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GDIÁRIO DO AMAPÁ GTERÇA-FEIRA 114 DE JANEIRO DE 2020
PolíticaNacional
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Editora Chefe:
Ziulana Melo
8 Fone:
99165-4286
8 E-mail:
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PRIMEIRO
8
Se corrtge amedida provisóriaque fixouosaláriomínimoem R$1.039.
Paulo Guedes volta ao trabalho nesta segunda
com dois temas espinhosos para decidir
O ministro da Economia, Paulo Guedes, está de volta a
Brasília nesta segunda-feira (13) com dois assuntos espinho–
sos pela frente para decidir. O primeiro, se corrige a medida
provisória que fixou o salário rrúnimo em
R$
l.039. O segun–
do, se apoia aproposta de criar um fundo de estabilização para
o preço dos combustíveis.
No primeiro caso, o valor fixado foi decidido com base
numaprevisão de 4,1
%
do INPC em 2019. Só que o indíce ficou
em
4,48%,
o que deveria levar omínimo para, pelo menos, R$
1.043.
É
uma questão política e econômica, porque a cada R$
1 a mais no salário mínimo as despesas da União crescem R$
355 milhões.
No segundo caso, a equipe econômica é contra a criação
de novos fundos que sejam vinculados a objetivos e gastos
específicos. Propôs, inclusive, uma emenda constitucional
extinguindo mais de 280 fundos, que está em tramitação no
Congresso Nacional.
Em relação ao salário mínimo, assessores presidenciais
esperam que a equipe de Paulo Guedes decida pela correção
da MP já enviada ao Congresso, no final do ano passado, que
fixa o rrúnimo em R$ 1.039. Se o governo não fizer o ajuste,
o Legislativo, com certeza, fará a mudança navotação da medi–
da - seria um desgaste a mais para o Palácio do Planalto.
Já em relação ao fundo de estabilização dos preços dos
combustíveis, a proposta é do ministro de Minas e Energia, Ben–
to Albuquerque, para amortecer altas inesperadas do petróleo,
evitando impactos negativos no mercado brasileiro. O fundo
seria formado com recursos arrecadados de royalties e parti–
cipação especial.
A equipe técnica do Ministério da Economia é contra a
criação de novos fundos. O detalhe é que esta é uma enco–
menda do presidente da República, Jair Bolsonaro. Se for con–
tra, o ministro Paulo Guedes terá de convencer o presidente,
ou propor outro mecanismo em vez do fundo. A conferir.
Moro quer 'corrigir'
juiz
de garantias; Câmara
discute
limite
amagistrado de
tª
instância
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo na qual
trata dos seus planos para 2020, o ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou esperar um
posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) ou
do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)- ambos presidi–
dos pelo ministro Dias Toffoli - para que se resolvam o
que definiu como "problemas técnicos graves" da figura
do juiz de garantias.
Em seu título principal, O Estado de S.Paulo lembra
que a criação do posto jurídico do juiz de garantias, que
visa evitar parcialidade nos processos, foi proposta pelo
Congresso, e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro,
como adendo ao pacote anticrime de Moro. "Muitas ques–
tões ficaram indefinidas.
É
indicativo de que faltou deba–
te, apesar de a Câmara ter sido alertada. Espero que o
STF ou o CNJ possam corrigir esses problemas", disse
Moro.
Mesmo com a esperança de um "freio" por parte do
STF ou do CNJ, para o ex-juiz federal a "melhor solução"
seria que algumas questões sobre o tema fossem debati–
das no âmbito do projeto do novo Código Processual
Penal, em tramitação no Congresso Nacional.
O Estadão lembra ainda que a inserção do juiz de
garantias, medida agora apelidada de "antiMoro", não é
o único revés sofrido pelo ministro da Justiça em seu pri–
meiro ano no primeiro escalão do Executivo Federal. Em
2019, houve a transferência do Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf) para a pasta de Economia,
além de seguidas alterações no projeto de abuso de auto–
ridade.
"Sempre que se envia um projeto de lei, há a possibi–
lidade de que seja rejeitado total ou em parte", afirma
Moro. Segundo o matutino paulista, Moro pretende usar
o capital político de ministro mais popular do governo
Bolsonaro para tentar reverter, com o auxílio do Con–
gresso, derrotas também causadas por decisões do Judi–
ciário, como a questão da prisão em segunda instância.
"Moro espera que STF corrija 'falhas' no juiz de garan–
tias", sublinha a manchete do Estadão.
Justiça concede medida protetiva para filha de ex-presidente do Pros
A Justiça do Distrito Federal conce-–
deu medida protetiva para a filha do ex–
presidente nacional do Partido Republi–
cano da Ordem Social (Pros), Eurípedes
Junior, por suposta agressão cometida
por ele. A jovem, de 19 anos, registrou
uma denúncia na última quarta-feira (8).
