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2

GDIÁRIO DO AMAPÁ

e

SÁBADO 104 DE JANEIRO DE 2020

EsporteNacional

1

8

Fone: 99165-4286

8 E-mail:

diario-ap@uol.com.br

2019

e

Temporada teve inglês se sagrandocampeão, masgrandes disputas na pista ebastidores agitados foram marcantes

Hexa de Hamilton, corridas com emoção, duelo na Ferrari emorte de Lauda

A

temporada 2019 da Fórmula 1consagrou

Lewis Hamilton como campeão mundial,

ou melhor, hexacampeão mundial. Mas

o fato de oinglês ter vencido 11 das 21 corridas

não significa que oano daprincipal categoria do

automobilismo tenha sido monótono. As grandes

disputas na pista e as movimentações de basti–

dores tiraram o fôlego dos fãs.

Mais perto de Schumacher

Até onde vai Lewis Hamilton? A pergunta

tão feita nos últimos anos voltou ao debateagora

em2019. Afinal, oinglês se sagrou hexacampeão

mundial comuma campanha irretocável de 11

vitórias em21 corridas. Mais do que isso, opiloto

da Mercedes completou todas as 1262 voltas per–

corridas na temporada, pontuando em todas as

corridas. Eainda mais: Hamilton está a apenas

setevitórias eum título deigualaras recordes de

Michael Schumacher.

Verstappen édestaque

Considerado por muitos omais talentoso pilo–

to danovageração, Max Verstappenconsolidou

suaevolução em 2019. No primeiro ano da par–

ceria da RBR com a Honda, oholandês conquis–

tou três vitórias memoráveis e chegou em dado

momento aameaçar osegundo lugar de Valtteri tos de incidentes, o inglês foi fundamental para

Bottas na tabela. No fim, oterceiro lugar foi con- elevar os padrões de segurança dos circuitos.

siderado de excelente tamanho.

Corridas emocionantes

As mudanças nas asas, com a simplificação

do elemento dianteiro e o aumento da altura da

traseira, além da ampliação do efeito do sistema

de asa móvel, renderam resultado. A Fl teve o

recorde de ultrapassagens em 2019, e, mais

importante, a maioria das corridas foi emocio–

nante.

Duelo explode na Ferrari

Esperava-se queCharles Leclerc fosse inco–

modar Sebastian Vettel nadisputa internada Fer–

rari. Mas o monegasco superou as expectativas,

e o que se viu foi uma rivalidade que alimentou

as manchetes de sites e jornais durante toda a

temporada.

Mudança forçada de direção

Nos dias queantecederam ocomeço datem–

porada,aFórmula1perdeu seu diretor deprovas.

CharlieWhiting morreu jáem Melbourne, local

daprimeira corrida do ano, após sofrer um infarto.

Além de estabeleceros parâmetros dejulgamen-

Morte de Niki Lauda

Operado em 2018 para um transplante de pul–

mão, Niki Lauda chegou a gravar um vídeo no

fim do ano passado, mas odesejo do tricampeão

mundial e chefe não executivo da Mercedes de

voltar aos paddocks eboxes da Fl jamais se rea–

lizou. Oaustriaco morreu no dia 20 de maio.

Tragédia na Bélgica

"Motorspon is dangerous".Aconhecida frase

em inglês, quesignifica "EsporteaMotor éperi–

goso" em português, está presente até nas cre–

denciais da Fórmula

1.

Efoi naprincipal categoria

de acesso, aF2, queessa máxima foi relembrada

da pior forma. Ofrancês Anthoine Hubert morreu

num acidente em Spa-Francorchamps.

Brasileiros mais perto da Fl

Felipe Massa continuasendo oúltimo piloto

brasileiro ater disputado umacorrida deFórmula

1, em Abu Dhabi, em 2017. Apesar deno próxi–

mo ano o Brasil não ter representantes no grid

pela terceira temporadaconsecutiva, ohiato pode

finalmente se encerrar na sequência.

Ulisses Laurinda

Olimpíada

é

logo alí

8 COMBATE

Índigena brilha em

edição histórica do Jungle

Figbt:

"Orgulho

representar

opovo Macuxi

11

D

evolta

às

origens emManaus, oJun–

gle Fight foi premiado em sua cen–

tésima edição na noite do último

sábado, dia28, naArena Poliesportiva

Ama–

deuTeixeira. O lutador Leandro "Cacique"

Pereirarepresentou muito bemaetniaMacu–

xi

e também a academia Carioca Team, ao

vencer Arthur Martins de Castro (Carmem

Casca Grossa/ CT JAPA) comum arrnlock

encaixado dentro de um triângulo no pri–

meiro round do combate válido pela cate–

goria até 66

kg

(pena).

