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DIÁRIO DO AMAPÁ
e
QUARTA-FEIRA l 15 DE JANEIRO DE 2020
Economial
PARADO
e
Ministérto da Economia também quer restringir cessão de servidores do INSS a outrosórgãos
INSS vai contratar 7 mil militares da reserva
para reduzir fila de processos, diz governo
O
secretário especial de Previ–
dência e Trabalho, Rogério
Marinho, anunciou nesta ter–
ça-feira (14) que 7 mil militares da
reservavão reforçar oatendimento no
INSS. A ideia é que o pacote seja
implementado até abril e, com isso, a
fila de quase 2 milhões de pedidos
represados seja resolvida até setem–
bro.
O
governo
tambémquerrestringir
a cessão de servidores do INSS a
outros órgãos, e instalar uma força–
tarefa para a pericia dos 1.514 servi–
dores que estão afastados do instituto.
O anúncio
foi
feito após reunião do
ministro da Economia, Paulo Guedes,
com Marinho e a equipe econômica
nesta segunda (13).
As mudanças serão publicadas em
um decreto. Segundo o governo, o tex–
to tambémvai incluir medidas dedes-
burocratização do atendimento do
INSS, como o fim da obrigação em
autenticardocumentos e atualizar cer–
tidões ao longo da tramitação.
Hoje, 7.820 servidores do INSS
fazem aanálise de documentos para a
concessão de benefícios. Com a che–
gada dos militares, funcionários do
INSS devem sair do atendimento e
reforçar aanálise.
A
expectativa
é
que
o número de analistas chegue a 10 mil.
Mesmo após setembro, segundo o
secretário, não
há
expectativa de que
o estoque de processos pendentes seja
zerado por completo. A meta, diz
Marinho,
é
que os casos não fiquem
acumulados - ou seja, que o número
denovos pedidos seja similar ao núme–
ro de processos concluídos.
"O estoque não será zerado. Você
tem 988
mil
pedidos queentram todos
os meses, não dáparazerarestoque. O
que a gente está dizendo é que pre–
tende que todo mês, até setembro,
outubro,agente tenhaaí esse número
de requerimentos da mesma quanti–
dade que temos capacidade de pro–
cessar.
É
isso que agente quer", expli–
cou.
O secretário informou, ainda, que
o pacote de ações custará R$ 14,5
milhões por mês.O valor inclui agra–
tificação dos militares - que, por lei,
equivalea 30% adicionais sobre a apo–
sentadoria na reserva.
Parte do custo, segundo Marinho,
será compensada pela economia do
governo com o fim da correção
monetária gerada, justamente, por
esses atrasos sucessivos. "Conside–
ramos que esse custo será compen–
sado com acorreção monetária que o
governo deve deixar de pagar com os
empoçamentos."
e
Petrobras conclui venda de ativos na Nigéria por US.S 1,454 bilhão
à
Petrovida
A
Petrobras informou nesta
terça-feira (14) que concluiu
a venda de sua participação
de 50% na joint venture holandesa
Petrobras Oil & Gas (PO&GBV),
que detém ativos na Nigéria, por
US$ 1,454 bilhão (cerca de R$ 6
bilhões)
A participação foi vendida para
a Petrovida Holding, detida inte–
gralmente pela Africa Oil, empre–
sa de capital aberto canadense de
exploração e produção.
A transação inicialmente de
US$ 1,53 bilhão teve o valor ajus–
tado para refletir a incidência de
juros sobre o preço da compra e a
dedução da parcela da Petrobras do
pagamento de taxas para aprova-
ção da transação pelo governo
Nigeriano.
Do montante total, a Petrobras
recebeu US$ 1,03 bilhão na forma
de dividendos pagos pela
PO&GBV desde a data base da
transação, no início de 2018, e
outros US$ 276 milhões nesta ter–
ça-feira.
Outros US$ 123 milhões, sujei–
tos a atualização, serão pagos tão
logo o processo de redeterminação
do campo de Abgami seja imple–
mentado, e os US$ 25 milhões res–
tantes, até 30 de junho.
Com a transação, a Petrobras
encerra integralmente as suas ati–
vidades operacionais na África,
afirmou a companhia.
A PO&GBV tem 8% de parti–
cipação no bloco OML 127, onde
está o campo produtor de Agbami,
e 16% de participação no bloco
OML 130, que contém os campos
produtores de Akpo e de Egina. Em
nenhum deles ajoint venture é ope–
radora.
A parcela da Petrobras na pro–
dução média de óleo em 2019 dos
ativos da PO&GBV foi de cerca de
34 mil barris/dia.
A venda faz parte do plano bilio–
nário de desinvestimentos de ativos
da Petrobras, que busca focar inves–
timentos em ativos de maior retor–
no, essencialmente de exploração e
produção em águas profundas, e
reduzir sua enorme dívida.
e
Azul faz acordo para comprar rival TwoFlex por R$123 milhões eamplia operações em Congoohas
A
companhia aérea Azul anun–
ciou nesta terça-feira (14) um
acordo para comprar a rival
menor TwoFlex, reforçando a apos–
ta na aviação regional e de olho em
licenças adicionais para voos ligan–
do o aeroporto de Congonhas (SP)
ao Rio de Janeiro.
