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GDIÁRIO DO AMAPÁ
e
SEXTA-FEIRA 117 DE JANEIRO DE 2020
e
DIRETOR-SUPERINTENDENTE LUIZ MELO
Setap
diz
queproposta
deinstttair
'táli·lotação'
é
inconsUtacional
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GESTO
8
Para oprefeito de Macapá, Clécio Luís,essa entrega émais do que significativa, édevolver um símbolo histórtco, cultural eeconômico àpopulação
Novo Mercado Central
é
devolvido
à
população
com traços modernos ememória preservada
~
~ .
A
mpliado e totalmente revitalizado. Assim a Prefeirura
de Macapá entregou o novo Mercado Central à
população, nesta quinta-feira, 16. Com recursos
oriundos de emenda parlamentardo senador Randolfe Rodri–
gues, no valor de R$ 2,5 milhões, e mais R$ 1,2 milhão de
contrapartida do Município, oespaço traz oconceito moder–
no e representa um grande resgate histórico e cultural da
cidade, o que
irá
contribuir para o desenvolvimento econô–
mico local com a geração de novos empregos, o aumento
do comércio, do turismo e do lazer.
Para o prefeito de Macapá, Clécio Luís, essa entrega é
mais do que significativa, é devolver um símbolo histórico,
cultural e econômico
à
população. "Quero agradecer ao
senador Randolfe, que, logo quando assumimos o primeiro
mandato, colocou essa emenda que tomou possível a rea–
bertura desse espaço que é um símbolo de nossa cidade,
onde parte da sua história foi escrita.
É
uma obra fantástica,
que mantém as tradições e, ao mesmo tempo, moderniza
um equipamento público que
é
muito mais que um prédio,
é um marco na nossa gestão, realmente um resgate da nossa
história", enfatizou.
Clécio ressaltou ainda que o mercado foi o primeiro
shopping da capital. "Encontrávamos de tudo no mercado
e ainda encontramos, como os sapateiros, ourivesaria, alfaia–
taria, uma série de diversidades de produtos, assim como a
variedade de cardápios. Meu muito obrigado a todos os
empreendedores do nosso mercado, que seguraram alguns
momentos difíceis, mas ficaram firmes, acreditando no
nosso trabalho, e hoje devolvemos essa obra prima que car–
rega nossa identidade e memória", agradeceu.
O autor da emenda, senador Randolfe Rodrigues, disse
quese comprometeu com essa obra. "Me comprometi a tra–
balhar para que todos sentissem orgulho do nosso lugar, e
o trabalho temgerado bons resultados:praças, UBS's, inves–
timentos na educação e recuperação da nossa identidade.
Assim, hoje, entregamos o nosso novo Mercado Central,
um compromisso que assumi em 2012 com Clécio e com
vocês, que trabalham aqui há anos. Este sonho é liderado
por vocês, empreendedores.
É
um monumento de cultura e
memória".
"Já temos o projeto para asegunda etapa de revitalização
do mercado, fruto também de nossa emenda, no valor de
R$ 1,3 milhão, que entrará em processo de análise. Além
disso, também destinamos recursos para a capacitação dos
trabalhadores deste espaço e ainda o Festival de Samba e
Chorinho, que acontecerá logo mais aqui neste lugar'', infor–
mou o senador Randolfe.
Opresidente do Congresso Nacional, senador Davi Alco–
lumbre, disse que essa data é especial. "Estamos felizes.
Entregar obras éfazer benfeitorias emprol do Amapá. Temos
dado muitas notícias boas ao nosso povo. Omercado é espe–
cial para todos nós. Outra, é que o Shopping Popular sairá
do papel. Por meio de nossa articulação, saíra um projeto
muito bonito, assim como temos trabalhado, incansavel–
mente, pelo nosso estado e pelo Brasil", contou.
Falar de mercado é contar a história de quem o viu e o
ajudou a nascer. Como relata Luiz Gonzaga Nery, atual pro–
prietário do famoso "BarDu Pedro", point etílico tradicional
da cidade e o estabelecimento mais antigo do local. "Sou
nascido e criado neste bar. Vi a cidade inteira crescer, e a
memória mais viva que tenho é do Mercado Central lotado
e meu pai conversando com os clientes. O prefeito Clécio
abraçou essa demanda e hoje vemos a realidade. Só tenho
a agradecer a todos os empreendedores, pois fomos guer–
reiros. Quero conversar com todos e integrar a questão
ambiental para que este espaço seja conservado", comemo-
' '
Obra
foi
p"5sível com
emenda de
RandoHe
' '
rou.
Nova estrutura
O mercado mantém a sua arquitetura colonial e conta
hoje com 63 boxes, sendo 21 quiosques com divisórias em
vidro e mais 3 ilhas na área térrea, 24 no espaço superior
(mezanino) e 15 boxes no entorno. O ponto turístico tem
espaço para shows, elevador de acessibilidade, novas esca–
das, telhado termo acústico, piso em porcelanato e, na parte
externa, calçadas por toda a área do entorno, além de um
espaço de jardim na entrada. O horário de funcionamento
é de domingo a domingo, das 6h às 20h.
Histórico
Construído no governo de Janary Gentil Nunes e inau–
gurado no dia 13 de setembro de 1953, o Mercado Central
foi considerado espaço de compras de alimentos e de encon–
tros das famílias amapaenses por muito tempo. No local,
diversas histórias trazem a memória desse sexagenário
monumento, composto de nativos e imigrantes que deram
início
à
expansão da atividade comercial no estado. Entre
as lembranças dos primeiros empreendimentos estão os
famosos Bar Du Pedro, Clip Bar, Banca de Revistas Cine–
lândia, Mercearia do Chaquib, Sapataria do Irmão, Sapataria
Chie, EIVanaria Amazônia, o Salão Latino Americano, Far–
mácia Droga Norte, entre tantos outros.
Identidade visual
O espaço ganhou obras em tons vibrantes que retratam
alguns dos símbolos da cultura local, como o Marabaixo e
o batuque. Painéis expostos nas áreas interna e externa do
novo Mercado Central abrilhantaram ainda mais um dos car–
tões postais mais bonitos da cidade. O artista amapaense
Ralfe Bragaé reconhecido internacionalmente eassinou toda
identidade do local. Suas artes são cheias de energia e tona–
lidades exuberantes. Segundo ele, as obras dentro e fora são
inspirações que refletem exatamente as questões históricas
e estéticas do local, que trazem as cores vivas da Amazônia.