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O DIÁRIO DO AMAPÁ O SÁBADO 111 JANEIRO DE 2020

Geral

1

8 Fone:

99165-4286

8 E-mail: diario-ap@uol.com.br

AN

Ú

NC1O

8

Foi leito na Praça

Cí~ca

de Santana,na cerimôniade formatura dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental

Santanenses comemoram

Plano de Mobilidade Urbana

Programação de férias: teatro e

passeios turísticos são alternativas

OGoverno do Amapá avança com oPlano de Mobi–

lidade Urbana, o que tem cumprido a proposta de

melhorar a vida dos arnapaenses por meio dos inves–

timentos na infraestrutura viária dos municípios.

O momento parecia ser apenas de despedida, emoção, gra–

tidão e orgulho, mas, um anúncio que pegou a todos os pre–

sentes de surpresa, animou os 75 estudantes formandos do 9º

ano do ensino fundamental da Escola Estadual de Gestão Com–

partilhada Militar Professor Afonso Arinos de Melo Franco.

Eles vão poder permanecer na instituição, que, ainda neste ano

letivo de 2020, vai ofertar a 1

d

série do ensino médio.

A notícia foi comemorada pelos estudantes presentes à

cerimônia de formatura ocorrida na tarde desta sexta-feira, 10,

na Praça Cívica de Santana. A estudante Maria Eduarda Via–

na, 14 anos, vibrou com a novidade. Ela foi homenageada na

ocasião pelo 1ºlugar em desempenho intelectual e comporta–

mento exemplar no ano letivo de 2019. A jovem e os estu–

dantes Edson Macedo e Viviana Rodrigues, segundo e tercei-

OtonAlencar

,,--------

ro lugar, respectivamente, ganharam bicicletas e certificados

de honra.

Os estudantes marcharam e representaram todos os 105

alunos concluintes desta etapa da educação básica da escola

Afonso Arinos. O governador Waldez Góes esteve presente à

cerimônia e parabenizou o esforço de cada um. Ele frisou o

quanto a escola tem apresentado resultados positivos, como a

diminuição da evasão escolar, a redução da distorção idade

série, bem como a melhoria do comportamento no ambiente

escolar, social e familiar.

Os estudantes homenagearam a professora de história Cláu–

dia Serique dando o seu nome à turma de formandos. A edu–

cadora vai se aposentar após 30 anos dedicados à Educação,

sendo mais de 15 anos deles na escola Afonso Arinos.

Em Santana, por exemplo, a 2' etapa do projeto já

pavimentou cerca de 4 quilômetros. Até 2022, serão

recuperados 38 quilômetros de vias. Sobre esse traba–

lho, os próprios moradores da região contaram corno

a vida tem melhorado.

Contemplada pelo projeto, a vigilante Jaciclênia

Gomes, 40 anos, acompanhou de perto a pavimenta–

ção da Rua Damião da Cruz Barreto, onde mora há

mais de 8 anos.

Essa também é a primeira vez que a universitária

Carla Miranda, 25 anos, vê as ruas próximas da casa

dela sendo pavimentadas de forma completa. Para ela,

o serviço vai melhorar otráfego na região e facilitar o

acesso a serviços de transporte.

O serviço também está sendo realizado na Aveni–

da 15 de Novembro pela Secretaria de Estado de Trans–

porte do Amapá (Setrap). Nesse bairro, também foram

asfaltadas as ruas João Leite Coutinho e Walter Bar–

bosa de Araújo, além da avenida Rio Branco.

Para o pintor de carros Esrnael Brandão, 33 anos,

a preocupação maior era com os atoleiros causados

pelas chuvas. Agora, atão esperada pavimentação che–

gou na vida dele e de quem passa pelas vias do bairro.

No Paraíso, os serviços já foram finalizados. Ago–

ra, o trabalho segue em outros bairros para melhorar

vidas de mais santanenses.

O mecânico Roni Sanches 41 anos, sabe bem da

importância de ruas em boas condições para avida útil

dos veículos. Para ele, os serviços precisam continuar.

Onegro que honrou araça li

Escritor - E-mail: oton<l@9'®uol.com.br

muito tempona enchova por ter repetido o insulto de um supe–

rior.

P

radoJúnior: -Oalferes AntônioCardoso, deixa LuisGama

ainda menino, em casa para os serviços de limpeza de

copa, lavagem e engomar roupa. O menino estava desti–

nado a viveruma vida subserviente, sempossibilidades de

estudar e muito menos de conseguir um nome ilustre. Mas sua

força de vontade é uma vinude tão poderosa que nemaprópriades–

graça conseguiu vencê-lo.

Entrevistador: - EcomoomeninoLuis Gama conseguiuestu–

dar?

Entrevistador:

Ecomo

Luis

Gama

vim

nessa

época?

Acontece que, certo dia, é escalado para ser ordenança do

chefe de polícia, oconselheiro Maria de Sousa Furtado de Men–

donça.

