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GDIÁRIO DO AMAPÁ GQUINTA-FEIRA 116 DE JANEIRO DE 2020
PolíticaNacional
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Editora Chefe: Ziulana Melo 8 Fone:
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PRESIDENTE
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DefendequeICMS sejacobradona refinariaenão em cima dopreçocobradono postodegasolina
Governo estuda mudar forma de cobrança de imposto
sobre combustíveis para baratear preço, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira
(15) que apresentou ao ministro de Minas e Energia, Bento
Albuquerque, uma proposta para alterar a forma da cobrança
do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) dos combustíveis.
O ICMS é um imposto estadual, cobrando sobre venda de
produtos. As tarifas variam de acordo com as mercadorias.
Alterações no modelo dependem de aprovação no Congres-
so.
Atualmente, o ICMS é cobrado no momento da venda do
combustível no posto de gasolina. Para Bolsonaro, a cobran–
ça deve ser feita no valor do combustível vendido na refina–
ria. Bolsonaro destacou que, com a mudança, o consumidor
sentiria na bomba as reduções feitas pela Petrobras no preço
dos combustíveis.
Na explicação do presidente, isso ocorreriaporque o valor
do produto na refinaria é menor.
/,
"Apresentei urna proposta que vai ser estudada na ques–
tão do ICMS'', disse. "Hoje em dia o ICMS é cobrado em
cima do preço final da bomba. Em tomo de R$
5
o preço do
combustível, então emmédia 30% (de ICMS), dá R$1,50. Se
cobrar na refinaria, opreço da refinaria está emR$ 2, teria que
ser cobrado 75% para equilibrar. Mas nós queremos mostrar
que a responsabilidade final do preço não é só do governo
federal", afirmou o presidente após se reunir com o ministro
Bento Albuquerque.
Bolsonaro afirmou que, se o Ministério
da
Economia enten–
der que a proposta é positiva, o governo vai levar a ideia adian–
te. "Vamos arredondar os números aqui".
A alteração de impostos e tributos será discutida no Con–
gresso a partir da volta do recesso parlamentar, em fevereiro,
na tramitação da reforma tributária. Mudanças no ICMS, no
entanto, são um tema delicado politicamente, porque poderiam
afetar as arrecadações dos estados.
Moro quer 'corrigir'
juiz
de garantias; Câmara
discute
limite
amagistrado de
tª
instância
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo na qual
trata dos seus planos para 2020, o ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou esperar um
posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) ou
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)- ambos presidi–
dos pelo ministro Dias Toffoli - para que se resolvam o
que definiu como "problemas técnicos graves" da figura
do juiz de garantias.
Em seu título principal, OEstado de S.Paulo lembra
que a criação do posto jurídico do juiz de garantias, que
visa evitar parcialidade nos processos, foi proposta pelo
Congresso, e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro,
como adendo ao pacote anticrime de Moro. "Muitas ques–
tões ficaram indefinidas.
É
indicativo de que faltou deba–
te, apesar de a Câmara ter sido alertada. Espero que o
STF ou o CNJ possam corrigir esses problemas", disse
Moro.
Mesmo com a esperança de um "freio" por parte do
STF ou do CNJ, para o ex-juiz federal a"melhor solução"
seria que algumas questões sobre o tema fossem debati–
das no âmbito do projeto do novo Código Processual
Penal, em tramitação no Congresso Nacional.
O Estadão lembra ainda que a inserção do juiz de
garantias, medida agora apelidada de "antiMoro", não é
o único revés sofrido pelo ministro da Justiça em seu pri–
meiro ano no primeiro escalão do Executivo Federal. Em
2019, houve a transferência do Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf) para a pasta de Economia,
além de seguidas alterações no projeto de abuso de auto–
ridade.
"Sempre que se envia um projeto de lei, há a possibi–
lidade de que seja rejeitado total ou em parte", afirma
Moro. Segundo o matutino paulista, Moro pretende usar
o capital político de ministro mais popular do governo
Bolsonaro para tentar reverter, com o auxílio do Con–
gresso, derrotas também causadas por decisões do Judi–
ciário, como a questão da prisão em segunda instância.
"Moro espera que STF corrija 'falhas' no juiz de garan–
tias", sublinha a manchete do Estadão.
Juiz de garantias: Corregedor elogia decisão de Toffoli que dá mais prazo para análise da medida
O corregedor nacional de Justiça e coor–
denador do grupo de trabalho sobre aimpl..–
mentação do juiz de garantias, ministro
Humberto Martins, avaliou como acertada
a decisão de conceder mais prazo para ava–
liação da nova figura jurídica.
