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O DIÁRIO DO AMAPÁ O SÁBADO 111 JANEIRO DE 2020
Geral
1
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AN
Ú
NC1O
8
Foi leito na Praça
Cí~ca
de Santana,na cerimôniade formatura dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental
Santanenses comemoram
Plano de Mobilidade Urbana
Programação de férias: teatro e
passeios turísticos são alternativas
OGoverno do Amapá avança com oPlano de Mobi–
lidade Urbana, o que tem cumprido a proposta de
melhorar a vida dos arnapaenses por meio dos inves–
timentos na infraestrutura viária dos municípios.
O momento parecia ser apenas de despedida, emoção, gra–
tidão e orgulho, mas, um anúncio que pegou a todos os pre–
sentes de surpresa, animou os 75 estudantes formandos do 9º
ano do ensino fundamental da Escola Estadual de Gestão Com–
partilhada Militar Professor Afonso Arinos de Melo Franco.
Eles vão poder permanecer na instituição, que, ainda neste ano
letivo de 2020, vai ofertar a 1
d
série do ensino médio.
A notícia foi comemorada pelos estudantes presentes à
cerimônia de formatura ocorrida na tarde desta sexta-feira, 10,
na Praça Cívica de Santana. A estudante Maria Eduarda Via–
na, 14 anos, vibrou com a novidade. Ela foi homenageada na
ocasião pelo 1ºlugar em desempenho intelectual e comporta–
mento exemplar no ano letivo de 2019. A jovem e os estu–
dantes Edson Macedo e Viviana Rodrigues, segundo e tercei-
OtonAlencar
,,--------
ro lugar, respectivamente, ganharam bicicletas e certificados
de honra.
Os estudantes marcharam e representaram todos os 105
alunos concluintes desta etapa da educação básica da escola
Afonso Arinos. O governador Waldez Góes esteve presente à
cerimônia e parabenizou o esforço de cada um. Ele frisou o
quanto a escola tem apresentado resultados positivos, como a
diminuição da evasão escolar, a redução da distorção idade
série, bem como a melhoria do comportamento no ambiente
escolar, social e familiar.
Os estudantes homenagearam a professora de história Cláu–
dia Serique dando o seu nome à turma de formandos. A edu–
cadora vai se aposentar após 30 anos dedicados à Educação,
sendo mais de 15 anos deles na escola Afonso Arinos.
Em Santana, por exemplo, a 2' etapa do projeto já
pavimentou cerca de 4 quilômetros. Até 2022, serão
recuperados 38 quilômetros de vias. Sobre esse traba–
lho, os próprios moradores da região contaram corno
a vida tem melhorado.
Contemplada pelo projeto, a vigilante Jaciclênia
Gomes, 40 anos, acompanhou de perto a pavimenta–
ção da Rua Damião da Cruz Barreto, onde mora há
mais de 8 anos.
Essa também é a primeira vez que a universitária
Carla Miranda, 25 anos, vê as ruas próximas da casa
dela sendo pavimentadas de forma completa. Para ela,
o serviço vai melhorar otráfego na região e facilitar o
acesso a serviços de transporte.
O serviço também está sendo realizado na Aveni–
da 15 de Novembro pela Secretaria de Estado de Trans–
porte do Amapá (Setrap). Nesse bairro, também foram
asfaltadas as ruas João Leite Coutinho e Walter Bar–
bosa de Araújo, além da avenida Rio Branco.
Para o pintor de carros Esrnael Brandão, 33 anos,
a preocupação maior era com os atoleiros causados
pelas chuvas. Agora, atão esperada pavimentação che–
gou na vida dele e de quem passa pelas vias do bairro.
No Paraíso, os serviços já foram finalizados. Ago–
ra, o trabalho segue em outros bairros para melhorar
vidas de mais santanenses.
O mecânico Roni Sanches 41 anos, sabe bem da
importância de ruas em boas condições para avida útil
dos veículos. Para ele, os serviços precisam continuar.
Onegro que honrou araça li
Escritor - E-mail: oton<l@9'®uol.com.br
muito tempona enchova por ter repetido o insulto de um supe–
rior.
P
radoJúnior: -Oalferes AntônioCardoso, deixa LuisGama
ainda menino, em casa para os serviços de limpeza de
copa, lavagem e engomar roupa. O menino estava desti–
nado a viveruma vida subserviente, sempossibilidades de
estudar e muito menos de conseguir um nome ilustre. Mas sua
força de vontade é uma vinude tão poderosa que nemaprópriades–
graça conseguiu vencê-lo.
Entrevistador: - EcomoomeninoLuis Gama conseguiuestu–
dar?
Entrevistador:
•
Ecomo
Luis
Gama
vim
nessa
época?
Acontece que, certo dia, é escalado para ser ordenança do
chefe de polícia, oconselheiro Maria de Sousa Furtado de Men–
donça.
Quem vai olhar para um pobreordenança? Mas, há emLuis
Gama uma tal distinção e uma taldignidade no proceder, que o
conselheiro se impressiona. Fazem-se amigos. Funado de Men–
donça abre-lhe a biblioteca.
do Riode Janeiro publicou em1884, num anigo dedicado ao poe–
ta Luis Gama, o seguinte: Em princípio de sua carreira, tentou
cursar a Faculdade Jurídica de São Paulo. A generosa mocida–
de acadêmica daquela época entendeu que devia matar as aspi–
rações do pobre rapaz, tratando-as com osuplício de Santo Este–
vão e as apedrejaram com meia dúzia de chicotes lorpas. Luis
Gama excluiu-se, revoltado da companhia dos moços, horrori–
zado com a benevolência dos eruditos.
