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DIÁRIO DO AMAPÁ 9DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA 112E13 DE JANEIRO DE 2020
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HeraldoAlmeida
Cult'Art
-
e
E-mail:heraldocalmeida@bol.com.br
9CARICATURA:
É
um desenho de uma personagem da vida real, tal
como políticos
e
artistas. Porém, a caricatura enfatiza
e
exagera as carac–
terísticas da pessoa de uma forma humorística, assim como em algumas
circunstâncias acentua gestos, vícios
e
hábitos particulares em cada indi–
víduo. Ser caricato
é
ser objeto de comicidade, ironia ou ter algo peculiar
na face ou no corpo, levados ao exagero,
à
sátira jocosa ou como crítica
de costumes. Historicamente a palavra caricatura vem do italiano carica–
re (carregar, no sentido de exagerar, aumentar algo em proporção).
''
Para pensar...
Meu coração tropical
Amanheceu batucando por você
Eu não sou anormal
Aqui do outro lado do Brasil
''
Editora Chefe: Ziulana Melo G Fone:99165-4286 G E-mail: diario-ap@uol.com.br
Osmar
Júnior
Público
8
Importância
8
Contratação
Saiba
o
que
é
cultura de massa
e
voltei
Ele retornapara assumir omicrofone número 1daescola mais querida do carnaval
amapaense, aalaranjada Piratas Estilizados, como um bom filho.
8Do0smar
amor,nãosesintaparanóico.Oqueédacameé dacame,oqueédoespíritoédoespírito"
8CarnaFunk
lnformações:98120·5055.
8
Merecida Homenagem
Aexpressão "Cultura de Massa", posteriormente trocada por "indús–
tria cultural", é aquela criada com um objetivo especifico, atingir a
massa popular, maioria no interior de uma população, transcendendo,
assim, toda e qualquer distinção de natureza social, étnica, etária,
sexual ou psíquica. Todo esse conteúdo édisseminado por meio dosveí–
culosde comunicação de massa.
submergidassobodomínio da cultura de massa. Veículos como ocine–
ma, o rádio e a televisão, ganharam notório destaque e se dedicaram,
em grande parte, ahomogeneizar os padrões da cultura.
e
cantador
Como esta cultura é, na verdade, produto de uma atividade econô–
mica estruturada em larga escala, de estatura internacional, hoje glo–
bal, ela está vinculada, inevitavelmente, ao poderoso capitalismo indus–
trial efinanceiro. Aserviço deste sistema, ela oprime incessantemen–
te as demais culturas, valorizando tão somente os gostos culturais da
massa.
8
Núcleo de Arte
Antesdo advento da cultura de massa, havia diversasconfigurações
culturais- apopular, em contraposição àerudita; anacional, que entre–
tecia aidentidade de uma população; acultura no sentido geral, defi–
nida como um conglomerado histórico de valores estéticos e morais;
eoutras tantasculturas que produziam diversificadasidentidadespopu–
lares.
Mas, com onascimento do século
XX
e, com ele, dosnovos meios
de comunicação, estas modalidades culturais ficaram completamente
Esta cultura é hipnotizante, entorpecente, indutiva. Ela é introje–
tada no ser humano de tal forma, que se torna quase inevitável oseu
consumo, principalmente se amassa não tem o seu olhar e a sua sen–
sibilidade educados de forma apropriada, e o acesso indispensável à
multiplicidade cultural epedagógica. (Ana Lúcia Santana).
NilsonMQntoril
~01sasnossas
Ambores de asfalto em chamas
O
Contador Pauxy Gentil Nunes, quarto governa–
dor do Território Federal do Amapá, iniciou sua
gestão administrativa quando ainda era muito
presente a lembrança e os efeitos do acidente aéreo, ocor–
rido no dia 21 de janeiro de 1958, na vila Carmo do
Macacoary, que ceifou as vidas do Deputado Federal
Coaracy Gentil Monteiro Nunes, Suplente Hildemar
Pimentel Maia e do piloto Hamilton Henrique da Silva.
Antes dele, o cargo era ocupado pelo médico Amilcar da
Silva Pereira, que substituira o Coronel Janary Gentil
Nunes, guindado para a Presidência da Petrobrás. No
período de 2 de fevereiro de 1956 a 14 de fevereiro de
1958, Pauxy Nunes atuou como Secretário Geral da
administração territorial.
