LUIZ MELO
Diretor Superintendente
ZIULANA MELO
Diretora de Jornalismo
Circulação simultânea em Macapá, Belém, Brasília e em todos os municípios do Amapá. Os
conceitos emitidos em artigos e colunas são de responsabilidade dos seus autores e nem
sempre refletem a opinião deste Jornal. Suas publicações são com o propósito de estimular o
debate dos problemas amapaenses e do país. O
Diário do Amapá
busca levantar e fomentar
debates que visem a solução dos problemas amapaenses e brasileiros, e também refletir as
diversas tendências do pensamento das sociedades nacional e internacional.
ZIULANA MELO
Editora Chefe
MÁRLIO MELO
Diretor Administrativo
SISTEMA DIÁRIO DE COMUNICAÇÕES LTDA.
C.N.P.J: 02.401.125/0001-59
Administração, Redação e Publicidade
Avenida
Coriolano Jucá, 456 - Centro
CEP 68900-101 Macapá (AP)
/
www.diariodoamapa.com.br
/
Projeto Rondon foi criado em
junho de 1968, e era vinculado ao
Ministério do Interior. Atual-
mente ele é desenvolvido em parceria
com diversos Ministérios e tem o apoio
das Forças Armadas, que proporcionam
o apoio logístico e a necessária segu-
rança às operações. Conta também com
a colaboração dos Governos Estaduais,
Prefeituras Municipais e empresas
socialmente responsáveis. No momen-
to possui atuação em 844 municípios,
com 19.170 rondonistas, 291 institui-
ções envolvidas e 151 ações. Coorde-
nado pelo Ministério da Defesa, é um
projeto de integração social que envol-
ve a participação voluntária de estu-
dantes universitários em busca de solu-
ções sustentáveis para o desenvolvi-
mento das comunidades, gerando bem-
estar a essas populações.
Desenvolvido nos anos 70, as pri-
meiras propostas de Campus Avançado
tinham o objetivo de contribuir para o
desenvolvimento local e regional atra-
vés de atividades educativas, culturais e
científicas a fim de proporcionar o
desenvolvimento sociopolítico, educa-
cional e econômico das populações. As
parcerias eram sempre realizadas entre
instituições universitárias e municípios.
Havia financiamento direto de bolsas de
extensão para discentes, docentes e
material de consumo destinado ao
desenvolvimento de cada projeto.
Os municípios parceiros forne-
ciam transporte, hospedagem e
alimentação da equipe envolvi-
da, bem como selecionavam o
público alvo a participar de
cada projeto. Felizmente, essa
feliz ideia até hoje ainda é man-
tida entre instituições universi-
tárias e municípios, a exemplo
da Universidade Estadual do
Pará.
Quem não se lembra dos Centros
Integrados de Educação Pública
(CIEPs), popularmente chamados de
Brizolões? O projeto, de autoria do
antropólogo Darcy Ribeiro, foi implan-
tado no Rio de Janeiro durante os dois
governos de Leonel Brizola (1983 –
1987 e 1991 – 1994). Seu objetivo era
oferecer ensino público de qualidade,
em período integral, aos alunos da rede
estadual. O horário das aulas estendia-
se das 8 às 17 horas. Além do currículo
regular havia atividades culturais, estu-
dos dirigidos, educação física, refeições
completas, atendimento médico e odon-
tológico. Cada Ciep tinha uma capaci-
dade média de atendimento para mil alu-
nos. Durante o período de férias eram
realizadas atividades recreativas para
que as crianças pudessem continuar a
frequentar o CIEP, as salas de leitura e
receber uma boa refeição. Materiais
didáticos eram entregues as crian-
ças tais como cadernos, lápis e
borracha. O grande objetivo do
projeto, de acordo com a visão
de Leonel Brizola, era tirar
crianças carentes das ruas e
oferecer-lhes os chamados
“pais sociais”, funcionários do
Centro que cuidavam das crian-
ças. A concepção arquitetônica
do Ciep é de autoria do conheci-
do arquiteto de Brasília, Oscar Nie-
meyer. Durante o governo brizolis-
ta, mais de 500 unidades foram cons-
truídas. A ideia de edificar cada unidade
com peças pré-moldadas de concreto bara-
teou, em muito, o custo da construção.
Cada complexo Ciep constava de salas de
aula, centro médico, cozinha, refeitório,
banheiros, áreas de apoio e recreação,
ginásio esportivo, espaço para atividades
artísticas e culturais, biblioteca, dormitó-
rios e piscina.Infelizmente, governos que
sucederam a Brizola não deram continui-
dade administrativa ao projeto. As unida-
des construídas tornaram-se escolas
comuns, com ensino em turnos. Outras
irresponsavelmente foram simplesmente
abandonadas. E o que é pior, a “fábrica
de escolas", que produzia as peças pré-
moldadas de concreto, também fora irres-
ponsavelmente desativada. Brizola, Dar-
cy e Niemeyer foram visionários além de
seu tempo. Brizola foi um nacionalista
convicto, sem ser fascista.
/
o serviço público, algumas
anuências partem de maneira
aleatória, ou seja, não existe um
raciocínio lógico voltado para alguns
projetos de execução governamental,
de interesse do povo, partindo dos
governantes da esfera federal, estadual
e municipal, principalmente no que diz
respeito ao princípio da boa governa-
bilidade.
Há alguns séculos atrás, os grandes
homens que mudaram a humanidade,
não precisaram da ciência moderna e
muito menos da sofisticação da tecno-
logia, para que eles se tornassem reco-
nhecidos pelos seus feitos. Muitos des-
ses homens, considerados gênios, dian-
te de suas próprias descobertas procu-
ravam se alto superar para chegarem ao
limite da perfeição.
Ainda lembro de um estudo feito
sobre Galileu (1564-1642), não
muito distante da descoberta do
Brasil, quando escreveu sua últi-
ma obra, recorrendo ao mesmo
sistema usado nos diálogos. O
título completo do livro foi bati-
zado de Colóquios e Demons-
trações Matemáticas em Torno de
Duas Novas Ciências Atinentes à
Mecânica e aos Movimentos
Locais, mas foi comumente conhe-
cido como as Novas Ciências. Ficou
considerado como a obra-prima do
grande cientista, que nele aplicou todo
seu gênio inventivo, toda sua sagacida-
de especulativa e sua perspicácia em
renovar o campo das ciências mecâni-
cas com suas leis do movimento acele-
rado. Por causa disso, Galileu pode ser
considerado, reconhecidamente, como o
pai da cinemática moderna e, com
tal feito, abriu o caminho à dinâ-
mica clássica, codificada depois
por Newton. Por causa do brio de
seus feitos, Galileu ficou cele-
brizado com a seguinte frase:
“Descobri um novo mundo ao
ver que é o Sol, e não o Homem,
o centro do Universo”.
Agora, reportando-me ao Bra-
sil, a ciência se evidencia positiva-
mente, apresentando resultados satis-
fatórios graças ao sagrado investimen-
to financeiro do governo federal, pro-
porcionando notoriedade de orgulho,
satisfação e reconhecimento a nível
nacional e internacional, por conta dos
feitos e descobertas científicas priori-
zadas, incansavelmente, pelos grandes
e atuais cientistas brasileiros.
/