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O DIÁRIO DO AMAPÁ O SEXTA-FEIRA 110 JANEIRO DE 2020
Geral
1
8 Fone:
99165-4286
8
E-mail: diario-ap@uol.com.br
RANKING
8
Reúne as
10
empresas commaisreclamações.A primeira colocada
é
Vivo
S/
AVeja orankingcompleto.
UPA Zona Norte registra mais
de 85 mil atendimentos em 2019
Empresas de telefonia móvel lideram
ranking de queixas no Procon em 2019
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Norte,
em Macapá, registrou 85.476 atendimentos em 2019. O
número representa um aumento de 29% em relação ao regis–
trado em 2018. A média diária é de 200 atendimentos nas
especialidades de clínica médica e pediatria.
Pelo segundo ano consecutivo as empresas de telefonia
móvel lideram o ranking de queixas no Instituto de Defesa do
Consumidor do Amapá (Procon/AP). Ao todo, em 2019, o ins–
tituto realizou 2.709 atendimentos e, garantindo a transparên–
cia e em cumprimento a determinação do artigo 44, do Códi–
go de Defesa e Proteção do Consumidor (CDC), o Procon
divulga a lista com as empresas que mais tiveram menções em
ações de defesa do consumidor.
"Quanto maior for o dado da empresa, pior
é
acondição do
empreendimento na relação de consumo'', explica o diretor
presidente do Procon no Amapá, Eliton Franco.
- A primeira colocada do ranking é a empresa de telefonia
móvel Vivo S/A, com 653 (9,73%).
OtonAlencar
,,--------
- A segunda é a Telemar Norte Leste S/A (Oi Fixo), que
recebeu 602 (8,97%) atendimentos.
- A terceira mais reclamada
é
a Tim Celular S/A, com 333
(4,96%).
- Na quarta colocação, mais uma empresa de telefonia,
a Você Telecomunicações Ltda, com 327 (4,87%) atendi–
mentos.
No último trimestre de 2019 a Companhia de Eletrici–
dade do Amapá (CEA) se manteve entre as mais demanda–
das no Procon. Ao serem analisados os dados, consideran–
do o ranking anual, a companhia aparece em oitavo lugar,
tendo 156 atendimentos (2,32%), logo após as empresas de
telefonia e
tv
a cabo.
Aunidade é voltada para casos de média complexidade,
considerados de urgência e emergência, como a ocorrência
de pressão alta, cortes, dor torácica, febre acima de 39 graus,
parada respiratória ou cardíaca, hemorragia intensa, infartos
e derrames. Esse tipo de atendimento representou 20% das
demandas da UPA.
A maior parte dos atendimentos continua sendo de bai–
xa complexidade, e poderiam ser feitos em uma Unidade
Básica de Saúde (UBS). O alerta
é
importante já que a uni–
dade funciona com acolhimento com classificação de risco.
Já na entrada, os pacientes passam por uma triagem que
identifica os casos mais graves e que precisam ser atendidos
com urgência.
A recepcionista Deusa Silva conta que a rapidez no aten–
dimento era essencial para o caso da mãe, e que, por isso,
levou "Dona Oscarina", 74 anos, para a unidade.
Classificação de risco
A UPA Zona Norte funciona com o método de classifi–
cação de risco, em que o paciente é submetido a uma tria–
gem logo na entrada da unidade.
É
através desse procedi–
mento que é avaliada a gravidade do caso e qual será o tem–
po estimado de atendimento.
Azul everde são pacientes que não correm risco de mor–
te e podem ser atendidos sem prioridade, ou deveriam ser
atendidos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
O paciente que receber a pulseira amarela ou vermelha
necessita de atendimento de emergência ou de urgência e
será prioridade, pois corre risco de morte. Ele, então, é ime–
diatamente encaminhado para o médico, que vai avaliar e
tomar as providências necessárias. E o que receber a pul–
seira laranja é aquele que precisar de atendimento urgente
com risco de agravamento do quadro clínico.
Onegro que honrou araça
Escritor - E-mail: oton<l@9'®uol.com.br
jogava todo odinheiro que lhecaía nas mãos. O paide LuisGama
viciou-se tanto nojogo que para tercomquejogar,passou acome–
ter todas as torpezas.
Em vão procura-o aqui, ali. Corre à popa. Correàproa.Corre àamu–
rada e o vê já distante, fugindo noescalerque os trouxera.
- Pai!Gritaaflitamente.
P
orocasiãodesua morte,a24deagostode 1882,todososgran–
desjornaisdo Brasil noticiaram amorte do grande líderabo–
licionista. AGazeta de Notícias do Rio de Janeiro assim se
referiu a Luiz Gama.
"É
um nometão curto quão dilatado
e
admirávelfoiovalorhetúi–
co de quemo trouxe e oelevou nesta vida. (...) lutadorconvencido,
trabalhou até à última hora pela redenção dos cativos por essa causa
de que foio mais extremado apóstolo. Subindo todos os degraus da
escalasocial- tendo sido escravoemorrendo advogado respeitadís–
simoe admirado - LuisGama éum exemploe um ensinamento.
É
o
exemplo do quanto o poder do esforço próprio para a elevação do
homemna sociedade: oensinamento paraos que, comoele, se dedi–
cou por uma causa em
que uma ação bem dirigida vale
mais do que milhares de frases bempensadas".
•
Pai!