O negócio, antecipado pela Reu–
ters mais cedo citando fonte, é ava–
liado em R$ 123 milhões e dará à
malha da Azul 36 novos destinos
regionais operados pela TwoFlex,
empresa oriunda da fusão das ope–
radoras de táxi aéreo Flex Aero e
Two Aviation.
A TwoFlex tem 18 aeronaves
CessnaGrand Caravan, com as quais
atende principalmente o Centro-Nor–
te do país.
Para a Azul, a transação é uma
ofensiva dupla. Já dona da maior
malha aérea do país, com cerca de
200 destinos, a empresa fecha uma
porta para eventual avanço da rival
Gol, que em 2019 havia feito uma
parceria para vender passagens para
destinos regionais por meio daTwo–
Flex.
Ao mesmo tempo, a Azul amplia
as opções para ligação entre as capi–
tais paulista e fluminense, já que a
TwoFlex obteve em setembro pas–
sado licenças da Agência Nacional
de Aviação Civil (Anac) para voos
entre o aeroporto deJacarepaguá, na
Barra da Tijuca, e o terminal de Con–
gonhas, com seis voos diários, três
partindo de cada cidade.
A Two Flex tem 14 horários diá–
rios de partidas e chegadas na pista
auxiliar de Congonhas.
O presidente-executivo da Azul,
John Rodgerson, disse à Reuters que
tentaráconvencer a Agência Nacio–
nal de Aviação Civil (Anac) a auto–
rizar o uso de aeronaves ATR da
companhia, com capacidade para até
70 passageiros, nos slots da Two–
Flex, hoje operados com o modelo
Cessna, para até 9 passageiros.
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e
Após dois meses de alta, setor
de serviços cai 0,1
%
em novembro
A
pós 2 meses seguidos de alta, o volume do setor
de serviços caiu 0,1% em novembro, na com–
paração com outubro, segundo divulgou nesta
terça-feira (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Trata-se do pior resultado para meses
de novembro desde 2016, quando houve queda de 0,3%.
Já em relação a novembro de 2018, houve cresci–
mento de 1,8%.
"É
uma acomodação dos últimos dois resultados.
Tivemos setembro com alta de 1,5% e outubro com alta
de 0,8%, acumulando 2,2% no período. Se analisamos
de julho a novembro, o volume de serviços cresceu
2,9%", avaliou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Alta de 0,9% em 12 meses
No acumulado de janeiro a novembro, o setorregis–
trou avanço de 0,9%. Em 12 meses, a alta acumulada
também ficou em 0,9%, o que representa um ganho de
ritmo frente a agosto (0,6%), setembro (0,7%) e outu–
bro (0,8%).
A alta no acumulado em 12 meses para novembro
também representou o primeiro resultado positivo des–
de 2015. No ano passado, a variação foi zero nomes–
mo período.
A receita nominal dos serviços prestados no país,
por sua caiu 0,5% em novembro, na comparação com
outubro. Ante novembro de 2018, houve alta, de 5%.
Também houve crescimento no ano e em 12 meses, de
4,4%
em ambos casos.
Setor deve ter
ia
alta anual em
5
anos
Segundo o IBGE, o recuo de novembro não sinali–
za, entretanto, uma reversão de trajetória de recupera–
ção. "Observamos de julho para cá um movimento mais
forte do setor de serviços, então o ganho acumulado de
julho para cá é suficientemente grande para que essa
queda de
O, 1
%
na margem se apresente como uma esta–
bilidade", afirmou Lobo.
Os resultados dos 11 meses indicam que o setor de
serviços tende a encerrar 2019 com a primeira alta em
5 anos. Segundo o gerente da pesquisa, para repetir o
resultado de 2018, que foi de estagnação (variação zero),
dezembro precisariaregistraruma queda de, pelo menos,
8,8%. Para ficar no campo negativo, a queda do último
mês precisaria ser superior a 10%.
•
Importações de soja da China em
dezembro sobem 67% na comparação anual
A
s importações de soja da China em dezembro sal–
taram 67% nacomparação anual, paramáxima em
19 meses, mostraram dados oficiais nesta terça-fei–
ra (14), à medida que uma série de cargas dos Estados Uni–
dos e do Brasil agendadas anteriormente foram liberadas
na alfândega.
A China, principal mercado global para a soja, importou
9,54 milhões de toneladas da oleaginosa em dezembro, ante
5,72 milhões de toneladas no mesmo mês do ano anterior,
segundo dados da Administração Geral de Alfândegas.
Os embarques tiveram alta de 15% frente às 8,28 milhões
de toneladas em novembro.
"Os números foram bem elevados, uma vez que cargas
atrasadas foram liberadas na alfândega, incluindo embarques
dos EUA", disse a analista da consultoria Shanghai JC lntel–
ligente Co, Manica Tu.
"Compradores chineses também agendaram compras de
muitos grãos da América do Sul, que chegaram em massa",
afirmou.
No ano de 2019, as importações de soja somaram 88,51
milhões de toneladas, pouco acima das 88,03 milhões de
toneladas de 2018, quando tarifas mais altas impactaram os
embarques dos Estados Unidos.
Compradores chineses agendaram cargas dos EUA em
diversas ocasiões após terem recebido isenções temporá–
rias de tarifas nos últimos meses, emmeio a um alívio nas
tensões comerciais entre EUA e China.