

e
DIÁRIO DO AMAPÁ
e
SÁBADO 111 DE JANEIRO DE 2020
3
PolíticaNacional
1
Editora Chefe: Ziulana Melo 8 Fone: 99185-4288 8 E-mail: diario-ap@uol.com.br
VERBA
e
Vai sair dosorçamentosda Policia Federal, da Secretaria Nacional de Segurança Públicaeda Capes.
Lava Jato pede condenação de 14 réus
por desvio elavagem de dinheiro em
esquema envolvendo aEconorte
Governo anuncia
RS
10 milhões em bolsas
de estudo na área de segurança pública
A força-tarefa da Operação Lava Jato pediu a con–
denação de 14réus em umdos processos da Operação
Integração, que investiga um suposto esquema crimi–
noso na gestão de concessões de rodovias federais no
Paraná.
As alegações finais do Ministério Público Federal
(MPF) foram apresentadas na terça-feira (7). A denún–
cia é de abril de 2018.
Entre os réus estão os colaboradores Nelson Leal
Júnior, ex-diretor do Departamento de Estradas eRoda–
gem (DER-PR), Hélio Ogarna, ex-presidente da con–
cessionária Econorte, os empresários Marcelo José
Abbud eAdir Assad, além funcionários públicos e da
concessionária (ligada ao Grupo Triunfo).
Segundo oMPF, os fatos investigados envolvem a
participação em organização criminosa, estelionato,
peculato e lavagem de dinheiro - praticada de diver–
sas formas, como por meio de empresas "noteiras",
aquisição de imóveis, movimentação de dinheiro em
espécie, contratos superfaturados e operadores finan–
ceiros.
os ministros Sergio Moro (Jus–
tiça) e Abraham Weintraub (Edu–
cação) anunciaram que o o gover–
no vai pagar R$ 10,1 milhões em
bolsas de estudos de mestrado, dou–
torado e pós-doutorado na área de
Segurança Pública e Ciências
Forenses.
já existentes na Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes) possam ins–
crever os projetos.
"Aqui nós temos uma parceira
em que o Ministério da Justiça e
Segurança Pública disponibilizou
recursos para bolsas de estudo rela–
cionadas a essa área, além de colo–
carem a disposição os seus profis–
sionais para ajudar nas pesquisas,
e por outro lado o MEC coloca a
disposição sua estrutura educacio–
nal relacionada a estudos da área
de especialização, mestrado e dou–
torado para fomentar estudos no
âmbito da segurança pública", dis–
se Moro.
ção, AbrahamWeintraub, o núme–
ro de bolsas para mestrado, douto–
rado epós-doutorado vai depender
do número de projetos qualifica–
dos. Os valores são os mesmos das
bolsas de pesquisa já distribuídas
pela Capes.
As alegações finais apontam que a atividade do
grupo era voltada ao desvio de recursos arrecadados
pela concessionária Econorte e que seriam destinados
ao investimento emmelhorias e manutenção de rodo–
vias federais.
Para os procuradores da Lava Jato, os réus agiam
em prejuízo do interesse público e do patrimônio da
União, "gerando benefícios indevidos ao Grupo Triun–
fo e aos membros da organização criminosa, incluin–
do os agentes públicos destinatários da propina".
O valor será financiado pela
Secretaria Nacional de Segurança
Pública (R$ 6 milhões), pela Polí–
cia Federal (R$ 2,1 milhões) epela
Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior
(Capes)
(R$
2 milhões).
Segundo o Ministério da Edu–
cação, um edital será publicado nos
próximos 15 dias para que coorde–
nadores dos cursos de programas
Segundo o ministro da Educa-
"Os valores são os mesmos das
bolsas normais:
R$
1.500para mes–
trado, R$2.200 doutorado e
R$4.100 para pós-doutorado. O
processo é o mesmo, é qualificar
uma bolsa em qualquer outra área.
O que estamos criando é uma linha
nova de pesquisa para a área de
segurança pública, para que pes–
quisadores científicos da academia
vão buscar soluções para um pro–
blema", explicou Weintraub.
O MPF também pediu a condenação dos réus à
reparação dos danos causados pelos crimes investiga–
dos, no valor mínimo de R$ 126 milhões - que cor–
respondem ao valor da lavagem de dinheiro, além do
dinheiro de desvios da Econorte, no montante de
R$
31 milhões.
Além disso, os réus também podem ser multados,
o que é definido pela Justiça conforme critérios do
Código Penal.
e
Segundo MPF, prejuízo foi de quase
RS
5,5 bi.
e
Consórcio desclassificado da disputa pedia que caso fosse reconsiderado.
