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GDIÁRIO DO AMAPÁ GQUARTA-FEIRA 108 DE JANEIRO DE

2020

PolíticaNacional

1

Editora Chefe: Ziulana Melo 8 Fone:

99165-4286

8 E-mail: diario-ap@uol.com.br

OPINIÃO

8

Ataque dos Estados Unidos que matou um dos homens fortes do regime iraniano gerou tensão no Oriente Médio

Bolsonaro diz que Soleimani não era general eque impacto

de ataque sobre preço dos combustíveis não foi grande

O presidente Jair Bolsonaro disse que a tendência do pre–

ço do combustível no Brasil é se estabilizar, mesmo com a

tensão no Oriente Médio entre Estados Unidos e Irã.

Na noite da quinta-feira (2), um ataque norte-americano

nas proximidades do aeroporto de Bagdá, no Iraque, matou

o general iraniano Qassem Soleimani. O governo do Irã pro–

meteu retaliação e, em meio à escalada da tensão, o preço do

barril do petróleo teve forte alta na semana passada. Irã e Ira–

que estão entre os maiores produtores do mundo.

De acordo com Bolsonaro, os preços caíram desde a alta

inicial e, na opinião do presidente, o impacto do ataque no

mercado de petróleo não foi grande. Ele também disse que

Soleimani "não era general". O governo dos Estados Uni–

dos, ao qual o governo brasileiro é alinhado, chama Soleirnani

de terrorista. "Reconheço que o preço [dos combustíveis]

está alto na bomba. Graças a Deus, pelo que parece, a ques–

tão lá dos Estados Unidos e Iraque, do general lá que não é

general e perdeu a vida [Soleimani], não houve... O impac–

to não foi grande. Foi 5% passou para 3,5%. Não sei quanto

está hoje a diferença em relação ao dia do ataque. Mas a ten–

dência é estabilizar", afirmou o presidente na saída do Palá–

cio da Alvorada. O governo tem reuniões ao longo desta

segunda para tratar de eventuais impactos da crise sobre opre–

ço dos combustíveis no Brasil. Bolsonaro deve participar de

algumas dessas conversas.

Terrorismo

Na sexta-feira (3), após os ataques dos EUA, o Ministé–

rio das Relações Exteriores brasileiro divulgou uma nota em

que disse que apoia a "luta contra o flagelo do terrorismo".

Bolsonaro disse na saída do palácio que o conteúdo da nota

do ltarnaraty passou pela avaliação dele e que seu posicio–

namento, como presidente, não é "muito destoante" do divul–

gado pelo ministério.

Crise EUA·Irã: Itamaraty

diz

emnota que

apoia 'luta contrao fiagelo do tmorismo'

OMinistério das Relações Exteriores divulgouuma nota

na qual afirmou que apoia a "luta contra o flagelo do terro–

rismo".

A nota do ltamaraty foi divulgada um dia após oprinci–

pal general iraniano, Qassem Soleimani, ter sido morto em

um ataque ordenado pelo governo dos Estados Unidos.

Segundo opresidente Donald Trump, o ataque foi ord..–

nado para "parar" urna guerra, não para "começar".

"Ao tomar conhecimento das ações conduzidas pelos

EUA nos últimos dias no Iraque, o governo brasileiro mani–

festa seu apoio à luta contra o flagelo do terrorismo e reite–

ra que essa luta requer a cooperação de toda a comunidade

internacional sem que se busque qualquer justificativa ou

relativização para o terrorismo", afirmou o ltamaraty nesta

sexta-feira.

'Poderio bélico'

Na nota, o ministério não condenou a morte do general

iraniano, mas condenou um ataque à embaixada dos Esta–

dos Unidos em Bagdá (Iraque).

Mais cedo, nesta sexta, opresidente Jair Bolsonaro che–

gou adizer que o governo não se manifestaria sobre o assun–

to por não ter o "poderio bélico" dos Estados Unidos.

"Eu não tenho o poderio bélico que o americano tem

para opinar neste momento. Se tivesse, eu opinaria", afirmou

o presidente.

Efeitos da crise

Um dos efeitos da crise entre Estados Unidos e Irã foi o

aumento de 3,6% no preço do barril de petróleo, chegando

a US$ 68,60.

No Brasil, Bolsonaro afirmou que o governo não vai

interferir no preço dos combustíveis, mas que a alta é o que

"mais preocupa" neste momento.