Prado júnior:-Tinha Luis dezesseis anos quando um menino
que tinha nascido em um lar favorecido e sem problemas finan–
ceiros chegou na casa do alferes para estudar. Este era Antônio
Rodrigues Prado Júnior, é o próprio que o senhor está entrevis–
tando.
Os meus pais haviam me mandado a São Paulo para conti–
nuar os estudos.
Eu e Luis, em pouco tempo, nos tornamos bons amigos.
No meu quarto, omeninoescravo recebeu as primeiras lições
da leitura e da escrita. E isso foi rápido: em três ou quatro meses
o filho da quitandeira escrava aprendeu o que os outros meninos
aprendemem dois ou três anos.
Entrevistador: - Como ele chegou à Polícia Pública de São
Paulo?
Prado Júnior: - Tempos depois, sentiu a necessidade de vida
menos caseira do que aquela. Foge da casa e vai ser soldado. No
quartel, a sua sorte é a mesma áspera e penosa. Em seis anos não
consegue chegarsenão acabo de esquadra
e,
uma vez
é
metido por
Prado
Júnior.
•
Foi a
época
mais
du!ll
de
sua
vida
pública
DOS
jornais,
os seus primeiros versos
defemle réus oo
júri;
faz
disCUISOS
na rua, em favor
da
liberdade
dos escravos.
''
Entrevistador: - Qual foia formação de Luis Gama?
Prado Júnior: - Ele foium autodidata. Ele vivia de livro na
mão. Não há um instante de folga que não aproveita para estu–
dar. Não vai a pane alguma, não se diverte, não conhece os
gozos do mundo. Vive por alta noite, de toquinho de vela ace–
so, olhos nos livros devorando-os.
Entrevistador: - Ao ter baixa do serviço na Força Pública,
o que fez LuizGama?
Prado Júnior: - Em 1856, foi amanuense da Secretaria de
Polícia, mas foi demitido "a bem serviço público" por auxiliar
nas alforrias e promover processos em favor de pessoas livres
irregulannente escravizadas.
Entrevistador: - Ele chegou bacharelar-se em Direito?
Prado Júnior: -Por conta própria comoautodidata, estudou
Direito e passou aajudaros seus innãos de cor, conseguindo Libe–
rar cerca de quinhentos escravos fugidos. Luis Gama nunca
obteve grau de bacharel, embora tivesse vontade de ingressar,
em São Paulo, na Faculdade de Direito. A Gazeta de Notícia
Entrevistador: - E como Luis Gama vivia nessa época?
Prado Júnior: - Foi a época mais dura de sua vida pública
nos jornais, os seus primeiros versos defende réus no júri; faz
discursos na rua, emfavor da liberdade dos escravos.
Fala-se no seu nome por toda cidade. A sua fama espalha
pelo país. E, com tudo isso, às vezes, não tem um pedaço de
pão para comer.
Mas, é preciso estudar mais do que nunca para colocar-se
aaltura do nome que conquistou. Eestuda incessantemente
e
tra–
balha como um louco.
E, estudando e trabalhando conseguiu tudo que quis ser:
poeta, jornalista, advogado, orador, omaisardente eomais sin–
cero defensor da raça negra que houve no seu tempo.
E conseguiu tudo isso com uma ferida abena no coração,
ferida que a sone nunca lhe permitiu que sarasse. E que desde
aquele dia infeliz em que o pai o atirou para o convés do navio
negreiro não teve mais notícia de sua mãe.
Avida inteira passoua pedir notícias dela e a procurá-la. E
o destino cruel nunca mais consentiu que ele a visse.
---------~~------------Incoerência
Carlos Eduardo Santos - Centro
Sr. Editor,
Estive dez anos longe de Macapá, viajando
pela Amazônia Ocidental. No retorno, agora,
vejo que acidade evoluiu. Há mais lojas
comerciais, algumas altamente sofisticadas.
Edifícios também dão um aspecto melhorado
à
ex 'Cidade Joia da Amazônia'. Mas
infelizmente as ruas depõem contra qualquer
beleza que a nossa capital possa ter.
Cartas
Acertado
Jacó Benjamin
Senhor Editor,
Logo que vi toda Macapá tomada
por
semáforos, detestei ainiciativa. Aquilo
emperrava otrânsito já tão emperrado da
cidade. Mas depois, com opassar do tempo, fui
aderindo ao grande número de semáforos.
De
fato, aCIMac tem razão: colocar muitos
semáforos diminui o número de acidentes na
área mbana. Bacana!
Frases
''
Faça
o
quelarnecessário
para
ser
/eliz.
Irias
JJio
se
esquSj:I
que
aleJicidade
é
um
sentimento
simples,
você
pode
enamtrá·Ja e
deiri·la
ir
embora
por
JJio
pereeber
na
simpliddade.
Maria Quintana
Você
faz
suas
escolhas,
•suas
escolhas
fazem
você.
Steve Beckman