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GDIÁRIO DO AMAPÁ GTERÇA-FEIRA 1
21
DE JANEIRO DE 2020
PolíticaNacional
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Editora Chefe: Ziulana Melo 8 Fone:
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ATOS
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Pedido ainda não foienviado àJustiça eserá analisado dentro do Ministério Público.
Procuradoria do MPF defende anulação dos
atos de Roberto Alvim na Secretaria de Cultura
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC),
que integra o Ministério Público Federal, divulgou documento
nesta segunda-feira (20) em que defende a anulação de todos
os atos de Roberto Alvim à frente da Secretaria Especial de
Cultura do governo federal.
A representação também pede que Alvim seja responsa–
bilizado, nas esferas administrativa e criminal, pelo vídeo com
referências estéticas e discurso semelhante ao do ministro da
Propaganda de Adolf Hitler, Joseph Goebbels. O vídeo foi
divulgado na noite de quinta (16), eAlvim, demitido pelo pre–
sidente Bolsonaro na sexta (17).
O documento será analisado pela Procuradoria da Repú–
blica do Distrito Federal, que vai decidir se encaminha as
ações
à
Justiça. No documento, a PFDC não aponta quais cri–
mes poderiam ser indicados na ação judicial, mas cita prece–
dente do Supremo Tribunal Federal (STF) qne eqniparou a apo-
logia ao nazismo ao crime de racismo, que é imprescritível.
A procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah
Duprat, afirma na representação que os processos tomariam
evidente "que não há espaço, no Estado brasileiro, para fler–
tes com regimes autoritários que fizeram da superioridade
racial política de governo".
Prêmio das Artes
O vídeo divulgado por Roberto Alvim e com referências
à
estética nazista tratava do lançamento do Prêmio Nacional
de Artes, que promete distribuir mais de
R$
20 milhões para
patrocinar produções inéditas em cultura. Até esta segunda
(20), o edital ainda não tinha sido publicado.
Na representação, a Procuradoria Federal dos Direitos do
Cidadão também defende que esse edital seja anulado, assim
como as nomeações de equipe que tiverem sido assinadas
pelo então secretário.
Justiça aceita denúncia, e29
ex·gestores
de
fundos
de pensão
viram
réus na
Greenfield
O juiz Vallisney de Oliveira, da 10' Vara da Justiça
Federal, em Brasília, acolheu denúncia do Ministério Públi–
co e tomou réus 29 ex-gestores de fundos de pensão por
gestão temerária. Eles tinham sido denunciados pelo Minis–
tério Público Federal (MPF) no último dia 9, e não há data
prevista para julgamento.
De acordo com o MPF, os ex-gestores causaram pre–
juízo de R$ 5,5 bilhões aos fundos de pensão Petros, dos
funcionários da Petrobras; Funcef, dos colaboradores da
Caixa Econômica Federal; Previ, dos funcionários do Ban–
co do Brasil; e Valia, dos trabalhadores da Vale.
Ao acolher a denúncia, o magistrado afirmou que o
Ministério Público apresentou "vasto material probatório
contra todos os denunciados no delito de gestão temerá–
ria".
"O MPF produziu e apresentou a este Juízo peça acu–
satória formalmente apta, acompanhada de vasto material
probatório, contendo a descrição pormenorizada contra
todos os denunciados (então dirigentes, conselheiros e res–
ponsáveis pelos investimentos no âmbito da Petros, Fun–
cef, Previ e Valia), como incursos no delito de gestão teme–
rária pela constituição e aportes ao FIP Sondas, entre os
anos de 2011e2016", diz Vallisney.
Entre os réus está Esteves Colnago, atual chefe da
Assessoria Especial de Relações Institucionais do Minis–
tério da Economia e ex-ministro do Planejamento. Col–
nago nega irregularidades.
Em nota divulgada quando a denúncia foi apresenta–
da, no último dia 9, ele informou estar
à
disposição da for–
ça-tarefa e acrescentou que todas as atividades foram
desempenhadas conforme o regimento interno e as normas
legais.
Denúncia
Os procuradores denunciam que os ex-gestores igno–
raram os riscos dos investimentos, as diretrizes do mercado
financeiro, do Conselho Monetário Nacional, dos regi–
mentos internos dos fundos, e não realizaram estudos de
viabilidade sobre os aportes.De acordo com o MPF, os
crimes foram praticados entre 2011 e 2012 e consumados
até 2016, quando ocorreram os últimos aportes no Fundo
de Investimentos e Participações (FIP) Sondas.