Outro efeito provocado pela crise foi a queda no fecha–

mento das bolsas de valores internacionais.

Ministro diz que Brasil não reconhece resultado da eleição para oCongresso da Venezuela

O ministro das Relações Exteriores,

Ernesto Araújo, afirmou que oBrasilnão

reconhecerá o resultado para a Assem–

bleia Nacional da Venezuela.

Segundo ogoverno de Nicolás Madu–

ro, o deputado Luis Parra, pró-governo,

saiuvitorioso. Com

isso,

se tornou onovo

chefe do Poder Legislativo no país.

Principal líder oposicionista e auto–

proclamadopresidente da Venez:uela des–

de 2019, Juan Guaidó disse ter sido imp..–

dido de votar, eaoposição passou adizer

que houve um "golpe" na eleição.

"Em Caracas hoje, Maduro tenta

impedir, à força, votação legítima na

Assembleia Nacional ereeleição de Juan

Guaidó paraapresidência daAN [Assem–

bleia Nacional] e do governo interino,

crucial para a redemocratização do país.

Brasil não reconhecerá qualquer resulta-

do dessa violência e afronta à democra–

cia", publicou Ernesto Araújo neste

domingo.

O governo brasileiro reconhece Juan

Guaidó como presidente da Venezuela

desde janeiro do ano passado. Em feve–

reiro de 2019, opresidente Jair Bolsona–

ro o recebeu no Palácio do Planalto, em

Brasília.

A Venez:uela enfrentaurna crise polí–

tica, econômica esocial. Adversários polí–

ticos acusam o governo Maduro de per–

seguição; a inflação no país estava em

815.194% no ano passado; emilhares de

cidadãos têm fugido para outros países,

entre os quais o Brasil.

Reeleito presidente, Maduro se diz

alvo deperseguição eafirma que háurna

tentativa de golpe no país articuladapelos

Estados Unidos.

Bolsonaro diz que governo não vai interlerir no preço dos combustíveis

O presidente Jair Bolsonaro afir–

mou que o governo não vai interferir

no preço dos combustíveis diante do

aumento provocado pela crise entre

Estados Unidos e Irã.

Bolsonaro deu adeclaração ao con–

ceder uma entrevista em um hospital

em Brasília, onde visitou a primeira–

dama, Michelle Bolsonaro, submetida

a um procedimento cirúrgico estético

nesta semana.

Nesta quinta (2), o general irania–

no Qassem Soleirnanifoi morto emum

ataque ordenado pelo governo dos

Estados Unidos. Nesta sexta, com o

aumento da tensão entre os dois países,

o preço do barril do petróleo fechou

em alta de 3,6%, a US$ 68,60.

"Presidente, ese opreço do petró-

leo não parar?", indagou um jornalis–

ta aBolsonaro quando opresidente dei–

xava o hospital em Brasília.

"Se? Você começa com 'se'. 'Se',

tem que tomar providência. A Petro–

bras está se recuperando do que sofreu

nos últimos anos, em especial no

governo do PT", respondeu.

O repórter, em seguida, indagou a

Bolsonaro se o governo tomará algu–

ma providência caso opreço do petró–

leo continue aumentando.

O presidente, então, respondeu:

"Com toda certeza. Eu converso com

o almirante Bento [ministro de Minas

e Energia], com opresidente da Petro–

bras e com o Paulo Guedes [ministro

da Economia] e nós temos urna linha

de não interferir, mas acompanhar e

buscar soluções."

Segundo Bolsonaro, épreciso fazer

um "apelo" aos governadores. "Vamos

supor que aumente 20% o preço do

petróleo, vai aumentar 20% o ICMS,

não

para os governadores cederem

um pouco nisso também? Porque todo

mundo perde. Quando você mexe em

combustível, toda nossa economia é

afetada nesta questão", afirmou.

Reunião na próxima semana

De acordo com opresidente, have–

rá urna reunião com aequipe de gover–

no na próxima segunda-feira (6) para

discutir o assunto.

Ele afirmou que oaumento no pre–

ço do barril de petróleo é o que mais

preocupa neste momento.

''

Preço

do

barril

de

petróleo subiu

em

razão da crise

entre EUA

e

Irã, provocada pela

morte

de um

general. Segundo Bolsonaro,

uma reunião

será

feita

para

discutir assunto.

' '

Trecho do texto

Com oaumento da tensão entre os doispaíses,

o

pre~o

do petróleo fechou em altade 3,6%, aUS$ 68,60.