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e

DIÁRIO DO AMAPÁ OTERÇA-FEIRA 1 28 DE JANEIRO DE

2020

Política Nacional 1

Editora Chefe Ziulana Melo 8 Fone: 99165-4286 8 E-mail: diario-ap@uol.com.br

VIAGEM 8 Presidente participoude comemorações do Dia da República e assmou acordos de cooperação entre os países.

Bolsonaro embarca para o Brasil após

primeira viagem oficial à Índia

O presidente Jair Bolsonaro embarcou da Índia para o

Brasil na manhã desta segunda-feira (27). Bolsonaro esteve

em viagem oficial ao país desde o último sábado (25).

Durante a viagem o presidente assinou acordos de coo­

peração com o governo indiano. Bolsonaro também comen­

touassuntos internos, como apossibilidade de dividiro Minis­

tério da Justiça e Segurança Pública e a deportação de brasi­

leiros pelo governo dos Estados Unidos.

Bolsonaro foi convidado pelo governo indiano para acom­

panhar celebrações do Dia da República, no último domin­

go (26). O presidente teve encontros com empresários e líde­

res políticos, entre ele o primeiro-ministro Narendra Modi e

o presidente Ram Nath Kovind.

Os governos assinaram 15 acordos de cooperação, entre

os quais, parcerias para ampliar investimentos e intensificar

o uso e a produção de bioenergia e combustíveis como eta­

nol, biodiesel, bioquerosene e biogás. Outro ato também

incentiva a exploração de petróleo e gásentre os doispaíses.

Na área de cibersegurança os dois países se comprome­

teram a estreitar a troca de informações sobre o tema, res­

peitadas as leis de cada país. Brasil e Índia também apro­

fundarão o acordo assinado em 2006 para cooperação tec­

nológica entre cientistas, instituições de pesquisa e de finan­

ciamento.

Outro acordo também fortalece parceria no processa­

mento de alimentos e na área agropecuária, e fortalececola­

boração de produção leiteira.

Bolsonaro falou sobre o interesse em ver a Índia utilizar

mais etanol em seus combustíveis. Após a cerimônia de assi­

naturadosacorrias, no sábado (25), o presidente brasileiro vol­

tou a tocar no assunto.

"O etanol, essa tecnologia nossa, vindo para cá, acaba

nos favorecendo também porque daí se produz menos açú­

car aqui e ajuda a equilibrar o mercado", afirmou Bolsona­

ro. Ele também cogitou a possibilidade de fabricação de car­

ros flex na Índia por meio de empresas brasileiras.

Reforma administrativa quer acabar

com •penduricalhos'; fila do Bolsa

Familia tem 500 mil pessoas

O governo federal enviará a primeira versão da Refor­

ma Administrativa ao Congresso Nacional com um tex­

to que busca acabar com penduricalhos - auxílios ou van­

tagens que aumentam a remuneração dos servidores.

Em seu título principal, O Estado de S. Paulo destaca

que o texto-base da proposta, que atingirá servidores da

União, dos estados e dos municípios, também deverá pro­

por o fim do reajuste de salários retroativos, prática ain­

da comum no serviço público brasileiro.

De acordo com o matutino paulista, entre os penduri­

calhos que serão proibidos - se a reforma for aprovado no

Congresso sem mudanças - estão as promoções e pro­

gressões por tempo de serviço.

Outra mudança prevista, segundo o Estadão, será o

veto à aposentadorias como forma de punição. Isso por­

que quando algum servidor comete infração disciplinar,

ele pode receber a aposentadoria compulsória. "Reforma

quer acabar com promoção por tempo de serviço", subli­

nha a manchete do Estadão.

Bolsa Família

Com base na Lei de Acesso à Informação, que a fila

de espera para receber benefícios do programa Bolsa

Família foi de zero a 494.229 famílias entre 2018 e 2019.

É o maior volume desde 2015, quando mais de 1,2 milhão

de famílias aguardavam o auxílio.

De acordo com os dados obtidos pelo jornal, o ritmo

de concessões de benefícios, que até maio de 2019 esta­

va em torno de 260 mil bolsas ao mês, hoje é de apenas

5.667. Além disso, o tempo de espera por família para

receber a bolsa saiu de 45 dias para 6 meses.

Segundo O Globo, todas as famílias que aguardam a

resposta do governo estão devidamente cadastradas e se

enquadram no perfil exigido pelo programa, mas conti­

nuam em situação de miséria e sem a ajuda de R$ 89 por

pessoa concedida pelo Bolsa Família. "Fila para obter

Bolsa Família já tem 500 mil inscritos'\ revela a man­

chete do Globo.

