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O DIÁRIO DO AMAPÁ O DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA 112E13 DE JANEIRO DE 2020

3

011inião

1

8

Fone: 99185-4288

8

E-mail: diario-ap@uol.com.br

Frase do dia

LuizMelo

-------------

FROM

' '

Na política,

a

verdade deve

esperar

o

momento

em

que

8E-mail:luizmello.da@uol.com.br

Copa do Brasil

O Santos-AP enfrenta

América-MG em 5 de

fevereiro no Zerão.

Peixe da Amazônia precisa

vencer para ir

à

próxima fase do

certame.

No páreo

Nome de Aline Gurgel (Republicanos) ainda não

saiu de cena para sucessão de Clécio, na prefeitura de

Macapá.

Bem votada em 2016, Aline pode ser o nome do gru–

po de WGóes nas eleições de outubro.

Encrenca

Desembargador Lages manda ex-presidente da CPL

da Alap, Janiery Torres, cumprir mais 2 anos de pena na

cadeia.

Torres

foi

condenado a mais de 7 anos por fraude em

licitação que provocou um rombo de mais de R$ 5 milhões

ao erário.

Prefeituráveis

Santana poderá ser o município com o maior número

de candidatos em outubro.

Além de Sadala (PSL), que busca reeleição, surgem

como pré-candidatos: Bala Rocha (PSDB), Rarison Santiago

(PRP), Josenildo Abrantes (PDT), Dilson Borges (MDB),

Nogueira (PT), Jory Oeiras (DC) e Roseli Matos (PP).

Façam suas apostas.

Aposta

Luany Favacho, filha de Amiraldo e Francisca, irmã de

Júnior e Acácio, disputará vaga na CVM, em outubro.

Luany não é estreante na política, porque em 2016 ela

foi candidata a vice-prefeita na chapa de Isabel Nogueira

à

prefeitura de Santana e é viúva de Fábio, que foi vereador

e presidente da Câmara Municipal de Santana.

Cartão postal

Com inauguração confirmada para a próxima quinta

(16), o novo Mercado Central de Macapá já figura como

dos mais importantes trades turísticos da Região Norte do

país. Suas peculiaridades, certamente, terão apelo forte para

quem desejar conhecer seus espaços.

Inspeção

Clécio esteve com Capiberibe visitando prédio da Asso–

ciação dos Autistas do Amapá (AMA), construído com

emenda de R$ 1 milhão da ex-deputada Janete.

Inauguração será em 2 de fevereiro.

Bom quadro

Djalma, um dos articuladores políticos de Clécio,e secre–

tário da Mobilização municipal, já tem nome agendado pra

concorrer

à

verença.

É

do PSol e sai com respaldo dos já veteranos Rinaldo

e Paulo Lemos.

Afinados

Depois de consolidar parceria nas obras de mobilidade

urbana, WGóes e Clécio agora focam na iluminação pública

de Macapá.

Governador e prefeito estiveram reunidos na sexta (10)

para tratar sobre os repasses da CEA ao município.

NoDM

Amapaense Bira vai reagindo bem ao tratamento de saú–

de que está sendo submetido no Hospital Beneficência em

Belém.

Dirigentes do Clube do Remo estão dando todo apoio

ao tremendão.

Expectativa

Faltando 34 dias para o aniversário de

262 anos de Macapá, PMM prepara uma

festa

à

altura da magnitude da data.

Programação traz um agrado a mais,

que embora presente de 2016 a 2019, qual

seja, a participação das escolas de samba,

desta vez haverá desfUe, não no Sambó–

dromo - vetado por medida de seguran–

ça-, mas tão grandioso quanto.

Podem crer.

e

JOSÉ SARNEY - EX-PRESIDENTE DA REPúBLICA

Articulista

As chuvas

A

s notícias cansaram-se nas festas e

louvações do fim do ano. Estamos

na fase em que os jornalistas che–

gam às redações, puxam os cabelos e gri–

tam: "Não acontece nada!". O inusitado

fica por conta dos aguaceiros que desaba–

ram sobre Minas, São Paulo e Rio de

Janeiro. O assunto é a chuva.

mitologia, na literatura, nas artes?

Os vedas, no relato dos deuses hin–

dus, falam dos poderes de Indra,

deus da chuva, filho de Aditi,

irmão de Agni, deus do fogo.

Indra faz "a terra tremer, esmaga

cidades, fortalezas; então, as

águas presas são soltas e descem

as torrentes à terra, e os rios trans–

bordam rolando e espumando...".

''

todos precisem dela.

' '

Bjomstjerne Bjornson

Avenida do samba

Desfiles das escolas de samba, em fevereiro, não serão

na Ivaldo Veras, mas sim na também avenida Victa Mota

Dia~~ªe!~~~~~:a~º~~~~ªó~~~:~·fr~~t:s~~mE~:~~r~

Milton

Corrêa, o Zerão, e o estacionamento do Sambódromo.

