2
ODIÁRIO DO AMAPÁ OQUARTA-FEIRAI 08 DE JANEIRO DE 2020
Cidadesl
8 Fone:
99165-4286
8 E-mail: diario-ap@uol.com.br
MEMBROS
e
O CMLGBT
é
composto por dez membros titulares
Reunião define presidente evice do Conselho Municipal LGBT de Macapá
~I
A
conteceu durante o final de
semana, na SecretariaMuni–
cipal de Assistência Social
e do Trabalho (Semast), a reunião do
ConselhoMunicipal dos Direitos da
População de Lésbicas, Gays, Bis–
sexuais, Travestis e Transexuais
(CMLGBT) com o objetivo de deci–
dir sobre o regimento interno e ele–
gero presidente e vice. O CMLGBT
é composto por dez membros titula–
res e foi criado pelo prefeito Clécio
Luís com a sanção do Projeto de Lei
n" 2.375/2019.
Durante a reunião, foi feita a lei–
tura do regimento interno do conse–
lho e, após isso, modificações foram
feitas emincisos, parágrafos e artigos.
O conselho tem por função, por
exemplo, como descrito nos pará–
grafo I e VI do Artigo 2", respecti–
vamente, "participarda organização
de critérios e parâmetros de ação
8
HISTÓRIA
governamental que visem assegurar
as condições de igualdade
à
popula–
ção LGBT" e "propor e incentivar a
realização de campanhas destinadas
à
promoção da diversidade sexual,
dos direitos da população LGBT e o
enfrentamento
à
discriminação
LGBTfóbicas".
Depois de feitas as mudanças, foi
a vez de eleger o presidente e vice.
Os
eleitos foram Simone de Jesus e
Rodrigo Mergulhão para as respec–
tivas funções, para o período de
2020/2022.
"É
muito importante
quando nossos governantes traba–
lham as questões de direitos huma–
nos.
É
um marco tanto para a pre–
feitura, contemplando a nossa elei–
ção, quanto para mim", declarou
Simone de Jesus.
"Nosso Plano Municipal LGBT
é nosso carro-chefe. Acrescentare–
mos isso
às
políticas públicas do pre-
feito Clécio e trabalharemos juntos",
completou.
Rodrigo Mergulhão sente-se
satisfeito e otimista com os conse–
lheiros o terem escolhido para avice–
presidência. Ele pede que a popula–
ção apoie a causa do órgão. "Sinto–
me útil e feliz por fazer algo bom
para a sociedade LGBT amapaense,
que já sofre tanto.
A partir dessas decisões e delibe–
rações, tenhamos base para discutir,
conversar e orientar a população para
se unir e vir com a gente para essa
luta. Esse mandato não é só de uma
pessoa ou de duas, é da comunidade
LGBT, e quem ganha é a sociedade
civil. Todos os nossos atos delibera–
tivos são públicos e coletivos e ser–
viremos de apoio e ouvidos para
todos, em especial a população
LGBT, seja nahora de dar sugestões
ou cobrar direitos".
8
MACAPÁ
e
Santalnês
Ministério Público cobra segurança
ambiental, pessoal ematerial em trapiche
O
uso indevido, práticas abusivas de poluição sonora, aces–
so liberado para veículos e falta de fiscalização e segurança
nos trapiches de atracação de embarcação no bairro San–
ta Inês levou o Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio
da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente de Maca
pá,
a tomar
medidas judiciais. Uma Ação Civil Pública (ACP) foi ajuizada
tendo como objeto de tutela o governo do Amapá, pela omissão
enquanto responsável pela referida área portuária. O MP-AP
requerque o Estado adote medidas que garantam a segurança, uso
adequado e impeçam a poluição sonora.
A Promotoria de Meio Ambiente levou em consideração a uti–
lização do local por frequentadores de veículos automotores,
durante o período noturno até o amanhecer do dia seguinte, que
causam a poluição sonora e perturbação do sossego com o volu–
me dos equipamentos e gritos, consumo de bebidas alcoólicas e
outras atividades incompatíveis com o local.
Ainda de acordo com a ação, a ausência de sinalização, con–
trole de tráfego e fiscalização oportunizam que, nos momentos
de embarque e desembarque, veículos diversos e pessoas não
autorizadas circulem livremente entre passageiros, trabalhadores,
mercadorias e combustíveis, o que causam riscos ambientais,
físicos e materiais.
