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O DIÁRIO DO AMAPÁ OTERÇA-FEIRA 107 DE JANEIRO DE 2020
Cidadesl
8 Fone:
99165-4286
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MEMBROS
e
O CMLGBT
é
composto por dez membros titulares
Reunião define presidente evice do Conselho Municipal LGBT de Macapá
A
conteceu durante o final de
semana, na SecretariaMuni–
cipal de Assistência Social
e do Trabalho (Semast), a reunião do
ConselhoMunicipal dos Direitos da
População de Lésbicas, Gays, Bis–
sexuais, Travestis e Transexuais
(CMLGBT) com o objetivo de deci–
dir sobre o regimento interno e ele–
gero presidente e vice. O CMLGBT
é composto por dez membros titula–
res e foi criado pelo prefeito Clécio
Luís com a sanção do Projeto de Lei
n" 2.375/2019.
Durante a reunião, foi feita a lei–
tura do regimento interno do conse–
lho e, após isso, modificações foram
feitas emincisos, parágrafos e artigos.
O conselho tem por função, por
exemplo, como descrito nos pará–
grafo I e VI do Artigo 2", respecti–
vamente, "participarda organização
de critérios e parâmetros de ação
8
HISTÓRIA
governamental que visem assegurar
as condições de igualdade
à
popula–
ção LGBT" e "propor e incentivar a
realização de campanhas destinadas
à
promoção da diversidade sexual,
dos direitos da população LGBT e o
enfrentamento
à
discriminação
LGBTfóbicas".
Depois de feitas as mudanças, foi
a vez de eleger o presidente e vice.
Os
eleitos foram Simone de Jesus e
Rodrigo Mergulhão para as respec–
tivas funções, para o período de
2020/2022.
"É
muito importante
quando nossos governantes traba–
lham as questões de direitos huma–
nos.
É
um marco tanto para a pre–
feitura, contemplando a nossa elei–
ção, quanto para mim", declarou
Simone de Jesus.
"Nosso Plano Municipal LGBT
é nosso carro-chefe. Acrescentare–
mos isso
às
políticas públicas do pre-
feito Clécio e trabalharemos juntos",
completou.
Rodrigo Mergulhão sente-se
satisfeito e otimista com os conse–
lheiros o terem escolhido para avice–
presidência. Ele pede que a popula–
ção apoie a causa do órgão. "Sinto–
me útil e feliz por fazer algo bom
para a sociedade LGBT amapaense,
que já sofre tanto.
A partir dessas decisões e delibe–
rações, tenhamos base para discutir,
conversar e orientar a população para
se unir e vir com a gente para essa
luta. Esse mandato não é só de uma
pessoa ou de duas, é da comunidade
LGBT, e quem ganha é a sociedade
civil. Todos os nossos atos delibera–
tivos são públicos e coletivos e ser–
viremos de apoio e ouvidos para
todos, em especial a população
LGBT, seja nahora de dar sugestões
ou cobrar direitos".
8SAÚDE
e
Santalnês
Ministério Público cobra segurança
ambiental, pessoal ematerial em trapiche
O
uso indevido, práticas abusivas de poluição sonora, aces–
so liberado para veículos e falta de fiscalização e segurança
nos trapiches de atracação de embarcação no bairro San–
ta Inês levou o Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio
da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente de Maca
pá,
a tomar
medidas judiciais. Uma Ação Civil Pública (ACP) foi ajuizada
tendo como objeto de tutela o governo do Amapá, pela omissão
enquanto responsável pela referida área portuária. O MP-AP
requerque o Estado adote medidas que garantam a segurança, uso
adequado e impeçam a poluição sonora.
A Promotoria de Meio Ambiente levou em consideração a uti–
lização do local por frequentadores de veículos automotores,
durante o período noturno até o amanhecer do dia seguinte, que
causam a poluição sonora e perturbação do sossego com o volu–
me dos equipamentos e gritos, consumo de bebidas alcoólicas e
outras atividades incompatíveis com o local.
Ainda de acordo com a ação, a ausência de sinalização, con–
trole de tráfego e fiscalização oportunizam que, nos momentos
de embarque e desembarque, veículos diversos e pessoas não
autorizadas circulem livremente entre passageiros, trabalhadores,
mercadorias e combustíveis, o que causam riscos ambientais,
físicos e materiais.
A instituição argumenta que o Estado do Amapá é o respon–
sável pela garantia do uso adequado dos trapiches, segurança
relacionada ao acesso e manobra de veículos sobre o píer, incên–
dio, explosão, prensagem, queda de pessoas e veículos na água
e impedimento de infrações como poluição sonora, medidas ine–
xistentes no local. O trapiche, localizado no bairro Santa Inês, é
a principal via de embarque e desembarque de passageiros e mer–
cadorias com destino, principalmente às ilhas do Pará, de impor–
tância econômica e social para os estados vizinhos e população
ribeirinha.
