O DIÁRIO DO AMAPÁ O DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA 112E13 DE JANEIRO DE 2020
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011inião
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Frase do dia
LuizMelo
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Na política,
a
verdade deve
esperar
o
momento
em
que
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Copa do Brasil
O Santos-AP enfrenta
América-MG em 5 de
fevereiro no Zerão.
Peixe da Amazônia precisa
vencer para ir
à
próxima fase do
certame.
No páreo
Nome de Aline Gurgel (Republicanos) ainda não
saiu de cena para sucessão de Clécio, na prefeitura de
Macapá.
Bem votada em 2016, Aline pode ser o nome do gru–
po de WGóes nas eleições de outubro.
Encrenca
Desembargador Lages manda ex-presidente da CPL
da Alap, Janiery Torres, cumprir mais 2 anos de pena na
cadeia.
Torres
foi
condenado a mais de 7 anos por fraude em
licitação que provocou um rombo de mais de R$ 5 milhões
ao erário.
Prefeituráveis
Santana poderá ser o município com o maior número
de candidatos em outubro.
Além de Sadala (PSL), que busca reeleição, surgem
como pré-candidatos: Bala Rocha (PSDB), Rarison Santiago
(PRP), Josenildo Abrantes (PDT), Dilson Borges (MDB),
Nogueira (PT), Jory Oeiras (DC) e Roseli Matos (PP).
Façam suas apostas.
Aposta
Luany Favacho, filha de Amiraldo e Francisca, irmã de
Júnior e Acácio, disputará vaga na CVM, em outubro.
Luany não é estreante na política, porque em 2016 ela
foi candidata a vice-prefeita na chapa de Isabel Nogueira
à
prefeitura de Santana e é viúva de Fábio, que foi vereador
e presidente da Câmara Municipal de Santana.
Cartão postal
Com inauguração confirmada para a próxima quinta
(16), o novo Mercado Central de Macapá já figura como
dos mais importantes trades turísticos da Região Norte do
país. Suas peculiaridades, certamente, terão apelo forte para
quem desejar conhecer seus espaços.
Inspeção
Clécio esteve com Capiberibe visitando prédio da Asso–
ciação dos Autistas do Amapá (AMA), construído com
emenda de R$ 1 milhão da ex-deputada Janete.
Inauguração será em 2 de fevereiro.
Bom quadro
Djalma, um dos articuladores políticos de Clécio,e secre–
tário da Mobilização municipal, já tem nome agendado pra
concorrer
à
verença.
É
do PSol e sai com respaldo dos já veteranos Rinaldo
e Paulo Lemos.
Afinados
Depois de consolidar parceria nas obras de mobilidade
urbana, WGóes e Clécio agora focam na iluminação pública
de Macapá.
Governador e prefeito estiveram reunidos na sexta (10)
para tratar sobre os repasses da CEA ao município.
NoDM
Amapaense Bira vai reagindo bem ao tratamento de saú–
de que está sendo submetido no Hospital Beneficência em
Belém.
Dirigentes do Clube do Remo estão dando todo apoio
ao tremendão.
Expectativa
Faltando 34 dias para o aniversário de
262 anos de Macapá, PMM prepara uma
festa
à
altura da magnitude da data.
Programação traz um agrado a mais,
que embora presente de 2016 a 2019, qual
seja, a participação das escolas de samba,
desta vez haverá desfUe, não no Sambó–
dromo - vetado por medida de seguran–
ça-, mas tão grandioso quanto.
Podem crer.
e
JOSÉ SARNEY - EX-PRESIDENTE DA REPúBLICA
Articulista
As chuvas
A
s notícias cansaram-se nas festas e
louvações do fim do ano. Estamos
na fase em que os jornalistas che–
gam às redações, puxam os cabelos e gri–
tam: "Não acontece nada!". O inusitado
fica por conta dos aguaceiros que desaba–
ram sobre Minas, São Paulo e Rio de
Janeiro. O assunto é a chuva.
mitologia, na literatura, nas artes?
Os vedas, no relato dos deuses hin–
dus, falam dos poderes de Indra,
deus da chuva, filho de Aditi,
irmão de Agni, deus do fogo.
Indra faz "a terra tremer, esmaga
cidades, fortalezas; então, as
águas presas são soltas e descem
as torrentes à terra, e os rios trans–
bordam rolando e espumando...".
''
todos precisem dela.
' '
Bjomstjerne Bjornson
Avenida do samba
Desfiles das escolas de samba, em fevereiro, não serão
na Ivaldo Veras, mas sim na também avenida Victa Mota
Dia~~ªe!~~~~~:a~º~~~~ªó~~~:~·fr~~t:s~~mE~:~~r~
Milton
Corrêa, o Zerão, e o estacionamento do Sambódromo.