"Com mais tempo para nos debruçar–
mos sobre a melhor forma de implementar
a Lei 13.964/2019, melhor será o planeja–
mento. A efetivação da norma não é algo tri–
vial e o ministro [Dias] Toffoli acerta ao
priorizar a qualidade do estudo, em detri–
mento do tempo", disse Humberto Martins
em nota.
Nesta quarta-feira (15) oministro Dias
Toffoli, presidente do Supremo Tribunal
Federal (STF) e do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), decidiu por adiar a impl..–
mentação do juiz de garantias por seis
meses.
Toffoli concedeu uma decisão liminar
em ações que questionam a medida, aten–
dendo parcialmente a pedidos. O caso ain–
da passará pelo julgamento do plenário do
STF.
Com isso, o grupo de trabalho criado no
CNJ sobre o tema também será prorrogado,
como adiantou o blog na semana passada.
A conclusão das atividades do grupo
estava prevista para esta quarta-feira (15),
mas, com a decisão liminar de Toffoli, o
prazo foi prorrogado para odia 29 de fev..–
reiro.
A equipe do grupo de trabalho, forma–
da por outros sete magistrados e conselhei–
ros, recebeu com alívio a decisão, segundo
informado ao blog, já que o tema tem gera–
do muitos embates.
Parcialidade
A figura do juiz de garantias, que visa
evitar eventual parcialidades nos proces–
sos, acabou incluída pelo Congresso Nacio–
nal como adendo ao pacote anticrime.
Ao sancionar, com 25 vetos, o conjun–
to de medidas que toma o processo penal e
a legislação contra crimes mais rigorosos,
o presidente Jair Bolsonaro manteve o tre–
cho que criou a figura jurídica nos tribu–
nais.
A ideia de implementar outro magis–
trado para fiscalizar os atos do titular da
comarca, e até dividir as tarefas, foi diver–
sas vezes criticada publicamente por Moro.
Recentemente, Moro afirmou esperar
um posicionamento do Supremo Tribunal
Federal (STF) ou do CNJ - ambos presidi–
dos pelo ministro Dias Toffoli-para que se
resolvam o que definiu como "problemas
técnicos graves" da figura do juiz de garan–
tia no Brasil.
Guedes
prom~e
envio de reformas em
f
ever!ro; crise fiscal
enco~e seni~os
de saúde no país
''
Aproposta para a
área administrativa,
por
Em seu título principal, O
Estado de S.Paulo informa que o
ministro da Economia, Paulo
Guedes, pretende retomar a agen–
da de reformas do governo no
próximo mês.
A proposta para a área admi–
nistrativa, por exemplo, que
havia sido suspensa pelo presi–
dente Jair Bolsonaro no final de
2019, deverá ser encaminhada
à
Câmara em fevereiro.
A reforma administrativa pre–
vê pontos polêmicos como o fim
da estabilidade para novos servi-
dores, redução do número de fun–
ções (das atuais 180 para aproxi–
madamente 30), criação de um
sistema de avaliação do funcio–
nalismo e ampliação da diferen–
ça entre os salários pagos no iní–
cio e no final da carreira.
"O presidente continua com–
prometido com as reformas. Uma
coisa é otiming político, outra éo
conteúdo das reformas", afirmou
Guedes ao matutino paulista.
Segundo o jornai, o plano de
reforma tributária também deve
ser entregue quase que simulta-
neamente com a administrativa.
O Estadão informa que o minis–
tro já negociou para que o tema
seja analisado por comissão mis–
ta no Congresso.
"O presidente deu algumas
sugestões e Rodrigo Maia (pre–
sidente da Câmara) e Davi Alco–
lumbre (Senado) também deram
as suas. Isso está sendo conduzi–
do em conjunto. Em vez de man–
dar uma versão das reformas com
muita potência e depois o negó–
cio ser esfacelado, a calibragem
está sendo feita antes", comple–
ta o ministro.
exemplo,
que
havia
sido
suspensa
pelo presidente
Jair Bolsonaro no final de
2019,
deverá ser
encaminhada
à
Câmara em fevereiro.
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Trecho
do
texto
Areformaadministrativaprevê
pontos polêmicos
comoofim daestabilidade para novosservidores, redução do númerode
funções(das atuais 180 paraaproximadamente 30)