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O DIÁRIO DO AMAPÁ OTERÇA-FEIRA 107 DE JANEIRO DE 2020

Opinião

1

jornal ,,

DIARIO AMAPA

LUIZ MELO

ZIULANA MELO

ZIULANA MELO

Editora Chefe

MÁRLIOMELO

DirNor Administrativo

Direror Superimendeme Dirernra de Jornalismo

COMPROMISSO COM ANOTICIA

DIÁRIO DE COMUNICAÇÕES LTDA.

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Administração, Redação e Publicidade

Avenida Coriolano Jucá,

456 -

Centro

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Macapá (AP)

Fone: 99165-4286

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.diariodoamapa.com.br

Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os

conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem

sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicaçCies são com o propósito de estimular o

debate dos problemas amapaenses e do país. O

Diário do Amapá

busca levantar e fomentar

debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as

diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional.

e

ULISSES LAURINDO - JORNALISTA

Articulista

Direita, esquerda, volver

A

totalidade da massa que defende a esquer–

da, regime político de enquadramento do

conceito ideológico, acusa os defensores

da direita de dificultarem o progresso do Brasil

devido ao processo de olhar apenas para as elites

e nada contribuir em relação

à

diminuição da

pobreza. A vida comum dos países não é essa,

todavia, verdade que sevê, com fortes exemplos

a comprovarem, é a parcela da direita no desen–

volvimento social das nações que seguem seus

desígnios.

Ao contrário, a esquerda sempre teve como

meta básica acabar com a fome e, para isso, se

vale de meios que, ao cabo, mostram-se impo–

tentes, e as promessas de um mundo melhor aca–

bam sempre em revoluções e desilusões para o

povo. A sanha dos sempre ditadores pela mega–

lomania do poder levam os leitores concluirem

que ondeesses focos prosperam não existe liber–

dade, vive-se em desordem, sem estrutura, com

falta de tudo, inclusive com muita fome.

A China, na contramão da assertiva, foge

à

regra, e com seus 1milhão e mais 300 mil habi–

tantes adota o socialismo que, acima de tudo,

prioriza as leis para orientar o povo até ao ponto

de quea individualidade não corrompa adourrina

na defesa do bem-estar e da prosperidade do país.

O intróito serve para chegar ao Brasil que,

atualmente,vive conseqüências de uma esquerda

que desregulou o país e, também, com apoio de

falso político que não é nem de direita

nem de esquerda, rumando sempre a

favor da maré, para onde levar o barco

a porto a seguro, para desembarcar

seus interesses.

Vimos que depois de mais de 16

anos deesquerda no Brasil o resultado

foi ruim para o povo que, iludido com

promessas milagrosas, embarcou sem

avaliar o vir depois. No tempo da lem–

brança da corrupção de dom João VI

que, incoerentemente, o Brasil não se

libertou, como assim pensa boa maioria.

Mas se já passaram mais de quinhentos anos.

Como defesa a favor do período do Partido

dos Trabalhadores no poder, advoga-se que

seus dirigentes herdaram o reino com modelo

enraizado. Assim, todos se lembram da ação

dos Anões do Orçamento, de Luís Estevão,

dos Fundos de Pensões, dos Cartões Corpo–

rativos, da Sudam, Sudene ? O PT acompa–

nhou esses escândalos, e muitos deles serviram

de guia e motivação. Pois isso, logo aconteceu

o início de tudo, com as propinas dos Correios

seguidas do Mensalão, de Celso Daniel, do

BNDES, dos dólares na cueca, dossiê contra

candidatos adversários, etc..

Oentendimento é claro de que adireita rraduz

progresso para o povo, diferente da esquerda

com política apoiada nas promessas que levam

e

WELLINGTON SILVA - JORNALISTA EHISTORIADOR

Articulista

Entreguismo eprotecionismo

O

aumento abusivo doscombusóveiseacon–

sequente e inevitável greve dos caminho–

neiros nos faz refletir o seguinte:

Oque fiz.eram com o Brasil nestesúltimostem–

pos para chegannos aessactise atual se possuúnos

grandes reservas petrolíferas e minerais, riquezas

que outros países não possuem?

O grave problema não está no governo e sim

navelha eperversa política entreguista que sempre

define e direciona rumos ou caminhos contrários

ao desenvolvimentoreal de wna Naçãolivre, sobe–

rana e economicamente independente.

O que até hoje chama a atenção de jornalistas

epesquisadores socialistase liberaisquandose fala

do modelo norte-americano?

Eles possuem e defendem uma política prote–

cionista. Fixam tarifas alfandegárias elevadas e

seletivas para protegera sua indúsnia e concedem

subsídios para favorecerocrescimentode empresas

que comprovadamente geram empregos, renda e

desenvolvimento. Eles realizam ótimos investi–

mentos em ferrovias, rodovias, hidrovias, portos,

energia esaneamento, um dever

de

casa imperativo

para nós brasileiros. Eles possuem

wn

bom banco

nacional eum eficientesistema estatalde financi<r

menta da produção. O mais incrivel de tudo, his–

toricamente falando, é que essa base política de

desenvolvimento foi lançada porAlexanderHamil–

ton, um dos fundadores dos Estados Unidos da

América, logo após a independência

do

país, ocor–

rida em 04 dejunhode 1776,data emque foi selada

a autonomia das Treze Colônias, sob a liderança

do

general George Washington.

