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Opnião
I___
CleberBarbosa
--~
Tjap
O Tribunal de Justiça divulgou agenda das primei–
ras sessões de julgamento de 2020. A Câmara Única,
que reúne mais de uma Turma para julgar processos
em grau recursai, retoma as atividades hoje com 55 pro–
cessos em pauta e dois pedidos de vista.
Foro
Já o Tribunal Pleno, presidido pelo desembargador–
presidente João Lages, volta às atividades na próxima
quarta-feira, dia 22/01, com pelo menos 11 processos
na pauta de votação e/ou julgamentos.
Curso
Funcionários do SES! e do SENA! participaram do
curso de aperfeiçoamento em NR 35. A capacitação
desenvolve competências para trabalhos segurIB em
altu–
ra, que garantem a integridade física e a saúde.
Risco
Aviação
ODIÁRIO DO AMAPÁ OTERÇA-FEIRA 1
21
JANEIRO DE
2020
8 Fone:
99165-4286
8
E-mail: diario-ap@uol.com.br
ARGUMENTOS
8.Jomalista - E-mail: coluna.argumentos@yahoo.com.br -Blog: cleberbarbosa.net
Estrutura
ConexaoBrasilia.com
Aceitou
Aatriz Regina Duarte
afumou que começará
nesta terça-feira (21) o
período de testes na
Secretarta Especial da
Cultura. Após reunião com
o presidente
Jair
Bolsonaro, a global tería
aceitado substituir
Roberto Alvim no posto
que cuidará da política de
cultura para todo o
país.
Muitos creditam ao seu
carista e engajamento.
Números
As
normas e regras de segurança contidas na NR 35,
dizem respeito à urna função profissional que envolve
riscos de queda, então é preciso seguir todos os proce–
dimentos de segurança, segundo a coordenação.
Política
O ex deputado Bruno Mineiro, que em 2014 dis–
putou a eleição ao Governo do Amapá, está de volta à
cena política. Davi o quer concorrendo a prefeito de
Tartarugalzinho, cidade onde se criou.
O Aeroporto Internacional de Maca–
pá encerrou 2019 com alta na movi–
mentação de passageiros. Foram
597.593 embarques e desembarques,
9,4% a mais que os 546.030 viajantes
registrados em 2018. No periodo, o ter–
minal contabilizou 7.916 operações de
pousos e decolagens.
Segundo o superintendente do aero–
porto, Ezequiel Gomes dos Santos, este
foi o melhor resultado desde 2015 no ter–
minal amapanse. Ele atribui o saldo posi–
tivo na movimentação de passageiros,
entre outros fatores, aos invextimentos
para a entrega
das
novas instalações, entre–
gues pela Infraero em 2019.
O novo terminal de passageiros
do Aeroporto foi inaugurado em abril
do ano passado. Com a conclusão das
obras, que receberam investimentos
de
R$
166,4 milhões, os passageiros
e operadores aéreos passaram a ter
melhores níveis de serviço, atendi–
mento, conforto e segurança.
OtonAlencar
,,--------
E
stousentado
à
mesa onde me vejo como artesão na arte de
trabalhar as letras, onde engendram minhas ideias que
preencham este espaço diariamente.
A noite está maravilhosa. O colchão negro pontilhado de
miríades, cintilantes e prateadas estrelas, está totalmente escuro
por nuvens ameaçadoras de chuva que castiga a cidade nesse
inverno em queachuva não tem dado trégua.
Busco inspiração para escrever. Aminha mente abstrai-se de
tudo eo pensamento voa. Dos escaninhos de minhas lembran–
ças distantes, como raios fulgurantes emergem lembranças de
umpassado longínquo.
Vejo-me pela primeira vez diante de um barbeiro que tal
qual odentista tinha ocondão de amedrontar as crianças.
Talvez tivesse quatro anos de idade, quando chegou o dia
aguardado da visita
à
barbearia. Morava na rua dos Badaranas,
esquina da ruados Crentes.
Era uma manhã de sábado. Meu pai me tomou pela mão e
seguimos
à
barbearia.
Minha mãe passou sua mão tutelar sobre a minha cabeça
num carinho sutil e saímos, eucomo um cordeiro ao matadou–
ro. Um temor inquietantedeixava-me nervoso. Para mim o bar–
beiro era ummagarefe, sempre com uma tesoura euma navalha
empunhadas, sempre disposto acortaropescoço de menino cho–
rão.
Antecipadamentepensava no meu sangue quecertamente o
barbeiro faria jorrar. Passamos pela jaqueira do vizinho.
Esta
chegando
ahora
fatal.
Quando o
carrasro
ia
guilhotiJJar-me. Foi quando
ouvi~:
traga-me o
menillo.