Operação Greenfield denuncia 29 ex-gestores
de fundos de pensão por gestão temerária
O força-tarefa da Operação Greenfield
no Ministério Público Federal (MPF) denun–
ciou, nesta quinta-feira (9), 29 ex-gestores
de fundos de pensão por gestão temerária.
De acordo com a denúncia, os ex-gesto–
res causaram prejuízo de R$ 5,5 bilhões aos
fundos de pensão Petros, dos funcionários
da Petrobras; Funcef, dos colaboradores da
Caixa Econômica Federal; Previ, dos fun–
cionários do Banco do Brasil; e Valia, dos
trabalhadores da Vale.
Entre os denunciados está Esteves Col–
nago, atual chefe da Assessoria Especial de
Relações Institucionais do Ministério da
Economia e ex-ministro do Planejamento.
Em resposta, ele informou estar à dis–
posição da força-tarefa e acrescentou que
todas as atividades foram desempenhadas
conforme o regimento interno e as normas
legais.
Outro denunciado foi Ricardo Flores,
ex-presidente da Previ. Ele também divul–
gou uma nota na qual disse que as decisões
foram tomadas com base em pareceres téc–
nicos.
Os procuradores denunciam que os ex–
gestores ignoraram os riscos dos investi–
mentos, as diretrizes do mercado financeiro,
do Conselho Monetário Nacional, dos regi–
mentos internos dos fundos, e não realiza–
ram estudos de viabilidade sobre os aportes.
Os crimes foram praticados entre 2011
e 2012 e consumados até 2016, quando ocor–
reram os últimos aportes no Fundo de Inves–
timentos e Participações (FIP) Sondas.
O FIP Sondas é um veículo de investi–
mento da empresa Sete Brasil Participações.
A Sete seria responsável pela construção de
sondas, unidades de perfuração, que viabi–
lizariam a exploração do pré-sal.
O MPF diz que a Sete Brasil surgiu após
a descoberta do pré-sal, em 2006, quando a
Petrobras verificou que não existiam uni–
dades de perfuração em quantidade sufi–
ciente para a demanda de exploração, e que
seria necessária outra empresa disposta a
assumir os riscos e construir as sondas, pois
a estatal já não estava em boas condições
financeiras.
Os procuradores afirmam que foi a
Petrobras quem procurou os fundos de pen–
são para que investissem no FIP Sondas,
com a aprovação do Governo Federal. A
Sete Brasil seria responsável pela constru–
ção de sete sondas, do total de 28. No entan–
to, acabou sendo contratada para a constru–
ção das 28.
Os aportes dos fundos de pensão na
empresa deveriam acontecer de 2011 a
2019. Mas, de acordo com a denúncia, por
má gestão dos fundos e da própria Sete Bra–
sil, os investimentos foram antecipados, sen–
do integralmente aportados em 2016, sem a
conclusão do projeto.
TSE rejeita recurso emantém prazo para novas
propostas em licitação de umas eletrônicas
O Tribunal SuperiorEleitoral (ISE) decidiu,
nesta quarta-feira (8), rejeitar um recurso liga–
do à licitação de novas umas eletrônicas. Com
a decisão, as empresas envolvidas na concor–
rência poderão apresentar novos modelos de
engenharia no prazo de oito dias úteis. A expec–
tativa é que os equipamentos sejam usados nas
próximas eleições municipais, em outubro.
A sessão foi convocada pela presidente do
tribunal, ministra Rosa Weber, em meio ao
recesso do Judiciário, depois que as duas pro–
postas apresentadas no certame foram desclas–
sificadas. Em 30 de dezembro, a ministra negou
liminar (decisão temporária) a uma delas, mas
decidiu levar o pedido de reconsideração ao ple–
nário da Corte.
Nesta quarta, a ministra Rosa Weber reafir–
mou que decidiu endossar os fundamentos das
áreas técnicas do TSE, que desclassificaram
ambas as concorrentes. Ela votou para que o
recurso sequer fosse julgado.
Caso a Corte decidisse analisar o recurso, a
ministra defendeu que o pedido fosse negado,
"no sentido de se oportunizar as duas licitantes
de um novo modelo de engenharia".
"Nós estamos literalmente correndo contra
o tempo. As férias não impedem a atuação do
tribunal. O TSE não está, em absoluto, para–
do", afirmou a ministra.
Além de Rosa Weber, os outros cinco
ministros presentes entenderam que o recurso
apresentado era inválido e não poderia ser ana–
lisado. Com a decisão, ambas as empresas con–
tinuam desclassificadas, mas fica mantido pra–
zo estabelecido pela ministra para o envio de
novas propostas.