Pela decisão, o político deve manter
uma distância mínima de 200 metros da
filha, de acordo com os advogados de
Eurípedes, Paulo Henrique Gonçalves e
Bruno Pena.
Ele foi indiciado pela Polícia Civil
do Goiás após a filha registrar a ocor–
rência eum laudo atestar marcas de pan–
cadas e mordidas pelo corpo. A briga
teria sido motivada pela posse de um
carro.
Ela relatou que as agressões ocorre-–
ram na sede do Pros, em Planaltina de
Goiás, região do Entorno do Distrito
Federal. Eurípedes teria oferecido R$15
mil em troca do carro dela. A jovem
depôs que não concordou com a pro–
posta do pai, mas que ele pegou acha–
ve das mãos dela e começou as agres–
sões.
Após conseguir pegar a chave, Eurí–
pedes teria entrado no veículo e jogan–
do pela janela o celular e o carregador da
filha, de acordo com os relatos da jovem
à Polícia Civil.
O advogado Bruno Pena afirmou que
a decisão da medida protetiva foi profe–
rida na última sexta-feira (10) e foi rece–
bida com "normalidade" pela defesa, que
espera "explicar" o caso.
"Durante a instrução do processo,
vamos ter a oportunidade de exercer o
contraditório e explicar que houve um
desentendimento no momento em que o
pai estava corrigindo sua filha", afirmou.
A versão apresentada pela defesa
afirma que Eurípedes financiou o carro
para a jovem, mas "em razão da filha
não ter pagado nenhuma das prestações,
o pai a chamou para conversar e deci–
diu retomar o carro".
Afastado da presidência
Neste sábado (11), o Pros decidiu
destituir Eurípedes da presidência nacio–
nal do partido. De acordo com nota
divulgada pela sigla, a decisão foi unâ–
nime e foi tomada em reunião do Dire–
tório Nacional, em Brasília.
Segundo o Pros, Júnior é acusado de
desviar recursos dos fundos partidário e
eleitoral, financiados com verba públi–
ca, além de lavagem de dinheiro. Os
casos começaram a surgir em 2016.
AGU recorre de decisão que desbloqueou recursos do Fundo Nacional de
Seguran~
Pública
A Advocacia-Geral da União
(AGU) recorreu nesta segunda-fei–
ra (6) da decisão do presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF),
ministro Dias Toffoli, que determi–
nou transferência imediata de 50%
dos recursos do Fundo Nacional de
Segurança Pública aos estados e ao
Distrito Federal.
A decisão foi tomada em 27 de
dezembro e incidiu sobre os recur–
sos arrecadados com a exploração
de loterias. Toffoli também deter–
minou que o governo não faça novos
contingenciamentos no fundo até
que a relatora, ministra Rosa Weber,
analise o caso. A decisão é liminar
(provisória).
No recurso, a AGU pede que a
decisão de Toffoli seja suspensa até
que o STF defina se os estados e o
DF precisam, ou não, cumprir os pré–
requisitos legais para receber trans–
ferências desse tipo.
"Ao menos expressamente, a
decisão embargada [de Toffoli] não
se prestou a afastar [o cumprimento
das condicionantes]", diz aAGU.
Ainda segundo o recurso, em uma
decisão similar sobre o Fundo Peni–
tenciário Nacional, o STF estabele–
ceu um precedente que obrigaria esta–
dos e DF a cumprirem essas obriga–
ções legais.
"Mesmo que algumas transferên–
cias de recursos de responsabilidade
da União sejam classificadas como
obrigatórias, decorrendo de determi–
nação legal, tais recursos não passam
a ser de titularidade dos estados, o
que implica no reconhecimento de
que remanesce sobre a administração
pública federal o dever de acompa–
nhar e fiscalizar sua escorreita apli–
cação, pelos beneficiários, nos obje-–
tivos para os quais estes valores estão
legalmente destinados", argumenta.
A decisão de Toffoli foi tomada
durante oplantão do Poder Judiciário,
quando o presidente do Supremo
pode analisar pedidos considerados
urgentes. Como o tribunal segue em
recesso, o recurso também deve ser
analisado pelo ministro.
''
Consórcio
desclassificado
da
disputa pedia que
caso fosse
reconsiderado.Ministra
Rosa Weber
convocou sessão
em meioao
recesso; urnas devem
ser
usadas
já
em outubro.
' '
Trecho do texto
Adecisão foitomada noâmbitode uma açãoapresentada por
25 estados
eoDistritoFederal. Apenas aParaíbanãoparticipa. Segundoos entes,a
UniãocontingenciouR$1,14bilhão165% dofundo)