mental da

SPSP (Sociedade de Pediatria de São Paulo), mães equi-

libradas e de bom senso evitam se tornar reféns da "sín-

drome da Mulher Maravilha". "Elas tentam fazer o

melhor que podem para dar conta dos papéis de mãe,

mulher, amiga, dona de casa, profissional, mas não que-

rem ser as primeiras em tudo e não sofrem quando algu-

ma coisa não sai conforme o esperado", conta.

Segundo Miriam, essas mães levam numa boa even-

tuais falhas, como atrasar um prazo no trabalho ou fazer

um relatório correndo para atender às demandas com as

crianças. E o contrário também vale, como vez ou outra

apelar para o "delivery" porque voltou do escritório

exausta ou deixar a garotada dormir sem tomar banho

porque está jogada no sofá.

2. Saber delegar

Para a psicóloga Cecília Russo Troiano, autora do

livro "Vida de Equilibrista –Dores e Delícias daMãe que

Trabalha" (Ed. Évora), uma mãe que se sente à vontade

consigo mesma não precisa estar o tempo todo no con-

trole da vida do filho.

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