O cargo equivalia ao de vice-governador. Com a saí–
da de AmilcarPereira, para canditar-se ao cargo de Depu–
tado Federal, o PresidenteJuscelino Kubitschek efetivou
Pauxy Nunes como governador a contar da ultima data
supra mencionada, e, na mesma data nomeou o Promo–
tor Público João Telles como Secretário Geral. Entre
fevereiro de 1958 a 17 de fevereiro de 1961, o clima
político foi tenso, haja vista, que Pauxy Nunes revelou
acentuada intempestividade e hostilidade em relação aos
adversários políticos filiados ao Partido Trabalhista Bra–
sileiro. João Teles conservou sua "mineirice" e tentou
conter o temperamento explosivo do parceiro. Sobeja–
mente conhecido como devotado desportista na região
''
Os tambores fechados
eram
arremessados ao
ar
com
sucessivas
explosões.
A
situação só
começou
a
ser
controlada, quando
o
Corpo
de
VolUJJtários
de
Defesa
de lllcêndios,
conhecido
como
CVDCI,
pertencente
à
ICOMI
chegou ao
local
do
sinistro.
Escritor - Nilson Montoril
amazônica, principalmente no Pará e no Amapá, Pau–
xy
Nunes ganhou a alcunha de "Caudilho do Norte". Sua
atuação como gestor público não foi das piores. A ele,
a cidade de Macapá deve o traçado de ruas e avenidas,
graças ao Plano Diretor da Administração Amapaense.
No inicio do ano de 1960, ogoverno tenitorial adqui–
riu um lote de tambores de piche destinado ao asfalta–
mento das principais vias públicas de Macapá. O capea–
mento de ruas e avenidas utilizaria o processo alto–
selante, que, em 1963, a Indústria e Comércio de Miné–
rios S.A. tinha realizado nas travessas da Vila Amazo–
nas, Vila da Serra do Navio e do Escritório Central. O
processo consistia em jogaro piche sobre a terra,cobrin–
do-o com areia. Isso exigia um bom tempo para o piche
absorvesse a areia e a mistura secasse. O período inver–
noso não era propicio para um trabalho dessa natureza,
por isso, os tambores foram colocados atrás da Forta–
leza de São José, prúximo ao baluarte de Nossa Senho–
ra da Conceição.
O tempo passou, o mato cresceu em volta dos tam–
bores e a estiagem presente a partir de setembro pro–
vocou o vazamento do material de fácil combustão. Na
noite de 24 de setembro de 1960, um incêndio de gra–
ves proporções irrompeu no local. A sirena da Usina
de Força e Luz, situada na Av. General Gurjão foi liga–
da e o povo ganhou as ruas. O fogo, certamente ateado
no capinzal por algum sujeito de má índole atingiu o
piche derramado no solo e se expandiu.
Os tambores fechados eram arremessados ao ar com
sucessivas explosões.A situação só começou a ser con–
trolada, quando o Corpo de Voluntários de Defesa de
Incêndios, conhecido como CVDCI, pertencente
à
ICO–
MI chegou ao local do sinistro. A unidade de Santana
utilizou um caminhão-bomba com capacidade para qua–
tro mil linus d'água, extintores de carga especial e outros
dispositivos inexistentes em Macapá. Os bombeiros
voluntários da ICOMI integravam duas unidades, em
Santana e Serra do Navio, cada uma delas com 42
homens, todos funcionários da empresa mineradora.
Bem treinados e agindo com muita cautela, não demo–
raram a eliminar o fogo. Mereceu reconhecimento espe–
cial da ICOMI o funcionário Hilkias Alves de Araújo,
chapa 5499, que, usando roupa adequada subiu nos tam–
bores ainda livres das chamas, para despejar água no
interior deles. Sem os vedadores das tampas, e, conse–
qüentemente, sem gás represado, o piche não iria explo–
dir. Em maior número, os demais membros da CVDCI
faziam jorrar muita água sobre os tambores incande–
centes.
A cidade de Macapá, que passou maus momentos
com pavorosos incêndios, em 1960 ainda não tinha um
grupamento de bombeiros regulamentado e aparelhado.
Com muita limitação, a Guarda Territorial se virava
para apagá-los.