Salles receberá ONG após relatório que aponta 'carta branca' do governo acrimes ambientais
O ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, marcou com represen–
tantes da ONG internacional Human
Rights Watch.
É
a primeira vez que o
ministro receberá a organização.
A reunião com Salles foi um pedido
da Human Rights, segundo a ONG infor–
mou ao blog. Procurado pela reporta–
gem, o ministro confirmou a agenda na
próxima segunda-feira.
A reunião acontecerá uma semana
após o relatório anual da Human Rights
Watch dizer que o governo Bolsonaro
enfraquece agências ambientais e reduz
a fiscalização na Amazônia.
O documento foi divulgado na últi–
ma quarta-feira (15) e analisa a situa-
A Procuradoria Geral da Repú–
blica (PGR) informou nesta segun–
da-feira (20) ter arquivado em
julho do ano passado uma investi–
gação criminal que apurava supos–
tas "interferências indevidas" por
parte do presidente Jair Bolsona–
ro, do presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, e do ministro da
Saúde, Luiz Henrique Mandetta,
na aprovação da reforma da Previ–
dência Social.
Conforme a PGR, o arquiva–
mento foi determinado pela então
procuradora-geral, Raquel Dodge,
porque as informações fornecidas
sobre o caso eram "insuficientes
ção dos direitos humanos no mundo. No
relatório, a ONG internacional repete
que políticas do governo do presidente
Jair Bo lsonaro "deram carta branca a
redes criminosas" na área ambiental.
Ao blog, a diretora da HRW no Bra–
sil, Maria Laura Canineu, disse que vai
apresentar o relatório ao ministro para
saber quais medidas serão tomadas.
"Fomos muito críticos sobre as polí–
ticas ambientais desse governo, desde o
enfraquecimento das agências de prote–
ção ambiental, aos cortes de orçamento,
e inclusive ataques a defensores da flo–
resta (indígenas, moradores de comuni–
dades locais, e até agentes públicos)",
afirma Canineu.
A diretora explica que o objetivo é
ouvir Salles sobre tais questões e ques–
tioná-lo sobre que medidas ele tomará
para reduzir o desmatamento para cum–
prir o Acordo de Paris.
"Até agora o Brasi l tá na direção
contrária. Enquanto os alertas de des–
matamento crescem em 85% no último
ano, até setembro do ano passado as
multas do lbama tinham reduzido em
25% até o mês que se tem dados, que é
setembro de 2019", cita Canineu.
O governo Bo lsonaro já fez diver–
sas críticas a ONGS. No fim de 2019,
por exemplo, o presidente acusou o
ator Leonardo DiCaprio e a ONG
WWF de financiarem queimadas cri–
minosas no Brasi l.
''
Arquivamento
aconteceu
em
julho,
mas
PGR informou
para instaurar investigação formal
na esfera criminal".
Ainda segundo a procuradoria,
o processo foi desmembrado. A
parte que apura suposta improbi–
dade administrativa foi remetida
à
primeira instância.
Na semana passada, o Diário
Eletrônico do Ministério Público
publicou uma portaria na qual
informou que, na primeira instân–
cia, já houve a abertura de um
inquérito civil para apurar as supos–
tas "interferências indevidas".
sobre os motivos da abertura do
inquérito, que está sob sigilo. O
inquérito tem prazo de um ano e
pode ser prorrogado.
Conforme a portaria, contudo,
a abertura atendeu a um pedido de
parlamentares do PSOL.
A reforma foi apresentada pelo
governo em fevereiro do ano pas–
sado e promulgada pelo Congres–
so no fim do ano.
decisão
somente nesta segunda (20). Processo cível
foi
encaminhado
à
1' instância,
e
inquérito
já
foi
aberto pelo MPF.
' '
Trecho
do
texto
Conforme aPGR, oarquivamento foi determinado pelaentão procuradora-geral,
Raquel Dodgel
Na portaria, não havia detalhes
Entre outros pontos, as novas
regras de aposentadoria preveem
idade mínima para homens (65
anos) e mulheres (62 anos).
porque as informações fornecidas sobre ocaso eram"insuficientes
para instaurar investigação formal na esfera criminal".