Tocando
Em seu último ano no trono da PMM, Clécio vem
empreendendo obras a toque de caixa, aproveitando a par–
ceria com Davi e Waldez.
Em tempos de crise, é estratégico flertar com os políticos
com mandato para obter recursos de BSB para tocar a gestão
e fechá-la com chave de ouro.
No trilho
Vagão da Locomotiva do futebol amapaense segue firme
e, até agora, sem descarrilhar.
Depois de dois empates com Água Santa (SP) e Vitória
da Conquista (BA) pela fase de grupos e vitória por WO
sobre o Flamengo-RJ que desistiu de participar, o Trem se
classificou para a próxima fase.
Viva!
Retribuição
É
possível que o PDT não lidere cabeça de chapa
à
pre–
feitura, em outubro, optando por acolher na aba do seu cha–
péu, além da Rede, pelo perfil ideológico, também o DEM,
em resposta ao apoio que o GEA tem recebido do morubi–
xaba Davi (Senado).
É
o que se escuta nas rodas políticas.
Vixe!
Virou moda hoje em dia os duelos de ofensas e achinca–
lhes nos aplicativos e redes sociais. Está circulando pela cida–
devários áudios de uma discussão (feia) entre um presidente
de escola de samba e um vereador de Macapá.
Palavrões, baixo calão, vulgaridade e dúvidas
recíprocas em relação
à
sexualidade.
Nota Zero no quesito educação.
Conhecimento
Clécio tem reafirmado vontade de
cursar a ESG, no
RJ,
depois de fechar
seu
2º
mandato na prefeitura.
Mas de olho grelado na cena política,
porque disputa a sucessão de Waldez, em
22, como tem admitido em roda com mais
nasceu em Santiago de Cuba, tem
um poema em que exclama: "Que
rumor!
É
a chuva? / Desatada sai
a corrente e escurece o mundo /
céu, nuvens e colinas, caro bos–
que / onde estás?". No Mara–
nhão, Almeida Braga, parnasia–
no dos bons, diz que as chuvas
são "provindas dos ares, dos
astros, caídas em globos argentes
de um puro brilhar".
Mas nem só de desgraças e versos
vivem as chuvas. No Nordeste, se cho-
As águas sempre foram um mistério
para os homens. No princípio, só elas exis–
tiam. O Gênesis guarda, na sua beleza poé–
tica, a dimensão que tiveram no processo
da criação: "O espírito de Deus boiava
sobre as águas", com "monstros marinhos
e todos os seres viventes, os quais as águas
produziram com abundância". A ciência
confirma que a vida começou na água.
Eram extraordinários o medo e o fascínio
que elas exerceram na história do homem.
E mais misteriosas eram as águas quando
vindas do céu. Noé escapou da maior
delas. Eram manifestações de deuses e
demõnios. O tempo começou a ser conta–
do pela periodicidade das chuvas, suas
ligações com a Lua, os prenúncios que
davam ao mundo.
Foi esse deus que desabou sobre
Minas e obrigou o governador do
Estado a mudar a sede de seu governo
para Pouso Alegre e fez o presidente
esquecer as bolsas, o desemprego e as
reformas para caminhar na lama, alípede,
e ouvir relatos dramáticos dos estragos
provocados pela fúria das águas. Foi a lta–
jubá. E as chuvas desencadearam uma cri–
se política entre governo estadual e fede–
ral, com efeitos vocabulários, desarqui–
vada a palavra "anfótero", até então esque–
cida nos dicionários. O mesmo fez Bene–
dito Valadares quando, há 40 anos, res–
gatou a palavra "boquirroto", que, renas–
cida, atualizou-se e está jovem.
Masnem
só
de
desgraças
eversos
vivem
as
cbuvas. No
Nordeste,
se
c.bove
o
mwulomuda. Iluda a
natureza, mudam
as
pessoas.
Os
bicbos
e
gentes
gritam
de alegria e
llillguém
reclama
das
águas. Pode
cbover
à
vontade, fazer estragos
e
ve o mundo muda. Muda a natureza,
mudam as pessoas. Os bichos e gentes gri–
tam de alegria e ninguém reclama das
águas. Pode chover à vontade, fazer estra–
gos e provocar desabrigos. Todos querem
se molhar. E o nordestino diz feliz: "Está
morrendo sapo afogado". Os lagos e açudes
enchendo, arroz brabo, andrequicé, cana–
rana. Aves de arribação chegando, patos,
marrecos, jaçanãs batendo asas para secar
as penas. Tudo é festa.
Águas do Nordeste! Jamais antóferas,
nem didonianas. Jamais espadongam. E nos–
sos olhos para elas nunca serão de esoforia.
O que as chuvas não inspiraram na
Heredia, poeta hispano-americano que
provocar
desabrigas.
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