Nesse momento
tive vOJ1tade de
COl're!,
desaparecei: Meu
pai
pegou–
me
com seus
lnllços
fortes e
colocou-me
em
cima
de uma
caixa
de madeira que
havia
sido
caloc.ada,
para
aumentar
aJtuJa.
''
Omeu primeiro corte de cabelo
Escritor - E-mail: oton<l@9'®uol.com.br
As
fmtas expostas e com o seu cheiro convidativo, pro–
vocava água na boca.
Mesmo diante do medo, aquelas frutas convidavam des–
pertar oapetite infantil. Fomos subindo uma ladeira íngreme e
escorregadia. Omeupai resolveu conversarcomigo, para tirar–
me daquela mudez, quebrada apenas pelo nosso caminhar na
calçada esburacada. Ajaqueira ficava cada vez mais distante.
Adireita ficava a Fontedas Cuiãs, onde crianças indiferentes
à
minha dor, nadavam sem omedo de cortar ocabelo.
Meupai me animava. A barbearia está não muito distan–
te. Ficava juntoao mercado distrital. Passamos pela sapataria
do seu Dedé, quecortava a sola com a faca afiada, que fazia
me lembrar da navalha afiada do barbeiro.
Muitas pessoas iam evinham. Uma com galinhas pendu–
radas, colchão de porco amarrado com barbante, caixas de
banana transportadas na cabeça.
Era umburburinho mercadológico de cidade interiorana.
Finalmentechegamos
à
barbearia, uma sala desajeitada,
quaseenvolvida de uma penumbra. Filtrada pelo darão quepro–
jetava de uma pequena janela. Eu continuava mudo. O cora–
ção disparava e as mãos suavam frio. Os fregueses tagarela–
vam eriam enão sei deque. Não achava nenhuma graça daque–
la situação de agonia. Obarbeiro querendo sersimpático cum–
primentoumeu pai efalouuma pilhéria comigo.
Nem leunos meus olhos oestadode nervos com que me
enconcrava, consolou-me, com palavras reanimadoras.
Vi umfilete de sanguejorrardo pescoço de um cliente. O
barbeiro passou um liquido com um algodão tentando estan–
car osangue. Aquilo me apavorava ainda mais.
Esta chegando a hora fatal. Quando o carrasco ia guilho–
tinar-me. Foi quando ouvi dizer: traga-me o menino. Nesse
momentotive vontade de correr, desaparecer. Meu pai pegou–
me com seusbraços fortes ecolocou-me em cima de uma cai–
xa de madeira que havia sido colocada, para aumentar altura.
Não tiveoutra alternativa senão chorar. Eu já não chorava, gri–
tava mesmo. O barbeiro embmlhou-me num pano branco,
como se fosse uma mortalha, oquefez lembrar mais da mor–
te. E continuava: ai! ai!! Não quero! Não quero! Me largue
seumoço! Sacudia-me todo. Obarbeiro para me acalmar dis–
se: fiquequieto, senão vou cortar sua orelha. Afrase em vez
de me acalmar, deu-me foi mais pavor, mas fuideixando aos
poucos de me mexer. Meupai impoluto, observava tudo com
tranquilidade. O barbeiro pode então começar cortar o meu
cabelo e os primeiros cachos de cabelo começaram cair no
chão.
No momento da navalha, foi outro berreiro, meu pai a
mim solidário, dispensou o uso da navalha para fazer o pé
do cabelo.
Meupai pagouo barbeiro com algumas moedas.
Volto
à
nossa residência. Minha mãe, olhando-me eafa–
gando-me disse: aquele cabelo era dos que vão no navio dos
cabeludos. Agora está parecendo umrapazinho.
---------~~------------Incoerência
Carlos Eduardo Santos - Centro
Sr. Editor,
Estive dez anos longe de Macapá, viajando
pela Amazônia Ocidental. No retorno, agora,
vejo que acidade evoluiu. Há mais lojas
comerciais, algumas altamente sofisticadas.
Edifícios também dão um aspecto melhorado
à
ex 'Cidade Joia da Amazônia'. Mas
infelizmente as ruas depõem contra qualquer
beleza que a nossa capital possa ter.
Cartas
Acertado
Jacó Benjamin
Senhor Editor,
Logo que vi toda Macapá tomada
por
semáforos, detestei ainiciativa. Aquilo
emperrava otrânsito já tão emperrado da
cidade. Mas depois, com opassar do tempo, fui
aderindo ao grande número de semáforos.
De
fato, aCIMac tem razão: colocar muitos
semáforos diminui o número de acidentes na
área mbana. Bacana!
Frases
''
Façaoquelar
necessáriopara
ser
/eliz.
IriasJJiase
esquSj:I
que
alelicidade
é
um
sentimento
simples,
você
pode
enamtrá·Ja e
deixá-la
ir
emborapor
JJia
pereeber
na
simpliddade.
Maria Quintana
Você
faz
suas escalbas,•suas escolhas
fazem
você.
Steve Beckman