Witzel divulga conversa ao telefone com Hamilton Mourão; vice e Bolsonaro criticam

O governador do Rio de

Janeiro, WilsonWitzel, divul­

gou em suas redes sociais no

domingo (26) um v(deo no qual

conversa, por telefone, com o

presidente em exerdcio,

Hamilton Mourão -- sem avisá­

lo de que a ligação estava no

viva-voz e estava sendo filma­

da.

Da Índia, o presidente Jair

Bolsonaro criticou a iniciativa

nesta segunda-feira (27). "Não

é usual alguém fazer isso. Não

gostaria que fizessem comigo.

O que se trata por telefone, tem

que ser reservado."

Mourão também rebateu.

"Ele diz que foi fuzileiro naval.

Eu acredito que ele esqueceu a

ética e a moral, que caracteri­

zam as Forças Armadas, quan­

do saiu do Corpo de Fuzileiros

Navais."

Ajuda para calamidade

Witzel estava no Norte Flu­

minense, região castigada pelas

chuvas e por enchentes desde a

última semana, e resolveu

pedir ajuda ao governo fede­

ral.

O v(deo, gravado por um

assessor, mostra Witzel ligan­

do para Mourão. O telefone

toca. Quando Mourão atende,

Witzel não avisa que está no

viva-voz, mas registra a con­

versa.

O governador relata a situa­

ção e pede ajuda, sobretudo

para a água. Recebe de Mourão

a promessa de apoio

Mourão assumiu interina­

mente a Presidência porque

Jair Bolsonaro está em visita

oficiill à Índiil. De lá, o chefe de

Estado comentou a postagem.

No in(cio da tarde, Mourão

voltou a falar sobre o inciden­

te. O vice foi perguntado se

Witzel o procurou depois das

críticas dele e de Bolsonaro

pela gravação e divulgação da

conversa.

Segundo Mourão, o gover­

nador não o procurou. "Deixa

quieto", disse o vice-presidente.

�re!i�ente em exercício, Mourão aHina �ecreto �ara �ermitir militar inativo no mvi�o �ú�lico

O vice-presidente Hamilton

Mourão, no exercício da Presidên­

cia devido à viagem do presidente

Jair Bolsonaro à Índia, assinou nes­

ta quinta-feira (23) um decreto com

regras sobre a contratação de mili­

tares da reserva para atuar em

órgãos federais, informou a asses­

soria do Palácio do Planalto.

Essa é uma das medidas anun­

ciadas pelo governo para reforçar

o atendimento nas agências do Ins­

tituto Nacional de Seguridade

Social (INSS) e reduzir a demora

na concessão de benefícios pelo

órgão.

O decreto foipublicado na noi­

te desta quinta-feira em edição

extra do "Diário Oficial da União"

e prevê que os militares serão esco­

lhidos em um chamamento públi­

co, de modo voluntário - ou seja,

sem convocação obrigatória. Quem

for chamado vai ganhar 30% adi­

cionais sobre o que já recebe como

inativo.

O chamamento ainda depende­

rá de aprovação prévia dos minis­

térios da Defesa e da Economia.

Segundo o texto, a Defesa vai exa­

minar se esse contingente de inati­

vos pode ser mobilizado, e se a

complexidade da tarefa está de

acordo com os postos dos militares.

Já a Economia vai examinar se

há dinheiro em caixa para a con-

tratação, e se o chamado é real­

mente necessário. O pagamento do

adicional de 30% é de responsabi­

lidade do órgão, fundação ou autar­

quia que celebrar o contrato.

O prazo máximo de convoca­

ção desses militares é de quatro

anos. Passado esse prazo, o órgão

não pode renovar contrato com

aqueles militares, e nem convocar

outros: terá que propor uma solu­

ção de longo prazo que utilize mão

de obra civil.

O decreto também estabelece

que o mesmo militar só pode tra­

balhar com base nesses chama­

mentos por oito anos, consecuti­

vos ou não.

''

Governo pretende

chamar

militares

da reserva

para

reforçar

atendimento no

INSS.

Ministério

Público

no

TCU

questionou

chamamento desses

militares.

''

Trecho do texto

Essa é uma das medidas anunciadas pelo governo para

reforçar o atendimento nas

A

agencias

do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e reduzir a demora

na concessão de benefícios pelo órgão.