Leandro Cacique tem 24 anos e

é

natural

de Boa Vista, Roraima, estado de origem

dos índios Macuxis. Ele começou no jiu–

jítsu com 13 anos e, posteriormente, apren–

deu boxe e muay thai. A migração para o

MMA foi rápida ehoje ele tem extraoficial–

menteum total de 17 lutas, sendo 16vitórias

e urna derrota. Como profis.sional, o currí–

culo apresenta cinco vitórias e urna derrota.

-Ganharno JungleFight éhistórico,

ain–

da mais eu sendo índio e lutando um evento

de nívelinternacional. Acho que éaprimeira

vez que isso acontece.

É

um orgulho repre–

sentar o povo Macuxi.

Futuro professor

O líder da Carioca Tearn, Cristiano

Carioca, destaca outro diferencial do seu

atleta.Leandro Cacique cursa osexto pena–

do de Educação Física na Faculdade Unopar,

em Boa Vista.

- OCacique

é

um atleta exemplar, um

cara que

é

indígenade verdade, 100% indí–

gena, macuxi de verdade,

é

um moleque que

realmente não mede esforços para treinar

MMA. Agoraagente conseguiu colocarele

em Boa Vista, com incentivo do Estado.

Jornalista - E-mail: ulisseslau1indo@bol.com.b1 - Blog ulisseslaurindo.zip.net

A

7 meses do início da Olimpíada de Tóquio, a delegação

brasileira já começa a saber alguns detalhes do planeja–

mento para os Jogos que começam em 24 de julho de

2020. A ida de atletas e treinadores que sairão do Brasil rumo ao

Japão já tem um itinerário nos planos: eles saem de São Paulo,

fazem escala em Toronto, no Canadá, e de lá seguem paraTóquio.

Muitos dos cerca de 250 atletas que devem representar o país na

Olimpíada, no entanto,já devem estar na Europa treinando e com-

''

Comitê Olímpico

do

Brasil

plueja

viagem

para levar

aUetas

e

treinadorespara

Tóquio

com escala em

Toronto,

no

Canadá,

a

esrolba que

menos

desgastaria a

delegaçãonacional

''

petindo antes de embarcarem para o Japão.

Essa, segundo o COB (Comitê Olímpico do

Brasil), seria a forma menos desgastante de fazer

a viagem que vai durar mais de 24 horas. Claro,

haverá urna parada estratégica de cerca de 7horas

em Toronto. E cada trecho de voo dura aproxi–

madamente 11 horas.

Além do longo deslocamento, o COB também

tem outras preocupações, como a adaptação ao

fuso-horário. Vários esportes já disputaram even–

tos-testes no Japão no último ano, outras (como o

judô e o vôlei) estão mais do que acostumadas a

disputar campeonatos na Ásia.

Mas, algumas modalidades pouco viajam ao

Oriente para competir. Por isso haverá um olhar

especial para elas nesta reta final de preparação

para a Olimpíada.

Um dos casos citados por dirigentes é o da

canoagem velocidade, que tem poucas competi–

ções naÁsia e Oceania. Obviamente a preparação

de atletas de altíssimo rendimento, como Isaquias

Queiroz e Erlon Souza, passa por estudos e pla–

nejamento sobre as questões de fuso-horário, e

existe tcx:lo um cronograma e urna estratégia para

que tudo corra bem na principal competição do

ciclo. Mas o próprio Isaquias já admitiu que as

poucas vezes que competiu com essas 12 horas

de diferença no relógio sofreu com a adaptação.

Por isso, muitas delegações brasileiras chegarão

ao Japão com cerca de dez dias de antecedência.

Há ainda urna atenção especial com as redes

sociais. Por isso, no encontro que aconteceu entre

dezenas de atletas, treinadores e dirigentes das mais

diversas confederações esportivas, na véspera do

Prêmio Brasil Olímpico, em 10 de dezembro, no

Rio, houve palestra com representantes de Face–

l:xx:Jk, Twitter e lnstagrarn, alémurna comumrepre–

sentante do Esporte Clube Bahia, considerado um

caso de sucesso no meio esportivo atualmente.

Ou seja, a preparação olímpica já começou

faz tempo e não envolve apenas os treinos em

campos, quadras, piscinas, pistas...