O MP-AP requer que a Justiça julgue procedente as seguin–
tes medidas efetivas para serem obedecidas pelo Estado: impe–
dir a entrada de pessoas e veículos alheios às atividades de embar–
que e desembarque; manter controle permanente de entrada e
saída de veículos que atuem na atividade; implantar, em 90 dias,
planos para casos de sinistros e acidentes; prevenção ou ação
para casos de poluição sonora ou infração ambiental; impedir
que a área do trapiche seja utilizada para práticas de poluição
sonora ou atividades distantes da função portuária.
Mercado Central mantém tradição dos banhos de ervas
UBS Pacoval será reinaugurada após um ano de obras
B
anhos de cheiro, essências, perfu–
mes, velas, escapulários. ls.so e mui–
to mais podem ser encontrados no
novo Mercado Central, que será reinaugu–
rado ainda este mês, em Macapá. O espaço
mais tradicional de vendas da cidade tem
muitos produtos, tradição e cultura. O mer–
cado está sendo revitalizado com recursos
provenientes de emenda parlamentar do
senadorRandolfe Rodrigues, no valor de
R$
2,5 milhões, e mais
R$
1,2 milhão de con–
trapartida do Município.
Seu Luiz Carlos Carvalho da Silveira,
62 anos, dedica mais de 40 anos de suavida
ao mercado. Ele recebeu a loja de ervas do
pai, Martiniano da Silveira, que comerciali–
zavaprodutos na Cabana do Preto Velho. O
espaço é referência de material de umbanda
e ervas em Macapá.
"Me criei aqui no mercado. Assumi a
loja há mais de 40 anos e aqui já criei duas
filhas, netos e bisnetos. O movimento era
muito grande. De uns anosparacá, deuurna
decaída, mas estou confiante que, com a rei–
nauguração, isso melhore", acreditaseu Luiz.
A loja de ervas é pequena, mas tem de
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tudo umpouco, como incensos, chás, semen–
tes, velas, escapulários, e os procurados
banhos de cheiro, perfumes e géis. "Noperío–
do em que meu pai veio para cá, ele era cri–
ticado, porque vendia as ervas, cascas depau
e tudo mais. Hoje, o pessoal procura muito,
especialmente para tratamentos naturais. No
fim de ano, então, aumenta muito as vendas
de incenso, banhos e perfumes".
Junto com seu Luiz, a dona Kleonice
Carvalho, 58 anos, também comercializa
ervas no mercado. Ela conta que, com o
empreendimento, criou os 7filhos, 20 netos
e 3 bisnetos. Sempre alegre e falante, diz que
a venda é muito valorizada pelos turistas.
"Vem muitos turistas por aqui. Eles gostam
muito das essências e perfumes. Compram
vários para levar e dar de presente. Estamos
ansiosos com a reabertura do mercado e com
a chegada da freguesia", destaca.
O Mercado Central éum dossímbolos da
história da cidade. Foi inaugurado no dia 13
de setembro de 1953 pelo então governador
Janary Nunes e o prefeito Claudomiro de
Moraes. O espaço era urna obra gigantesca
para a épocae tinha como finalidade comer–
cializar produtos da roça, que eram desem–
barcados no Trapiche Eliezer Levy.
A reabertura do espaço será ainda este
mês, e contarácom ambiente comercial, cul–
tural e turístico de Macapá. Serão comer–
cializados alimentos, artesanato, artigos reli–
giosos, assim como café, chopp, sorvetes, e
serviços de barbearia, ervaria, relojoaria e
outros.
A
Prefeitura de Macapá reinaugurará
nesta terça-feira, 7, a UBS Pacoval.
A reforma, que teve início em 2018,
foi feita com recurso de emenda parlamentar
do senador Davi Alcolumbre e contrapartida
do Município, permitindo adaptar toda a uni–
dade, modernizar a estrutura e garantir aces–
sibilidade, passando a contar com recepção,
farmácia, três consultórios, salas de vacinação
e de coleta de PCCU, gabinete odontológico,
administração, copa e banheiros.
Além da reestruturação física, os atendi–
mentos feitos na unidade também passampor
modificações, tendo como foco os desempe–
nhados pelas Equipes de Saúde da Família
(ESF's), atribuindo maior capacidade deres–
posta às necessidades básicas de saúde da
população da área de abrangência. Com
modelo mais resolutivo, a unidade irá execu–
tarurna série de atividades individuais e cole-
tivas que precisam ser promovidas e fomen–
tadas pelas ESF's em conjunto com a comu–
nidade.
Na UBS, três equipes multiprofissionais
serão responsáveis por urna assistência inte–
gral, contínua e de qualidade, capaz de assis–
tir aos problemas de saúde mais comuns, por
meio de processos educativos, que promo–
vam a saúde e previnam doenças em geral na
própriaunidade e também nIB domicílios e em
locais comunitários, como escolas. Desta for–
ma, apenas urna pequena parte dos casos pre–
cise ser encaminhadapara serviços mais espe–
cializados em outras unidades de referência,
como a UBS Perpétuo Socorro. E, mesmo
nesses casos, não perdendo de vista o usuá–
rio, responsabilizando-se pelas "referências"
necessárias, discutindo os casos e recebendo–
os de volta, na "contra referência'', para con–
tinuar atuando no nível dos cuidados básicos.