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O DIÁRIO DO AMAPÁ OTERÇA-FEIRA 107 DE JANEIRO DE 2020
Opinião
1
jornal ,,
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LUIZ MELO
ZIULANA MELO
ZIULANA MELO
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conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem
sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicaçCies são com o propósito de estimular o
debate dos problemas amapaenses e do país. O
Diário do Amapá
busca levantar e fomentar
debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as
diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional.
e
ULISSES LAURINDO - JORNALISTA
Articulista
Direita, esquerda, volver
A
totalidade da massa que defende a esquer–
da, regime político de enquadramento do
conceito ideológico, acusa os defensores
da direita de dificultarem o progresso do Brasil
devido ao processo de olhar apenas para as elites
e nada contribuir em relação
à
diminuição da
pobreza. A vida comum dos países não é essa,
todavia, verdade que sevê, com fortes exemplos
a comprovarem, é a parcela da direita no desen–
volvimento social das nações que seguem seus
desígnios.
Ao contrário, a esquerda sempre teve como
meta básica acabar com a fome e, para isso, se
vale de meios que, ao cabo, mostram-se impo–
tentes, e as promessas de um mundo melhor aca–
bam sempre em revoluções e desilusões para o
povo. A sanha dos sempre ditadores pela mega–
lomania do poder levam os leitores concluirem
que ondeesses focos prosperam não existe liber–
dade, vive-se em desordem, sem estrutura, com
falta de tudo, inclusive com muita fome.
A China, na contramão da assertiva, foge
à
regra, e com seus 1milhão e mais 300 mil habi–
tantes adota o socialismo que, acima de tudo,
prioriza as leis para orientar o povo até ao ponto
de quea individualidade não corrompa adourrina
na defesa do bem-estar e da prosperidade do país.
O intróito serve para chegar ao Brasil que,
atualmente,vive conseqüências de uma esquerda
que desregulou o país e, também, com apoio de
falso político que não é nem de direita
nem de esquerda, rumando sempre a
favor da maré, para onde levar o barco
a porto a seguro, para desembarcar
seus interesses.
Vimos que depois de mais de 16
anos deesquerda no Brasil o resultado
foi ruim para o povo que, iludido com
promessas milagrosas, embarcou sem
avaliar o vir depois. No tempo da lem–
brança da corrupção de dom João VI
que, incoerentemente, o Brasil não se
libertou, como assim pensa boa maioria.
Mas se já passaram mais de quinhentos anos.
Como defesa a favor do período do Partido
dos Trabalhadores no poder, advoga-se que
seus dirigentes herdaram o reino com modelo
enraizado. Assim, todos se lembram da ação
dos Anões do Orçamento, de Luís Estevão,
dos Fundos de Pensões, dos Cartões Corpo–
rativos, da Sudam, Sudene ? O PT acompa–
nhou esses escândalos, e muitos deles serviram
de guia e motivação. Pois isso, logo aconteceu
o início de tudo, com as propinas dos Correios
seguidas do Mensalão, de Celso Daniel, do
BNDES, dos dólares na cueca, dossiê contra
candidatos adversários, etc..
Oentendimento é claro de que adireita rraduz
progresso para o povo, diferente da esquerda
com política apoiada nas promessas que levam
e
WELLINGTON SILVA - JORNALISTA EHISTORIADOR
Articulista
Entreguismo eprotecionismo
O
aumento abusivo doscombusóveiseacon–
sequente e inevitável greve dos caminho–
neiros nos faz refletir o seguinte:
Oque fiz.eram com o Brasil nestesúltimostem–
pos para chegannos aessactise atual se possuúnos
grandes reservas petrolíferas e minerais, riquezas
que outros países não possuem?
O grave problema não está no governo e sim
navelha eperversa política entreguista que sempre
define e direciona rumos ou caminhos contrários
ao desenvolvimentoreal de wna Naçãolivre, sobe–
rana e economicamente independente.
O que até hoje chama a atenção de jornalistas
epesquisadores socialistase liberaisquandose fala
do modelo norte-americano?
Eles possuem e defendem uma política prote–
cionista. Fixam tarifas alfandegárias elevadas e
seletivas para protegera sua indúsnia e concedem
subsídios para favorecerocrescimentode empresas
que comprovadamente geram empregos, renda e
desenvolvimento. Eles realizam ótimos investi–
mentos em ferrovias, rodovias, hidrovias, portos,
energia esaneamento, um dever
de
casa imperativo
para nós brasileiros. Eles possuem
wn
bom banco
nacional eum eficientesistema estatalde financi<r
menta da produção. O mais incrivel de tudo, his–
toricamente falando, é que essa base política de
desenvolvimento foi lançada porAlexanderHamil–
ton, um dos fundadores dos Estados Unidos da
América, logo após a independência
do
país, ocor–
rida em 04 dejunhode 1776,data emque foi selada
a autonomia das Treze Colônias, sob a liderança
do
general George Washington.
Lamentavelmente, a política entreguista brasi–
leira, por décadas na contramão, inversa e ao con-
rrário da políticanorte-americana ede muitos
países europeus e asiáticos, promoveu a
desnacionalização sistemática da indús–
nia, principalmente de setores conside–
rados pordetenninadossegmentos ideo–
lógicos e políticos como setores-chave
da indúsrria de produção, rransferindo
seu conrrole para capitais esrrangeiros.