A instituição argumenta que o Estado do Amapá é o respon–
sável pela garantia do uso adequado dos trapiches, segurança
relacionada ao acesso e manobra de veículos sobre o píer, incên–
dio, explosão, prensagem, queda de pessoas e veículos na água
e impedimento de infrações como poluição sonora, medidas ine–
xistentes no local. O trapiche, localizado no bairro Santa Inês, é
a principal via de embarque e desembarque de passageiros e mer–
cadorias com destino, principalmente às ilhas do Pará, de impor–
tância econômica e social para os estados vizinhos e população
ribeirinha.
O MP-AP requer que a Justiça julgue procedente as seguin–
tes medidas efetivas para serem obedecidas pelo Estado: impe–
dir aentrada de pessoas e veículos alheios às atividades de embar–
que e desembarque; manter controle permanente de entrada e
saída de veículos que atuem na atividade; implantar, em 90 dias,
planos para casos de sinistros e acidentes; prevenção ou ação
para casos de poluição sonora ou infração ambiental; impedir
que a área do trapiche seja utilizada para práticas de poluição
sonora ou atividades distantes da função portuária.
Mercado Central mantém tradição dos banhos de ervas
Parceria entre governoeprefeitura
já
recuperou 6
km
de ruas eavenidas
B
anhos de cheiro, essências, perfu–
mes, velas, escapulários. ls.so e mui–
to mais podem ser encontrados no
novo Mercado Central, que será reinaugu–
rado ainda este mês, em Macapá. O espaço
mais tradicional de vendas da cidade tem
muitos produtos, tradição e cultura. O mer–
cado está sendo revitalizado com recursos
provenientes de emenda parlamentar do
senadorRandolfe Rodrigues, no valor de
R$
2,5 milhões, e mais
R$
1,2 milhão de con–
trapartida do Município.
Seu Luiz Carlos Carvalho da Silveira,
62 anos, dedica mais de 40 anos de suavida
ao mercado. Ele recebeu a loja de ervas do
pai, Martiniano da Silveira, que comerciali–
zavaprodutos na Cabana do Preto Velho. O
espaço é referência de material de umbanda
e ervas em Macapá.
"Me criei aqui no mercado. Assumi a
loja há mais de 40 anos e aqui já criei duas
filhas, netos e bisnetos. O movimento era
muito grande. De uns anosparacá, deuuma
decaída, mas estou confiante que, com a rei–
nauguração, isso melhore", acreditaseu Luiz.
A loja de ervas é pequena, mas tem de
"'
I
•
.i
tudo umpouco, como incensos, chás, semen–
tes, velas, escapulários, e os procurados
banhos de cheiro, perfumes egéis. "Noperío–
do em que meu pai veio para cá, ele era cri–
ticado, porque vendia as ervas, cascas depau
e tudo mais. Hoje, o pessoal procura muito,
especialmente para tratamentos naturais. No
fim de ano, então, aumenta muito as vendas
de incenso, banhos e perfumes".
Junto com seu Luiz, a dona Kleonice
Carvalho, 58 anos, também comercializa
ervas no mercado. Ela conta que, com o
empreendimento, criou os 7filhos, 20 netos
e 3bisnetos. Sempre alegre efalante, diz que
a venda é muito valorizada pelos turistas.
"Vem muitos turistas por aqui. Eles gostam
muito das essências e perfumes. Compram
vários para levar e dar de presente. Estamos
ansiosos com a reabertura do mercado e com
a chegada da freguesia", destaca.
OMercado Central éum dossímbolos
da
história da cidade. Foi inaugurado no dia 13
de setembro de 1953 pelo então governador
Janary Nunes e o prefeito Claudomiro de
Moraes. O espaço era uma obra gigantesca
para a épocae tinha como finalidade comer–
cializar produtos da roça, que eram desem–
barcados no Trapiche Eliezer Levy.
A reabertura do espaço será ainda este
mês, e contarácom ambiente comercial, cul–
tural e turístico de Macapá. Serão comer–
cializados alimentos, artesanato, artigos reli–
giosos, assim como café, chopp, sorvetes, e
serviços de barbearia, ervaria, relojoaria e
outros.
A
parceria entre o Governo do Estado
do Amapá e a Prefeitura Municipal
de Macapá já garantiu a recupera–
ção de 6 quilômetros de ruas e avenidas da
capital.
As obras são fruto de dois convênios fir–
mados entre Estado e Município, no valor de
R$
30 milhões, para execução de recapea-
menta asfáltico.
O valor foi repassado pelo Governo do
Estado para que o município execute as
obras de recuperação da malha asfáltica em
vias que recebem grande fluxo de veículos.
Na primeira etapa das obras foram exe–
cutados 6 quilômetros de asfalto, em 8 fren–
tes de trabalho.