Previous Page  27 / 36 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 27 / 36 Next Page
Page Background

e

DIÁRIO DO AMAPÁ 9DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA 112E13 DE JANEIRO DE 2020

3

HeraldoAlmeida

Cult'Art

-

e

E-mail:heraldocalmeida@bol.com.br

9CARICATURA:

É

um desenho de uma personagem da vida real, tal

como políticos

e

artistas. Porém, a caricatura enfatiza

e

exagera as carac–

terísticas da pessoa de uma forma humorística, assim como em algumas

circunstâncias acentua gestos, vícios

e

hábitos particulares em cada indi–

víduo. Ser caricato

é

ser objeto de comicidade, ironia ou ter algo peculiar

na face ou no corpo, levados ao exagero,

à

sátira jocosa ou como crítica

de costumes. Historicamente a palavra caricatura vem do italiano carica–

re (carregar, no sentido de exagerar, aumentar algo em proporção).

''

Para pensar...

Meu coração tropical

Amanheceu batucando por você

Eu não sou anormal

Aqui do outro lado do Brasil

''

Editora Chefe: Ziulana Melo G Fone:99165-4286 G E-mail: diario-ap@uol.com.br

Osmar

Júnior

Público

8

Importância

8

Contratação

Saiba

o

que

é

cultura de massa

e

voltei

Ele retornapara assumir omicrofone número 1daescola mais querida do carnaval

amapaense, aalaranjada Piratas Estilizados, como um bom filho.

8Do0smar

amor,nãosesintaparanóico.Oqueédacameé dacame,oqueédoespíritoédoespírito"

8CarnaFunk

lnformações:98120·5055.

8

Merecida Homenagem

Aexpressão "Cultura de Massa", posteriormente trocada por "indús–

tria cultural", é aquela criada com um objetivo especifico, atingir a

massa popular, maioria no interior de uma população, transcendendo,

assim, toda e qualquer distinção de natureza social, étnica, etária,

sexual ou psíquica. Todo esse conteúdo édisseminado por meio dosveí–

culosde comunicação de massa.

submergidassobodomínio da cultura de massa. Veículos como ocine–

ma, o rádio e a televisão, ganharam notório destaque e se dedicaram,

em grande parte, ahomogeneizar os padrões da cultura.

e

cantador

Como esta cultura é, na verdade, produto de uma atividade econô–

mica estruturada em larga escala, de estatura internacional, hoje glo–

bal, ela está vinculada, inevitavelmente, ao poderoso capitalismo indus–

trial efinanceiro. Aserviço deste sistema, ela oprime incessantemen–

te as demais culturas, valorizando tão somente os gostos culturais da

massa.

8

Núcleo de Arte

Antesdo advento da cultura de massa, havia diversasconfigurações

culturais- apopular, em contraposição àerudita; anacional, que entre–

tecia aidentidade de uma população; acultura no sentido geral, defi–

nida como um conglomerado histórico de valores estéticos e morais;

eoutras tantasculturas que produziam diversificadasidentidadespopu–

lares.

Mas, com onascimento do século

XX

e, com ele, dosnovos meios

de comunicação, estas modalidades culturais ficaram completamente

Esta cultura é hipnotizante, entorpecente, indutiva. Ela é introje–

tada no ser humano de tal forma, que se torna quase inevitável oseu

consumo, principalmente se amassa não tem o seu olhar e a sua sen–

sibilidade educados de forma apropriada, e o acesso indispensável à

multiplicidade cultural epedagógica. (Ana Lúcia Santana).

NilsonMQntoril

~01sasnossas

Ambores de asfalto em chamas

O

Contador Pauxy Gentil Nunes, quarto governa–

dor do Território Federal do Amapá, iniciou sua

gestão administrativa quando ainda era muito

presente a lembrança e os efeitos do acidente aéreo, ocor–

rido no dia 21 de janeiro de 1958, na vila Carmo do

Macacoary, que ceifou as vidas do Deputado Federal

Coaracy Gentil Monteiro Nunes, Suplente Hildemar

Pimentel Maia e do piloto Hamilton Henrique da Silva.

Antes dele, o cargo era ocupado pelo médico Amilcar da

Silva Pereira, que substituira o Coronel Janary Gentil

Nunes, guindado para a Presidência da Petrobrás. No

período de 2 de fevereiro de 1956 a 14 de fevereiro de

1958, Pauxy Nunes atuou como Secretário Geral da

administração territorial.