Tocando

Em seu último ano no trono da PMM, Clécio vem

empreendendo obras a toque de caixa, aproveitando a par–

ceria com Davi e Waldez.

Em tempos de crise, é estratégico flertar com os políticos

com mandato para obter recursos de BSB para tocar a gestão

e fechá-la com chave de ouro.

No trilho

Vagão da Locomotiva do futebol amapaense segue firme

e, até agora, sem descarrilhar.

Depois de dois empates com Água Santa (SP) e Vitória

da Conquista (BA) pela fase de grupos e vitória por WO

sobre o Flamengo-RJ que desistiu de participar, o Trem se

classificou para a próxima fase.

Viva!

Retribuição

É

possível que o PDT não lidere cabeça de chapa

à

pre–

feitura, em outubro, optando por acolher na aba do seu cha–

péu, além da Rede, pelo perfil ideológico, também o DEM,

em resposta ao apoio que o GEA tem recebido do morubi–

xaba Davi (Senado).

É

o que se escuta nas rodas políticas.

Vixe!

Virou moda hoje em dia os duelos de ofensas e achinca–

lhes nos aplicativos e redes sociais. Está circulando pela cida–

devários áudios de uma discussão (feia) entre um presidente

de escola de samba e um vereador de Macapá.

Palavrões, baixo calão, vulgaridade e dúvidas

recíprocas em relação

à

sexualidade.

Nota Zero no quesito educação.

Conhecimento

Clécio tem reafirmado vontade de

cursar a ESG, no

RJ,

depois de fechar

seu

mandato na prefeitura.

Mas de olho grelado na cena política,

porque disputa a sucessão de Waldez, em

22, como tem admitido em roda com mais

nasceu em Santiago de Cuba, tem

um poema em que exclama: "Que

rumor!

É

a chuva? / Desatada sai

a corrente e escurece o mundo /

céu, nuvens e colinas, caro bos–

que / onde estás?". No Mara–

nhão, Almeida Braga, parnasia–

no dos bons, diz que as chuvas

são "provindas dos ares, dos

astros, caídas em globos argentes

de um puro brilhar".

Mas nem só de desgraças e versos

vivem as chuvas. No Nordeste, se cho-

As águas sempre foram um mistério

para os homens. No princípio, só elas exis–

tiam. O Gênesis guarda, na sua beleza poé–

tica, a dimensão que tiveram no processo

da criação: "O espírito de Deus boiava

sobre as águas", com "monstros marinhos

e todos os seres viventes, os quais as águas

produziram com abundância". A ciência

confirma que a vida começou na água.

Eram extraordinários o medo e o fascínio

que elas exerceram na história do homem.

E mais misteriosas eram as águas quando

vindas do céu. Noé escapou da maior

delas. Eram manifestações de deuses e

demõnios. O tempo começou a ser conta–

do pela periodicidade das chuvas, suas

ligações com a Lua, os prenúncios que

davam ao mundo.

Foi esse deus que desabou sobre

Minas e obrigou o governador do

Estado a mudar a sede de seu governo

para Pouso Alegre e fez o presidente

esquecer as bolsas, o desemprego e as

reformas para caminhar na lama, alípede,

e ouvir relatos dramáticos dos estragos

provocados pela fúria das águas. Foi a lta–

jubá. E as chuvas desencadearam uma cri–

se política entre governo estadual e fede–

ral, com efeitos vocabulários, desarqui–

vada a palavra "anfótero", até então esque–

cida nos dicionários. O mesmo fez Bene–

dito Valadares quando, há 40 anos, res–

gatou a palavra "boquirroto", que, renas–

cida, atualizou-se e está jovem.

Masnem

de

desgraças

eversos

vivem

as

cbuvas. No

Nordeste,

se

c.bove

o

mwulomuda. Iluda a

natureza, mudam

as

pessoas.

Os

bicbos

e

gentes

gritam

de alegria e

llillguém

reclama

das

águas. Pode

cbover

à

vontade, fazer estragos

e

ve o mundo muda. Muda a natureza,

mudam as pessoas. Os bichos e gentes gri–

tam de alegria e ninguém reclama das

águas. Pode chover à vontade, fazer estra–

gos e provocar desabrigos. Todos querem

se molhar. E o nordestino diz feliz: "Está

morrendo sapo afogado". Os lagos e açudes

enchendo, arroz brabo, andrequicé, cana–

rana. Aves de arribação chegando, patos,

marrecos, jaçanãs batendo asas para secar

as penas. Tudo é festa.

Águas do Nordeste! Jamais antóferas,

nem didonianas. Jamais espadongam. E nos–

sos olhos para elas nunca serão de esoforia.

O que as chuvas não inspiraram na

Heredia, poeta hispano-americano que

provocar

desabrigas.

' '