Quem vai olhar para um pobreordenança? Mas, há emLuis

Gama uma tal distinção e uma taldignidade no proceder, que o

conselheiro se impressiona. Fazem-se amigos. Funado de Men–

donça abre-lhe a biblioteca.

do Riode Janeiro publicou em1884, num anigo dedicado ao poe–

ta Luis Gama, o seguinte: Em princípio de sua carreira, tentou

cursar a Faculdade Jurídica de São Paulo. A generosa mocida–

de acadêmica daquela época entendeu que devia matar as aspi–

rações do pobre rapaz, tratando-as com osuplício de Santo Este–

vão e as apedrejaram com meia dúzia de chicotes lorpas. Luis

Gama excluiu-se, revoltado da companhia dos moços, horrori–

zado com a benevolência dos eruditos.

Prado júnior:-Tinha Luis dezesseis anos quando um menino

que tinha nascido em um lar favorecido e sem problemas finan–

ceiros chegou na casa do alferes para estudar. Este era Antônio

Rodrigues Prado Júnior, é o próprio que o senhor está entrevis–

tando.

Os meus pais haviam me mandado a São Paulo para conti–

nuar os estudos.

Eu e Luis, em pouco tempo, nos tornamos bons amigos.

No meu quarto, omeninoescravo recebeu as primeiras lições

da leitura e da escrita. E isso foi rápido: em três ou quatro meses

o filho da quitandeira escrava aprendeu o que os outros meninos

aprendemem dois ou três anos.

Entrevistador: - Como ele chegou à Polícia Pública de São

Paulo?

Prado Júnior: - Tempos depois, sentiu a necessidade de vida

menos caseira do que aquela. Foge da casa e vai ser soldado. No

quartel, a sua sorte é a mesma áspera e penosa. Em seis anos não

consegue chegarsenão acabo de esquadra

e,

uma vez

é

metido por

Prado

Júnior.

Foi a

época

mais

du!ll

de

sua

vida

pública

DOS

jornais,

os seus primeiros versos

defemle réus oo

júri;

faz

disCUISOS

na rua, em favor

da

liberdade

dos escravos.

''

Entrevistador: - Qual foia formação de Luis Gama?

Prado Júnior: - Ele foium autodidata. Ele vivia de livro na

mão. Não há um instante de folga que não aproveita para estu–

dar. Não vai a pane alguma, não se diverte, não conhece os

gozos do mundo. Vive por alta noite, de toquinho de vela ace–

so, olhos nos livros devorando-os.

Entrevistador: - Ao ter baixa do serviço na Força Pública,

o que fez LuizGama?

Prado Júnior: - Em 1856, foi amanuense da Secretaria de

Polícia, mas foi demitido "a bem serviço público" por auxiliar

nas alforrias e promover processos em favor de pessoas livres

irregulannente escravizadas.

Entrevistador: - Ele chegou bacharelar-se em Direito?

Prado Júnior: -Por conta própria comoautodidata, estudou

Direito e passou aajudaros seus innãos de cor, conseguindo Libe–

rar cerca de quinhentos escravos fugidos. Luis Gama nunca

obteve grau de bacharel, embora tivesse vontade de ingressar,

em São Paulo, na Faculdade de Direito. A Gazeta de Notícia

Entrevistador: - E como Luis Gama vivia nessa época?

Prado Júnior: - Foi a época mais dura de sua vida pública

nos jornais, os seus primeiros versos defende réus no júri; faz

discursos na rua, emfavor da liberdade dos escravos.

Fala-se no seu nome por toda cidade. A sua fama espalha

pelo país. E, com tudo isso, às vezes, não tem um pedaço de

pão para comer.

Mas, é preciso estudar mais do que nunca para colocar-se

aaltura do nome que conquistou. Eestuda incessantemente

e

tra–

balha como um louco.

E, estudando e trabalhando conseguiu tudo que quis ser:

poeta, jornalista, advogado, orador, omaisardente eomais sin–

cero defensor da raça negra que houve no seu tempo.

E conseguiu tudo isso com uma ferida abena no coração,

ferida que a sone nunca lhe permitiu que sarasse. E que desde

aquele dia infeliz em que o pai o atirou para o convés do navio

negreiro não teve mais notícia de sua mãe.

Avida inteira passoua pedir notícias dela e a procurá-la. E

o destino cruel nunca mais consentiu que ele a visse.

---------~~------------Incoerência

Carlos Eduardo Santos - Centro

Sr. Editor,

Estive dez anos longe de Macapá, viajando

pela Amazônia Ocidental. No retorno, agora,

vejo que acidade evoluiu. Há mais lojas

comerciais, algumas altamente sofisticadas.

Edifícios também dão um aspecto melhorado

à

ex 'Cidade Joia da Amazônia'. Mas

infelizmente as ruas depõem contra qualquer

beleza que a nossa capital possa ter.

Cartas

Acertado

Jacó Benjamin

Senhor Editor,

Logo que vi toda Macapá tomada

por

semáforos, detestei ainiciativa. Aquilo

emperrava otrânsito já tão emperrado da

cidade. Mas depois, com opassar do tempo, fui

aderindo ao grande número de semáforos.

De

fato, aCIMac tem razão: colocar muitos

semáforos diminui o número de acidentes na

área mbana. Bacana!

Frases

''

Faça

o

quelarnecessário

para

ser

/eliz.

Irias

JJio

se

esquSj:I

que

aleJicidade

é

um

sentimento

simples,

você

pode

enamtrá·Ja e

deiri·la

ir

embora

por

JJio

pereeber

na

simpliddade.

Maria Quintana

Você

faz

suas

escolhas,

•suas

escolhas

fazem

você.

Steve Beckman