O cargo equivalia ao de vice-governador. Com a saí–

da de AmilcarPereira, para canditar-se ao cargo de Depu–

tado Federal, o PresidenteJuscelino Kubitschek efetivou

Pauxy Nunes como governador a contar da ultima data

supra mencionada, e, na mesma data nomeou o Promo–

tor Público João Telles como Secretário Geral. Entre

fevereiro de 1958 a 17 de fevereiro de 1961, o clima

político foi tenso, haja vista, que Pauxy Nunes revelou

acentuada intempestividade e hostilidade em relação aos

adversários políticos filiados ao Partido Trabalhista Bra–

sileiro. João Teles conservou sua "mineirice" e tentou

conter o temperamento explosivo do parceiro. Sobeja–

mente conhecido como devotado desportista na região

''

Os tambores fechados

eram

arremessados ao

ar

com

sucessivas

explosões.

A

situação só

começou

a

ser

controlada, quando

o

Corpo

de

VolUJJtários

de

Defesa

de lllcêndios,

conhecido

como

CVDCI,

pertencente

à

ICOMI

chegou ao

local

do

sinistro.

Escritor - Nilson Montoril

amazônica, principalmente no Pará e no Amapá, Pau–

xy

Nunes ganhou a alcunha de "Caudilho do Norte". Sua

atuação como gestor público não foi das piores. A ele,

a cidade de Macapá deve o traçado de ruas e avenidas,

graças ao Plano Diretor da Administração Amapaense.

No inicio do ano de 1960, ogoverno tenitorial adqui–

riu um lote de tambores de piche destinado ao asfalta–

mento das principais vias públicas de Macapá. O capea–

mento de ruas e avenidas utilizaria o processo alto–

selante, que, em 1963, a Indústria e Comércio de Miné–

rios S.A. tinha realizado nas travessas da Vila Amazo–

nas, Vila da Serra do Navio e do Escritório Central. O

processo consistia em jogaro piche sobre a terra,cobrin–

do-o com areia. Isso exigia um bom tempo para o piche

absorvesse a areia e a mistura secasse. O período inver–

noso não era propicio para um trabalho dessa natureza,

por isso, os tambores foram colocados atrás da Forta–

leza de São José, prúximo ao baluarte de Nossa Senho–

ra da Conceição.

O tempo passou, o mato cresceu em volta dos tam–

bores e a estiagem presente a partir de setembro pro–

vocou o vazamento do material de fácil combustão. Na

noite de 24 de setembro de 1960, um incêndio de gra–

ves proporções irrompeu no local. A sirena da Usina

de Força e Luz, situada na Av. General Gurjão foi liga–

da e o povo ganhou as ruas. O fogo, certamente ateado

no capinzal por algum sujeito de má índole atingiu o

piche derramado no solo e se expandiu.

Os tambores fechados eram arremessados ao ar com

sucessivas explosões.A situação só começou a ser con–

trolada, quando o Corpo de Voluntários de Defesa de

Incêndios, conhecido como CVDCI, pertencente

à

ICO–

MI chegou ao local do sinistro. A unidade de Santana

utilizou um caminhão-bomba com capacidade para qua–

tro mil linus d'água, extintores de carga especial e outros

dispositivos inexistentes em Macapá. Os bombeiros

voluntários da ICOMI integravam duas unidades, em

Santana e Serra do Navio, cada uma delas com 42

homens, todos funcionários da empresa mineradora.

Bem treinados e agindo com muita cautela, não demo–

raram a eliminar o fogo. Mereceu reconhecimento espe–

cial da ICOMI o funcionário Hilkias Alves de Araújo,

chapa 5499, que, usando roupa adequada subiu nos tam–

bores ainda livres das chamas, para despejar água no

interior deles. Sem os vedadores das tampas, e, conse–

qüentemente, sem gás represado, o piche não iria explo–

dir. Em maior número, os demais membros da CVDCI

faziam jorrar muita água sobre os tambores incande–

centes.

A cidade de Macapá, que passou maus momentos

com pavorosos incêndios, em 1960 ainda não tinha um

grupamento de bombeiros regulamentado e aparelhado.

Com muita limitação, a Guarda Territorial se virava

para apagá-los.