Lamentavelmente, a política entreguista brasi–

leira, por décadas na contramão, inversa e ao con-

rrário da políticanorte-americana ede muitos

países europeus e asiáticos, promoveu a

desnacionalização sistemática da indús–

nia, principalmente de setores conside–

rados pordetenninadossegmentos ideo–

lógicos e políticos como setores-chave

da indúsrria de produção, rransferindo

seu conrrole para capitais esrrangeiros.

Aremessa de lucrosdessa velhapolítica

entreguista,

como

a

dos

combustíveis,atualmentese constirui tma

política perversa.Brasileiros pagam e

pagam muito alto por

wn

produto que são–

constitucionalmente proprietários. E é justa–

mente adelegação de conrrole interno e adminis–

trativo de setores estratégicos da economia de um

país que define seu rumo para o desenvolvimento

ou para o buraco. Se não é protecionista e é entre–

guista, eisqueasempresasmultinacionaisdominam

o ambiente econômico nacional e impedem osur–

gimento deforças internasqueeliminemosentraves

de seu pleno desenvolvimento

ou

libertação eco–

nômica, para ser mais claro.

Sabem quanto multinacionais lucraram com o

petróleo brasileiro, ao final de 2017?

Foram 410 mil barris por dia, além de 460 mil,

que tirados, calculados ao preço

do

Brent a US$

56,24, e com o dólar a

R$

3,23,em um dia, totali–

zaR$ 71 milhões de lucro. Em

wn

ano,

R$

27,2

bilhões. Nos tJintaanosdeexploraçãode

wn

cam–

po, mesmo com aqueda da produção média a 50"/o,

são mais de

R$

400bilhõesde lucro.Quando fecha–

mos este artigo o dólar comercial estava cotado a

U$ 3,73 e o dólar turismo a U$ 3,90.

Nos últimos40 anos,Japào, Alemanha, Estados

''

Como defesa a

favor do

período

do Partido

dos

Traballladores nopoder,

advoga-se

que

seus dirigentes

herdaram o

reino com

modelo

enraizado.

''

''

Nos

úllimos

40 anos,Japão,

Alemanha, Eslados Unidos,

suécia eCoreia do

SUi

usam

medidas

proletivas,

subsidio

eslalal, controle sobre

investimentos estrangeiros...

''

L

fatalmente ao populismo. A crise atual do

Brasil circunscreve nessa bruta realidade

emque os personagens, no caso o povo,

independentedeser direita ou esquerda,

acabam desembocando na falta de edu–

cação e rultura gerais. Desdea sua cria–

ção, o Brasil pouco se preocupou em

adesrrar seus habitantes, não lhes dando

condição de cidadania com a opção de

definir o que é melhor para todos. A

atual classe política brasileira é a conse–

qüência da falha na escolha, porque falta

à

grande maioria dos eleitores a capacidade

dejulgar, face não ter sido preparada. Eescolhe

pelo coração, quando precisava optar pela razão.

O Brasil de hoje carece de patriotismo em grande

escala, e o resultado só será melhor quando esses

fatores forem evidentes, ou seja, educação, cultura

e parriotismo. Brasil tem 13 milhões de analfa–

betos, de 15 anos a mais. Sozinho sou pequena

parcela insignificante, mas adicionando

à

opinião

de José Sarney, ex-presidente da República, a

tese se reforça e justifica e cito portanto, o que

ele escreveu para o DIÁRIO DO AMAPÁ, direto

de Nova Yorque

"Os Estados Unidos são um

país que orgulha a humanidade, sobretudo por

dele ter saído o missão mundial de difundir o

democracia, os direitos humanos,as liberdades

individuais e, no expressão de Jefferson o busco

do felicidade".

Unidos, Suécia e Coreia do Sul usam medi–

. das protetivas, subsídio estatal, controle

sobre investimentosestrangeiros, fiscali–

zação do capital volátil e o apoio às

empresas privadas locais como estraté–

gias de crescimento, desenvolvimento

e inserção soberana no processo de

mundialização. No nosso País, em nome

dewn saturado pseudoliberalismo,con-

• <lena.se a proteção das empresas locais

• e se pratica a long time (muito tempo) o

entreguismo de nossas riquezas.

Túnel do tempo:Em 1947 é iniciado

um grande movimento nacionalista, a Cam-

panha do Perróleo, movimento que contou com

a ativa participação

do

escritor Monteiro Lobato,

general Leônidas Cardoso (pai

do

ex-presidente

Fernando Henrique Cardoso), general Júlio Cae–

tano Horta Barbosa e Arthur Bernardes (ex-pre–

sidente

do

Brasil) que liderou

o

Cenrro de Estudos

e Defesa do Petróleo, solenemente instalado no

dia 21 de abril de 1948. Já naquela época,

como

hoje, setores liberais fizeram feroz oposição aos

nacionalistas. Logo a campanha ganhouàs ruas

e a simpatia popular. Em1951,

o

presidente Getú–

lio Vargas encaminhou projeto de lei 1516 ao

Congresso Nacional propondo a criação

do

Perró–

leo Brasileiro.

No

dia 03 de outubro de 1953 assi–

nou a Lei 2004 e criou a Perrobrás, deflagrando

a histórica campanha O Petróleo é Nosso. De

Getúlio até a era Figueiredo a gasolina era barata,

não havia corrupção, violência urbana e princi–

palmente não havia entreguismo de nossas rique–

zas. O que fizeram com o Brasil nestes últimos

tempos? O petróleo é nosso?