Aremessa de lucrosdessa velhapolítica
entreguista,
como
a
dos
combustíveis,atualmentese constirui tma
política perversa.Brasileiros pagam e
pagam muito alto por
wn
produto que são–
constitucionalmente proprietários. E é justa–
mente adelegação de conrrole interno e adminis–
trativo de setores estratégicos da economia de um
país que define seu rumo para o desenvolvimento
ou para o buraco. Se não é protecionista e é entre–
guista, eisqueasempresasmultinacionaisdominam
o ambiente econômico nacional e impedem osur–
gimento deforças internasqueeliminemosentraves
de seu pleno desenvolvimento
ou
libertação eco–
nômica, para ser mais claro.
Sabem quanto multinacionais lucraram com o
petróleo brasileiro, ao final de 2017?
Foram 410 mil barris por dia, além de 460 mil,
que tirados, calculados ao preço
do
Brent a US$
56,24, e com o dólar a
R$
3,23,em um dia, totali–
zaR$ 71 milhões de lucro. Em
wn
ano,
R$
27,2
bilhões. Nos tJintaanosdeexploraçãode
wn
cam–
po, mesmo com aqueda da produção média a 50"/o,
são mais de
R$
400bilhõesde lucro.Quando fecha–
mos este artigo o dólar comercial estava cotado a
U$ 3,73 e o dólar turismo a U$ 3,90.
Nos últimos40 anos,Japào, Alemanha, Estados
''
Como defesa a
favor do
período
do Partido
dos
Traballladores nopoder,
advoga-se
que
seus dirigentes
herdaram o
reino com
modelo
enraizado.
''
''
Nos
úllimos
40 anos,Japão,
Alemanha, Eslados Unidos,
suécia eCoreia do
SUi
usam
medidas
proletivas,
subsidio
eslalal, controle sobre
investimentos estrangeiros...
''
L
fatalmente ao populismo. A crise atual do
Brasil circunscreve nessa bruta realidade
emque os personagens, no caso o povo,
independentedeser direita ou esquerda,
acabam desembocando na falta de edu–
cação e rultura gerais. Desdea sua cria–
ção, o Brasil pouco se preocupou em
adesrrar seus habitantes, não lhes dando
condição de cidadania com a opção de
definir o que é melhor para todos. A
atual classe política brasileira é a conse–
qüência da falha na escolha, porque falta
à
grande maioria dos eleitores a capacidade
dejulgar, face não ter sido preparada. Eescolhe
pelo coração, quando precisava optar pela razão.
O Brasil de hoje carece de patriotismo em grande
escala, e o resultado só será melhor quando esses
fatores forem evidentes, ou seja, educação, cultura
e parriotismo. Brasil tem 13 milhões de analfa–
betos, de 15 anos a mais. Sozinho sou pequena
parcela insignificante, mas adicionando
à
opinião
de José Sarney, ex-presidente da República, a
tese se reforça e justifica e cito portanto, o que
ele escreveu para o DIÁRIO DO AMAPÁ, direto
de Nova Yorque
"Os Estados Unidos são um
país que orgulha a humanidade, sobretudo por
dele ter saído o missão mundial de difundir o
democracia, os direitos humanos,as liberdades
individuais e, no expressão de Jefferson o busco
do felicidade".
Unidos, Suécia e Coreia do Sul usam medi–
. das protetivas, subsídio estatal, controle
sobre investimentosestrangeiros, fiscali–
zação do capital volátil e o apoio às
empresas privadas locais como estraté–
gias de crescimento, desenvolvimento
e inserção soberana no processo de
mundialização. No nosso País, em nome
dewn saturado pseudoliberalismo,con-
• <lena.se a proteção das empresas locais
• e se pratica a long time (muito tempo) o
entreguismo de nossas riquezas.
Túnel do tempo:Em 1947 é iniciado
um grande movimento nacionalista, a Cam-
panha do Perróleo, movimento que contou com
a ativa participação
do
escritor Monteiro Lobato,
general Leônidas Cardoso (pai
do
ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso), general Júlio Cae–
tano Horta Barbosa e Arthur Bernardes (ex-pre–
sidente
do
Brasil) que liderou
o
Cenrro de Estudos
e Defesa do Petróleo, solenemente instalado no
dia 21 de abril de 1948. Já naquela época,
como
hoje, setores liberais fizeram feroz oposição aos
nacionalistas. Logo a campanha ganhouàs ruas
e a simpatia popular. Em1951,
o
presidente Getú–
lio Vargas encaminhou projeto de lei 1516 ao
Congresso Nacional propondo a criação
do
Perró–
leo Brasileiro.
No
dia 03 de outubro de 1953 assi–
nou a Lei 2004 e criou a Perrobrás, deflagrando
a histórica campanha O Petróleo é Nosso. De
Getúlio até a era Figueiredo a gasolina era barata,
não havia corrupção, violência urbana e princi–
palmente não havia entreguismo de nossas rique–
zas. O que fizeram com o Brasil nestes últimos
tempos? O petróleo é nosso?