Grita
afiitamente.
Entrevistador: -Como Luis Gama deixou aBahia e foimorar
em São Paulo, ainda criança?
- Vou à terra filhinho, mas volto já, respondeu-lhe de longe o
fidalgo.
Entrevistei AntônioRodrigues Prado Júnior, para saber melhor
sobre este mulato que me causou inveja.
Entrevistador: - Como nasceu Luis Gama?
Prado Júnior: - Até aos dez anos, Luis Gama era uma criança
como as outras. A mãe trazia-o nos braços extremosamente: o pai
parecia Lerporeleum grande afeto. Foiao completaraquela idadeque
odestino lhe mudou brutalmente a vida, arrastando-o de súbito pelo
mundo, como os Lemporais arrastam pelo mar os barcos semvela
e
sem leme.
Entrevistador: - Quem eram seus pais?
PradoJúnior: -Era filho de antiga escravaafricana, Luisa Mahin,
oriunda da Costa da Mina,da nação Nagô,
e
de um fidalgo rico homem
de origem portuguesa. Ela uma brava batalhadora. Ele, um estróina,
•
Vou
à
tena
.ti.lhiDho,
mas
volto
já.
respondeu-lhe de
longe
o
fidalgo.
Com
aquela
pouca
idade.
Luis
sabia
que
o
pai
que
tinha
Num relanre,
compreendeu
acilada
miseníveJ
que
caíra.
''
Prado Júnior: - Certo dia, seu pai pela manhã, entrou na sua
casa. Sentou o filho, beijou-o fez-lhe os carinhos do costume
e,
de
repente com a maior naturalidade, perguntou-lhe: - Não queres ir
comopapai, num barco, veros navios que estão no pono? O peque–
no pulou contente. Tinha uma vontade louca de andar no mar e
uma vontade maiorde entrar no navio. Quero! Quero! Vamos!
Amãe correu a levá-loea vesti-lo. Meia hora depois, a mão–
zinha segura à mão do pai, lá saiu Luis pelas ruas, pulando inge–
nuamente, alegremente, comoum pássaro feliz. Era 10 de novem–
bro de 1840. No porto havia dois ou três navios. O Saraiva um
pequeno navio de vela, de dois mastros, que carregava escravos,
estava ancorado no fundo da enseada.
- Queres ir àquele navio que está mais adianle? Perguntou o
pai ao filho apontando onavio.
-Quero
Paraquemsonhava comopasseio no mar, quanto mais longe
estivessem os navios, maisencantadorseria opasseio. Umescaler
levou-o ao Saraiva.
Ogarotinho é a vivacidade emcorpo
e
alma. Quer ver tudo
e
tudo quer saber. Ao pôr os pés a bordo, percorre o barco de ponta
a ponta, pegando, examinando, indagando miudeza por miudeza.
Mas, em ceno momento, sente que o pai não estáao seu lado.
Comaquela pouca idade.Luis sabia que o pai que tinha. Num
relance, compreendeu a cilada miserávelque caíra.
E, sufocando de lágrimas brada numa grande explosão de
revolta:
- Papai osenhor me vendeu!
Parecia mentira, maseraverdade. Paratercemouduzemos mil
reis com que pudesse jogar, o pai havia vendido o filho pequeni-
O negócio fora feito na véspera. Toda aquela história de pas–
seionomartinha sido inventada paraentregaracriança ao coman–
danle do navio.
O resto do dia o pequenino não parou de chorar.
Atiraram-no depois para oconvés, nomeiodos escravos que
iam ser vendido noRio de Janeiro.
À
tarde, obarco saiubarra afora. Opobrezinho, quesó conhe–
cia a doçura dos carinhos da mãe, tremeu diante do longo inferno
que se desenrolou aos seus olhos.
Ao chegarao RiodeJaneiro, levaram-nocom osoutros escra–
vos para ser vendido nomercado.
Oalferes AntonioPereira Cardoso, negociante dos negros em
São Paulo, compra-o para revender. Mas Luis é tão pequeno que
em São Pauloninguém oquer...
---------~~------------Incoerência
Carlos Eduardo Santos - Centro
Sr. Editor,
Estive dez anos longe de Macapá, viajando
pela Amazônia Ocidental. No retorno, agora,
vejo que acidade evoluiu. Há mais lojas
comerciais, algumas altamente sofisticadas.
Edifícios também dão um aspecto melhorado
à
ex 'Cidade Joia da Amazônia'. Mas
infelizmente as ruas depõem contra qualquer
beleza que a nossa capital possa ter.
Cartas
Acertado
Jacó Benjamin
Senhor Editor,
Logo que vi toda Macapá tomada
por
semáforos, detestei ainiciativa. Aquilo
emperrava otrânsito já tão emperrado da
cidade. Mas depois, com opassar do tempo, fui
aderindo ao grande número de semáforos.
De
fato, aCIMac tem razão: colocar muitos
semáforos diminui o número de acidentes na
área mbana. Bacana!
Frases
''
Faça
o
quelarnecessário
para
ser
/eliz.
Irias
JJio
se
esquSj:I
que
aleJicidade
é
um
sentimento
simples,
você
pode
enamtrá·Ja e
deiri·la
ir
embora
por
JJio
pereeber
na
simpliddade.
Maria Quintana
Você
faz
suas
escolhas,
•suas
escolhas
Jazem
você.
Steve Beckman