

8
CADEIA
Desembargador manda ex-presidente da CPL da Alap cumprir mais 2 anos de prisão
Paulo Silva
Editaria de Política
O
desembargador João Lages, presiden–
te do Tribunal de Justiça do Amapá
(TJAP), em julgamento com data des–
ta sexta-feira (10), reformou decisão anterior
para determinar que Janiery Torres Everton,
ex-presidente da Comissão Permanente de
Licitação (CPL) da Assembleia Legislativa
do Amapá (ALAP), gestão do então deputado
Moisés Souza como presidente da Casa, cum–
pra pena de dois anos e oito meses de detenção
em regime aberto, além de multa de mais
R$1,7 milhão.
A decisão de Lages tem a ver com conde–
nação transitada em julgado nos autos da ação
penal originária 000980, de 2012, resultante
da Operação Eclésia deflagrada pelo Minis–
tério Público do Amapá (MP-AP) no âmbito
da Assembleia Legislativa. Torres foi conde-
8
POSSE
nado a mais de sete anos por fraude em lici–
tação que provocou um rombo de mais de
R$5 milhões aos cofres públicos.
Na decisão, o presidente do TJAP manda
dar ciência ao Juízo da Vara de Execuções
Penais para desarquivar o processo de exe–
cução penal distribuído no SEEU, bem como
para fiscalizá-la.
Em junho do ano passado, quando se
encontrava foragido, Janiery Torres foi preso
pela Equipe Captura da Polícia Civil do Ama–
pá. Ele foi localizado no bairro Renascer.
Quanto
à
pena de multa (R$ 1.783.409,00)
devida e não paga pelo condenado, o Minis–
tério Público já foi intimado nos autos da ação
penal para executá-la, sendo determinado que
se aguarde o prazo de 90 dias para a propo–
situra da ação, fim do qual, se inerte, seja
encaminhado ofício à Procuradoria da Fazen–
da Estadual para a respectiva cobrança.
Pedra Branca empossa novos conselheiros
tutelares
E
m cerimônia realizada na manhã
de hoje (10), foram empossados
cinco novos conselheiros tutelares
eleitos por meio de voto popular em Pedra
Branca do Amapari. Conduzido pelo Con–
selho Municipal dos Direitos da Criança e
do Adolescente (CMDCA), com o apoio
da Prefeitura, o momento contou com a
presença daprefeita Beth Pelaes, vereadores
e autoridades municipais, além de dezenas
de convidados.
Os novos conselheiros terão a missão
de garantir os direitos e deveres relativos
às crianças e adolescentes, para que sejam
preservados e pautados de acordo com o
Estatuto da Criança e Adolescente (ECA)
e legislações correlatas.
O mandato de cinco anos ocorrerá entre
2020 a 2025. Os cinco novos conselheiros
tutelares empossados são, Sidvan Lira dos
Santos, Marlon Douglas da Silva, Elma da
Conceição, Magno Barbosa de assunção e
Rubelina Apóstolo Santana.
O presidente do CMDCA Anginaldo
Almeida falou da importância dos órgãos
trabalharem em parceria para garantir os
direitos das crianças e adolescentes no
município. "Vocês estão recebendo uma
missão árdua e importantíssima para a
população, vamos trabalhar em conjunto
para que possamos auxiliar àqueles que
buscam o atendimento do conselho", decla–
rou.
Para a prefeita Beth Pelaes, a atuação
dos conselheiros tutelares é essencial na
sociedade, ela também reforçou o apoio da
gestão municipal no trabalho da entidade.
"Sigam firmes na missão de conduzir as
nossas crianças da melhor forma possível
e contem conosco para o que for preciso".
8
DECISÃO
Juíza diz que mandato dos conselheiros tutelares
de Santana está pronogado até nova eleição
Paulo Silva
Editaria de Política
A
juíza Larissa Antunes, titular
da Vara de Infância e da
Juventude da Comarca de
Santana, informou na manhã desta
sexta-feira (10), que a eleição para
escolha dos novos conselheiros tute–
lares de Santana ainda continua judi–
cializada. Porém, não haverá prejuí–
zo
à
sociedade porque os atuais con–
selheiros serão mantidos no cargo
até decisão final, considerando que
o município recorreu ao Tribunal de
Justiça do Amapá (TJAP).
A eleição, realizada no dia 6 de
outubro de 2019, foi suspensa por
decisão da juíza Larissa Noronha, a
pedido do Ministério Público Esta–
dual. De acordo com o MPE, houve
abusos do poder político e do poder
econômico no pleito, além de ausên–
cia de urnas em regiões populosas.
"Nesta decisão, tomamos a cau–
tela de que assegurar que o mandato
dos conselheiros tutelares que ter–
minaria na data de hoje (10), vai se
estender até que haja uma nova elei–
ção".
A juíza afirmou ainda que já
aconteceu uma primeira audiência
de conciliação no dia 6 de janeiro,
• 2030
no TJAP, onde o processo foi distri–
buído para o desembargador Carmo
Antônio de Souza. "Nessas audiên–
cias serão determinados os últimos
procedimentos para a escolha dos
novos conselheiros", finalizou a
magistrada. A próxima audiência de
conciliação está marcada para 14 de
janeiro.
No dia 19 de dezembro, o desem–
bargador Carmo Antônio deferiu
parcialmente a tutela requerida pelo
município de Santana para suspender
os efeitos, somente, da declaração
de nulidade do resultado da quarta
etapa da eleição ocorrida no dia 6 de
outubro de 2019 e, também, da deter–
minação de novo processo de esco–
lha dos membros do conselho tutelar
em 90 dias.
T JAP trabalha na adequação de ações aos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável da ONU
"
São desafios que todos nós devemos
enfrentar a partir de 2020, na realiza–
ção da justiça cada vez mais sintoni–
zada com os anseios contemporâneos da socie–
dade, e fortalecendo a unidade estratégica do
Poder Judiciário na contribuição para odesen–
volvimento global", declarou o desembarga–
dor-presidente João Lages.
A Agenda 2030 da ONU apresenta 17
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e
169 metas a serem atingidas no período de
2016 a 2030, relacionadas à efetivação dos
direitos humanos epromoção do desenvolvi–
mento, que incorporam e dão continuidade aos
oito Objetivos de Desenvolvimento do Milê–
nio, a partir de subsídios construídos na Con–
ferência Rio+ 20.
Líderes de 193 Países, inclusive o Brasil,
assumiram compromisso com aAgenda 2030,
coordenadapelas Nações Unidas, por meio do
Programa das Nações Unidas para o Desen–
volvimento (PNUD).
Por meio da Portaria 133/2018, foi insti–
ruído no CNJ, oComitê lnterinstitucionaldes–
tinado aavaliar aintegração
das
metas do Poder
Judiciário
às
metas e indicadores dos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável (ODS),
Agenda 2030, e elaborar relatório de trabalho
com apoio de todos os tribunais do país, cuja
composição consta da Portaria CNJ 148/2018.
A efetiva implementação dos ODS no
âmbito da Justiça obedece a duas dimensões.
"A primeira delas está relacionada aos macro–
desafios do Poder Judiciário para 2021-2026,
entre os quais foi inserida a Promoção da
Sustentabilidade. A segunda dimensão é o
atendimento à Meta 9 do CNJ para 2020,
Integrar aAgenda 2030 ao Poder Judiciário,
realizando ações de prevenção ou desjudi–
cialização de litígios voltados aos ODS da
Agenda 2030, o que antecipa para este ano
a temática inserida nos macrodesafios",
explica o diretor da Assessoria de Planeja–
mento do TJAP, Rosywan Cantuária.